Juntamente à chegada da pré-adolescência, a descoberta da sua "individualidade coletiva" mostra ao jovem a necessidade de se livrar das amarras sociais impostas e das pressões da própria descoberta. É nesse turbilhão de pensamentos e emoções que o a poesia desabrocha, dando ao seu "portador" o que alguns chamam de sensibilidade artística, também chamada de talento ou até mesmo frescuras de românticos iludidos (Alexandre- não o Grande).
Afinal, não adianta chorar pelo leite derramado, pode simplesmente virar "Chorar sobre as desgraças passadas é a maneira mais segura de atrair outras"(Shakespeare); essa treta vai ser barra, virar "A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida." (Vinicius de Moraes).
Ou seja, não importa como, quando e onde ela apareceu na cabeça de uma criança, só importa que depois de feito, o estrago da poesia na alma do indivíduo não pode ser revertida nem ao menos amenizada. Uma vez que ela entra na sua vida, nem na sua morte ela será superada.
O primeiro poema autoral que tenho registrado (11 anos - 2011):
"Esta noite tive um sonho
eu estava em um pomar,
onde vi uma bailarina,
que não parava de bailar."
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Um Pouco de Nós
PuisiSobre a infância muito se sabe, mas, afinal, quando alguém começa a escrever poesia? Será que é algo intrínseco à personalidade de uma pessoa? Ou será que o lirismo só vem com a chegada da puberdade? Do primeiro amor, talvez?