capítulo 4 DEGUSTAÇÃO

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Mas o que esse homem está fazendo aqui? Como ele me achou? Não pode ser, será que foi ele quem me comprou? Será que ele seria capaz disso? E as minhas perguntas são respondidas agora

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Mas o que esse homem está fazendo aqui? Como ele me achou? Não pode ser, será que foi ele quem me comprou? Será que ele seria capaz disso? E as minhas perguntas são respondidas agora.

- Sr. Anthony, essa é a minha filha Emanuelly... Filha este é o Sr. Anthony Schneider, ele veio te buscar. - Diz Roger sem nem me olhar na cara e o meu ódio por todos ali naquela sala só aumenta cada vez mais.

- Não... Me chame... De filha. - Digo pausadamente com a voz carregada de ódio e desprezo. - Eu morri para vocês no instante em que me venderam a um desconhecido, como se eu fosse apenas um objeto velho que não serve mais, eu jamais vou perdoar vocês por isso... Jamais ouviram bem? Esqueçam que eu existo porque vocês estão mortos para mim... A partir de hoje eu não passo de uma garota órfã, sem mãe! Sem pai e sem ninguém. - Deixo algumas lágrimas escaparem então corro em direção a escada, mas sou impedida por uma mão que segura o meu braço.

- Por favor não dificulte as coisas, você agora pertence a mim e querendo ou não, você vem comigo. - Diz o homem que eu já esqueci o nome, ele me encara com um olhar severo mas me solta devagar.

O encaro por alguns segundos e tudo que consigo sentir é ódio e nojo de tudo isso, dois homens entram na sala e param ao seu lado.

- Onde estão as coisas que teremos que levar senhor? - Pergunta um dos homens que creio ser os seguranças.

- Na última porta no final do corredor senhores. - Roger me encara com os olhos marejados mas para mim não passa de fingimento.

Olho duramente para as pessoas que eu mais amei em toda a minha vida, e ainda não consigo acreditar no que estão fazendo comigo.

- Eu espero que vocês nunca se arrependam pelo que fizeram comigo, porque quando isso acontecer vai ser tarde demais... Vocês destruíram a minha vida, vocês acabaram com os meus sonhos e isso eu não vou perdoar nunca... Não me procurem mais porque eu não quero ter o desprazer de vê-los novamente. - Digo sem conseguir controlar as minhas lágrimas então eu vou em direção a porta.

- FILHA POR FAVOR! - Ouço a voz desesperada da Helena mas continuo andando sem olhar para trás.

Saio pela porta e desço alguns degraus de escadas, passo pelo portão e saio correndo na tentativa de fugir dali, mas não fui muito longe, alguns metros a minha frente eu fui parada por uma parede de músculos.

- Me desculpe senhorita, mas eu não posso deixa-la ir, são ordens do meu patrão. - Avisa o homem a minha frente, ele é muito bonito por sinal, mas mesmo assim eu queria mata-lo por me impedir de passar.

- Eu quero que vá para o inferno você e o seu patrão. - Esbravejo me soltando dele.

Tentei socar o seu rosto mas ele segura a minha mão, então faço o que achei mais fácil e está ao meu alcance, dou uma joelhada nele e o mesmo cai se contorcendo de dor, aproveito que ele está caído e corro no sentido contrário, olho para trás me certificando de que ele não está vindo atrás de mim, mas, mais uma vez eu me choco contra alguém e vou parar no chão, levanto os meus olhos para ver quem é e lá está ele, me encarando daquela forma intensa.

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