Capítulo 17

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Pov. Percy

- Annabeth, teria um treco se me visse em pé. – Falei dando uma leve risada.

- Ela teria mesmo. – Fala uma voz atrás de mim. Virei rápido e falei.

- Pai! – Vendo quem estava atrás de mim. Ele estava com um olhar de surpreso.

- Percy! Mas como você está de pé, seu corpo... – Fala Poseidon, abaixando seu olhar, parando ao ver que meus pés não estavam no chão, e sim flutuando. – Como?

- Eu explicarei, não se preocupe. – Falei quando vi que meu pai não conseguia explicar como eu estava flutuando. – São os poderes de Caos.

- Caos? – Falou.

- Sim. – Falei me deitando na cama, antes que mais aguem veja. Não que eu queria esconder, mas não é hora de revelar tudo para os deuses, alguns conhecimentos devem permanecer desconhecidos até mesmo para os deuses. – Quando me tornei o herdeiro De Caos, além de todo o conhecimento dele, ganhei também seus poderes e flutuar e um. Como queria dar uma olhada no acampamento usei meus poderes para me ajudar a levantar e ir até a janela. Meu corpo pode não estar curado, mas minha energia está quase totalmente recuperada, graças a sua esfera de agua, pai.

- Que bom que você está se recuperando rápido meu filho. – Falou dando um sorriso de alivio, com se um grande peso fosse tirado de seus ombros. – Eu fiquei muito feliz ao saber que você estava vivo. E quando vi você atravessando aquele portal, a única coisa que passou pela minha cabeça era: "Você está de volta ao seu lar, e dessa vez ninguém vai tira-lo daqui de novo". – Falou meu pai, com uma lagrima escorrendo pelo seu rosto e dando um beijo na minha testa, o que me surpreendeu.

- Eu também estou feliz por estar de volta, Pai.

- Sei que não quer falar sobre sua experiência no Tártaro, mas você se sentira melhor se falar com alguém, sei como você costuma carregar o peso do mundo em suas costas, isso só irá te deixar pior.

- Eu sei pai, é só que... – Ele me interrompeu.

- Desabafe Percy.

Respirei fundo e falei: - Está bem. Eu já contei que ele me jogou no mar de caos, certo? – Poseidon assente. – Logo depois de sair ele me levou para seu castelo e me prendeu, as correntes eram feitas de Adamantium, elas sugavam minhas forças sempre que usava meus poderes e elas não podiam ser quebradas usando força física, não que eu estivesse nas condições de poder tentar quebra-las. Meu corpo estava fraco. Ele me deixou sozinho por um tempo, como estava muito cansado, eu dormi um pouco. Eu acordei com ele entrando no quarto, ele me perguntou como saia de lá, mas não respondi. Então ele saiu do quarto, e voltou com todos os tipos de ferramentas para torturas. – Falei inclinado a cabeça para trás e fechando os olhos lembrando de daqueles momentos. – Ele pegou uma adaga com lamina vermelha e começou a me apunhalar com ela sempre me perguntando como ele saia do Tártaro. A lamina vermelha deixava a dor duas vezes mais intensa que uma lamina normal. Depois de algumas horas me torturando, ele saiu. Ele voltou depois de algumas horas, ele nem perguntou nada dessa vez, ele chegou jogando as adagas em mim. A dor era muito forte que perdi a consciência, mesmo desacordado ele continuou me torturando, podia sentir as dores mesmo inconsciente. Ele me perguntou se eu ia falar, mas eu recusei, ele saiu do quarto. Ele voltou algumas horas depois e trouxe consigo uma espada, com a mesma lamina das adagas. Ele a cravou em meu coração até o punhal, e pegou as adagas e me apunhalou com elas por todo o meu corpo, foi nesse dia que tártaro me falou do meu filho, e o ameaçou. Depois dele saiu meu filho, que estava ali por um sonho, se aproximou e se apresentou e perguntou como ele poderia ajudar, mas tártaro voltou e não deu para nós conversamos muito, eu criei uma barreia com a agua do rio Lete, que impediu tártaro de se aproximar, mas não duraria muito tempo, as correntes sugavam muita energia, usei a pouca energia que me restava para forçar o PJ a acorda e desmaiei. Como punição, quando acordei tártaro trouxe consigo as arai, que por comando do tártaro me passaram todas as maldições que elas carregavam. Depois que ele saiu meu filho voltou a aparecer e contei a ele como abrir um portal para o Tártaro e com me salvar. Aqui pode ter parecido horas, mas no Tártaro foram apenas alguns minutos. Meu filho apareceu com mais dois adolescentes, depois descobrir que eram filhos de Jason, Piper, Hazel e Frank, eles destruíram as correntes, e me ajudaram a ir para o portal, mas tártaro estava esperando por nós, os três se saíram muito bem lutando contra os monstros, mas faltavam poucos segundos para o portal se fechar, mandei Lucy pegar Natsu e voar em direção ao portal, eu me encarreguei de pegar PJ, mesmo com pouca energia dava para flutuar até o portal, tártaro tentou nos deter lançando um ataque contra nós, mas formei uma barreira de agua que nos protegeu e conseguimos sair pelo portal no momento em que estava se fechando. E o restante você já sabe. – Encarei Poseidon e vi que ele estava chorando.

- Percy, eu não sabia que você tinha passado por tudo isso. Eu... – Eu interrompi ele.

- Como você poderia saber pai, e não se culpe nada disso foi sua culpa. – Falei levando minha mão ao rosto de meu pai enxugando algumas lagrimas dele.

- Percy! – Uma voz feminina me chamou da porta.

Meu pai e eu direcionamos nossos olhares para a porta e vimos Annabeth e PJ, com lagrimas nos olhos. Eles haviam ouvido tudo.

- Vocês ouviram? – Perguntei.

- Sim. Nós estávamos chegando quando você começou a falar, não queríamos atrapalhar e ficamos ouvindo do corredor, tem algum problema? – Pergunta Anne

Eu nego com a cabeça, - Não, vocês saberiam mais sedo ou mais tarde. E também PJ já sabia de algumas partes.

- Percy, você não acha que é melhor eles saberem? – Pergunta Poseidon.

- Saber de que? – Pergunta Anne.

- Disso. – Digo usando meus poderes e me levantando da cama.

Annabeth fica com uma cara muito engraçada, tanto que todos do quarto começaram a rir.

- Você não me parece surpreso PJ. – Fala Anne.

- Nem um pouco, meu pai usou esse poder para nos levar em direção ao portal, então eu já sabia que eu podia flutuar. Mas pai está tudo bem você usar esse poder mesmo na condição de seu corpo? – Pergunto PJ, me olhando preocupado.

- Está tudo bem, minhas energias já estão restauradas, e usando-as me ajudaram a curar meu corpo mais rápido.

- Tem mais alguma coisa para nos contar, cabeça de algas? – Pergunta Annabeth irritada, por ser a única a não saber sobre esse meu poder. Filhos de Atenas tendem a ficar irritados por não saber de algo importante.

- Sim, muitas coisas, mas agora não é hora de contar. – Falo a deixando irritada. – Não se preocupe Anne, no momento certo todos saberão.

Ela ia protestar, mas Jason entrou no quarto e gritou: - PERCY! Você está de pé! – Ele fala e olha para meus pés e vê que estou alguns centímetros acima do chão. – Você está flutuando! Como?

- Calma Jason, são os poderes que ele herdou do Caos. – Fala Annabeth.

- Ata. Legal cara, muito legal.

- Obrigado. O que você quer?

- Nada não só vim ver se estava precisando de alguma coisa. Mas eu acho que não.

- Obrigado.

Voltei para cama para me concentrar em curar as minhas feridas, nas memorias de caos encontrei algumas maneiras de curar os ferimentos mais rápidos. Depois tenho que compartilhar isso com os curandeiros do acampamento.

- Vou dormir um pouco para poder curar minhas feridas, não estranhe se passar alguns dias dormindo. – Falei para ninguém se preocupar.

- Está bem, estaremos aqui quando você acorda. – Fala Anne me dando um beijo.

- Boa noite. – Falam todos no quarto para mim elogo adormeço.      

Percy Jackson - A vingança de TártaroOnde histórias criam vida. Descubra agora