Capítulo 5

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Olhei incrédula para o Nick, indignada por ele achar que eu havia matado a Elisa.

— Simplesmente não acredito que ache que eu a matei. Como pode pensar isso de mim? Saia agora do meu quarto. Saia! – vociferei, prestes a cair no choro.

— Desculpa, Marina. A escola toda está comentando e não sei o que aconteceu. Você sabe de alguma coisa, o que aconteceu com a Elisa?

— Sim, eu sei, porque sou... – fiz uma pausa. — Era colega de quarto da Elisa, mas não sei se devo contar para você, não merece saber – disse, olhando com intensidade para ele. — E, aliás, mandei você sair daqui.

— Marina, peço desculpas. Sei que não deveria ter acusado você, mas só quero saber o que aconteceu...

, tudo bem. Você não deveria ter me acusado, mas eu o perdoo e conto o que aconteceu. Estava dormindo quando ouvi um forte barulho na janela. Logo depois, vi Elisa saindo por ela, tentei me aproximar, mas era tarde demais. Ela já tinha saído da minha vista e, quando me afastei da janela, encontrei um bilhete caído.

— Então você sabe quem é o assassino? – Nicholas arregalou os olhos que brilhavam em expectativa.

— Não, Nick. Não faço ideia de quem seja. A pessoa assinou como anônimo, então não tem como saber. – Peguei o bilhete e lhe mostrei. — Sinto muito. – Assim que ele terminou de ler, guardei-o no bolso da calça. — Só quero saber como vou provar para a escola inteira que não sou a culpada pela morte da Elisa.

Algumas lágrimas surgiram em meu rosto e as deixei rolarem livremente. Nicholas acariciou minhas bochechas, secando-as, aproximou-se mais e me envolveu em um abraço apertado. Seus lábios tocaram minha testa, e vi um sorriso largo surgir em seu rosto.

— Com isso você não precisa se preocupar, se é inocente o tempo irá provar. – Lançou-me um olhar de compaixão.

Nicholas começou a se aproximar de mim. Meu corpo estava tenso. O que ele iria fazer? Aproximou seus lábios dos meus. Ansiava por isso, desde aquela festa queria beijar seus lábios carnudos... O beijo foi demorado, e eu o retribui com suavidade, Nick, por sua vez, beijou-me com voracidade e desejo. Afastei-me dele naquele momento.

Ele não poderia estar ali. Não era permitida a permanência de alunos do sexo oposto nos dormitórios. Levei-o até a porta, e descemos até o pátio porque iria mostrar o bilhete à diretora. Despedi-me dele com um beijo rápido, que foi retribuído com um pouco mais de intensidade. Nick só interrompeu o beijo porque uma figura masculina nos atrapalhou.

A AcusadaOnde histórias criam vida. Descubra agora