Capítulo 2

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Depois do que aconteceu ontem, decidi acordar mais cedo. Comi, e só tomei remédio quando ia dirigindo para o trabalho.

Hoje amanhecera nublado. Um clima bom para se dormir. Vesti-me com um Tailleur com calça, todo preto e uma blusa por dentro listrada. Calcei meu novo Anabela branco e peguei meus materiais para o trabalho. Passei pouquíssima maquiagem. Não gosto muito, mas tenho que manter o perfil.

Acariciei meu gato, alimentei-o e depois me fui.

Ainda me sinto culpada por não termos fechado contrato com aquela outra empresa. Meu chefe cancelou de uma vez. E algo dizia que a culpa era minha por não ter abrido o bico na reunião. Até porque aquela merda foi ideia minha.

Então quero pensar em algo, um projeto novo. Para pelo menos recompensar.

Cheguei adiantada dez minutos.

— Bom dia, Angélica — cumprimentei-a.

— Bom dia, senhorita Hogaza. — Ela me sorriu simpática, ao ver-me rodando os olhos. — Lucero.

— Está uma bela manhã, não acha? — perguntei, puxando assunto, estava cedo mesmo.

— Sim, está. E você está radiante. Está melhor?

— Sim, estou.

— Acho que o senhor Colunga vai falar com a senhorita hoje.

Gelei.

— O quê? Ele comentou algo? — engoli seco.

Será se vem merda por aí?

— Não — ela mordeu a tampa da caneta.

O que será que ele queria comigo?

Fui para minha sala, deixei minhas coisas lá. Como eu estava meio sem saber o que fazer, decidi organizar algumas coisas nela.

As paredes são azuis. E próxima a grande janela de cristal, está minha mesa e meu computador. Também tem um sofá que repousa ali no canto. Umas estantes com umas decorações de bandas da década de 80. Tudo ao meu gosto.

Nem tinha tanta coisa pra organizar assim, então fui olhar a minha bolsa.

Estava um verdadeiro lixão.

Tinha embalagens de doces, papel, post-it coloridos já rasurados, e até camisinha.

Derramei tudo na mesa e comecei a despejar o desnecessário na lixeira ao meu lado.

Ouvi batidas na porta e mandei entrar. Deveria ser a Christina, ela ficou de passar aqui para me ajudar a pensar em alguma coisa nova. Às vezes liderar uma equipe é difícil.

— Chegou na hora, senhorita Hogaza — levantei a cabeça, reconhecendo a voz irônica de imediato.

Levantei e limpei a garganta.

— Pois é — não soube o que responder de primeiro momento.

— Estás bem?

Franzi o cenho.

— Estou.

— Comeu?

— Sim, senhor Colunga — estava meio sem entender.

Ele estava se obrigando a papear comigo, é isso?

Observei-o andarilhar pela minha sala. Hoje ele veio endemoniadamente sexy. A camisa por dentro do terno cinza era marfim e a gravata prateada.

— Sabe...

Começou ele.

— Faz quase um ano que trabalha aqui não é?

Prohibido Enamorarse [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora