Conto II - Universo

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     Durante uma tarde de segunda um garoto loiro caminhava pela movimentada cidade segurando a mão de seu irmão mais novo que, mesmo caminhando, estava mais concentrado na barra de chocolate que tinha em mãos

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     Durante uma tarde de segunda um garoto loiro caminhava pela movimentada cidade segurando a mão de seu irmão mais novo que, mesmo caminhando, estava mais concentrado na barra de chocolate que tinha em mãos. O mais velho sentia seus olhos verdes marejados, porém não queria chorar, não na frente do pequeno loirinho que sorria ao seu lado:

—Jewel? - O pequeno chamou
—Sim, Jacques?
—Por que está triste?

Jewel olhou nos olhos castanhos de Jacques e logo desviou o olhar para o céu azul que, pelo menos naquele dia, possuía poucas nuvens:

—Sabe as vezes eu paro para olhar o céu e penso como o universo é enorme e me sinto bem pequenino... - Jewel mudou o assunto.

—Depende do seu ponto de vista.

Jewel parou de andar e Jacques o encarou confuso assim que seu irmão o puxou para o colo e se sentou em um banco de praça que estava próximo:

—Como assim? - o mais velho perguntou curioso e isso fez o caçula rir.

—O que é o universo para você?

  Jacques balançava duas pernas encarando Jewel, que pensava em uma boa resposta para o pequeno:

—O céu, as estrelas, sistema solar, asteróides, cometas, a lua, buraco negro e...

—Não é só esse.

  Assim que Jewel se sentiu confuso, um casal que havia acabado de sair de uma cafeteria passou por eles de mãos dadas e Jacques acompanhou parte do trajeto dos dois com os olhos:

—Você os viu? - Jacques perguntou olhando para o irmão que balançou a cabeça em confirmação —Ela é o universo dele e vice versa... - Procurando com os olhos Jacques viu um pai empurrando sua filha no balanço com um sorriso doce em seu rosto —E a filha daquele homem é o universo dele.

—Cada um tem seu universo...

—Isso mesmo, Jewel, e todos nós compartilhamos um... E mamãe está em outro universo bem diferente...

A frase mal tinha sido terminada quando Jewel sentiu seu coração disparar:

—Jacques, eles morreram...
—Eu sei! - Jacques olhou tranquilo para seu irmão.
—Você fala como se isso fosse uma coisa simples e sem importância...
—É porque eu não estou triste, você não queria que a mamãe não sentisse mais dor no coração?
—Queria...

Jewel chorava baixinho sem encarar o irmão em seu colo, porém Jacques secou suas lágrimas com delicadeza e o abraçou com todo carinho do mundo:

—Mamãe está em um lugar onde nunca mais vai ficar doente, ninguém vai deixar ela triste e vão cuidar dela direitinho... - Jacques olhou nos olhos de Jewel. — E de lá ela pode ver a gente e eu acho que ela gostaria de ver seu sorriso.

Jewel sorriu torto ouvindo as palavras de Jacques, para uma criança de cinco anos ele era bem inteligente:

—Obrigado. - Jewel o abraçou e levantou com seu irmão no colo
—Pelo que?
-Por ser meu irmão. Agora vamos para casa, ok?
—Ok... - Jacques deitou a cabeça no ombro do irmão, o pequeno estava ficando cansado já que não havia dormido antes do passeio.

Enquanto Jewel caminhava, Jacques sentia os olhos pesando de sono, mas, antes de dormir, chamou o irmão:

—Jewel?
— Sim?
—Não se preocupe, no meu universo você não é pequeno... - E assim adormeceu.


// Espero que tenham gostado, toda opinião é bem vinda e sim, neste livro não traremos apenas historias românticas eheh\\

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