Capítulo 8

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Depois que meu chefe deixou clara as suas intenções comigo, adquiri uma postura de mulher indecisa.

Que ele queria me levar pra cama, eu já imaginava. Eu só não esperava pelo pedido dele. Não agora. Mas aí estou sendo tola, porque nós dois já passamos da fase que o "ficar" era só amassos. E mais cedo ou mais tarde ele seria claro comigo sobre isso. Não faz parte de homens como Colunga, quererem só uma pegação sem nada a mais. Às vezes as salas escuras em que nos pegávamos, a minha, a dele... Estava até demorando ele me dizer com todas as letras que me queria sexualmente.

Ele tem tudo que uma mulher sonharia. Dinheiro, beleza, uma boca que manda ver no quesito beijos...

Mas isso não me importa. O que me interessa é o prazer que ele pode me oferecer. Eu só ainda não sei como dizer pra ele que quero.

Eu tô confusa e com um pé atrás. Não sei se devo confiar nele quando ele me diz que não sente nada pela esposa.

Uma vez um amigo distante me disse algo como: "amo a minha namorada, as outras é mais por necessidade. O sexo que faço com elas não interfere em nada em meus sentimentos por ela. Sigo a amando e matando a vontade com as outras. Assim somos nós homens, Lucero".

Será que todo homem é assim?

Com amigos homens a gente aprende a não confiar em macho.

Quando o vi no trabalhos hoje, esperava que ele viesse me beijar como estava sendo bem comum. Mas ele não fez e eu estranhei.

Ele havia apenas trocado olhares pra mim. E eu entendi o que significava aqueles olhares.

Ele está esperando minha decisão.

E eu ainda não sei o que vai ser.

Quando acabei meu expediente, sem receber nem um selinho dele, tirei as conclusões de que ele não voltaria a me tocar depois de saber minha resposta. Acho que se ele soubesse que eu negaria, pelo menos ele saberia que não perdeu mais tempo comigo.

O que é uma pena. Meus lábios sentia falta dos dele. E olha que isso foi só um dia!

E uma semana havia se passado desde a proposta de Colunga, estamos no começo de março e com uma carga de trabalho exaustiva. Mas logo terei uns dias de descanso. O excesso de trabalho nos recompensa com folga.

Nunca mais Fernando Colunga me beijou. Eu sempre esperava o momento em que ele invadiria minha sala e me beijaria daquele jeito gostoso que sempre me deixava de calcinha molhada. Ou ordenaria que eu fosse até a sala dele. Mas sempre que a secretária dele me avisava que ele me chamava, eu era decepcionada por receber ordens laborais.

O que era uma droga.

Aproveitei que estava de folga e saí pra me reunir com umas amigas. Aquelas amigas em que a gente só se ajunta em momentos de festas. Se comunica mais por redes sociais. Por isso considero meus melhores amigos apenas a Christina e o Felipe. Eles são minhas amizades sólidas. Valem mais que muitas amizades de uma década que não faz questão de estar por perto.

Com o clima minimamente frio, céu fechado, fomos todas a um shopping comprar alguma coisa e comer no McDonald's. Também passaríamos no cinema. Veríamos Doctor Strange em 3D. Simplesmente amo esse filme! Eu queria ficar pra sessão de Guardiões da Galáxia 2 (outro xodó meu) e queria ver It a coisa. Mas aí seria tempo de mais no cinema. Eu tinha outras ideias para minha noite.

Sentamos perto da janela e pedimos nosso almoço. Pedi um McPicanha, uma Coca-Cola, uma pequena porção de batata fritas e se eu aguentasse comer mais algo, pediria nugets de frango com Ketchup e um Milk Shake de chocolate branco.

Prohibido Enamorarse [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora