Num beco da Antiga Londres existe uma porta tão antiga quanto as ERAS. Essa porta dupla foi tomada por uma vegetação verde, muito escura, insistente que cresce continuamente dando um aspecto destoante de natureza ao beco acinzentado. Repintada ao longo de gerações, assemelha-se a pele de um réptil descamando, apresentando tons de vermelho descascados por sobre camadas e camadas mal pintadas, suas dobradiças são feitas de um metal negro, brilhante que, apesar do aspecto da porta, nunca enferrujou. A luz e os Brilhos desaparecem ao invés de refletir nas dobradiças. Com pouco mais de um metro e oitenta de altura e dois metros de largura a porta não apresenta maçaneta, apenas um batedor em argola que quase não existe mais, pois raramente batem nessa porta. Essa porta raramente se abre, e poucas vezes na história existem relatos de que essa porta foi aberta.
Era um lindo fim de tarde chuvoso e acinzentado, quando um clarão tomou conta do beco que deveria estar vazio, Runas místicas brotaram no ar pesado e as gotas começaram a pairar no ar, o som de mil vozes entoava palavras estranhas em línguas hoje desconhecidas e já esquecidas pela memória, de encantamentos antes não pronunciados no mundo moderno. O cheiro de Ervas Místicas invadiu o ar quando a velha porta de Londres se abriu e, Thomas Greenwood, atravessou a passagem no exato momento entre o cair da tarde e o anoitecer. Esse é o único momento que essa porta pode ser aberta. O momento sombrio que a noite e o dia se abraçam.
- Droga! Essa maldita chu...
- ATCHIIIIIIM! espirrou um espectador assombrado e ensopado que apenas percebeu de relance por sob o chapéu o olhar do Thomas! No instante entre um piscar de olhos, atravessou os 5 metros de distância que os separava, cortando o ar e as gotas pesadas, estocando o corpo do espectador com suas mãos, atravessando-lhe o tórax, fazendo assim o corpo do homem cair ensanguentado e já inconsciente na lama que se formava por entre a calçada e a rua.
- Droga!
Exclamou Thomas. Agachou ao lado do corpo. Colocou a mão esquerda sobre os olhos do espectador buscando saber seu nome. Reviu os instantes da vida do homem e percebeu que Wilfred Consrwell era um jovem escritor falido que pensava em tirar a própria vida por esses dias. Soltou um riso entre dentes, e o gotejar pesado da chuva lhe consternaram, enquanto abria ambas as mãos no ar espalmando-as para baixo e proferindo palavras de um cântico de ocultação, se ergueu, e o corpo desapareceu, restando apenas a velha bicicleta e algumas moedas que deveriam estar no bolso do homem que acabara de ser morto.Thomas olhou o beco de ponta a ponta e realmente dessa vez não havia mais ninguém.
Com o avanço da tecnologia ficou cada vez mais difícil viajar entre os mundos. Mas seu trabalho deveria ser feito. Naquele instante, Thomas espalmou as mãos e um símbolo circular surgiu no chão mostrando setas desenhos nomes e luzes que representavam cada um dos Bramas existentes entre ele e as possíveis vítimas da premonição de Astert Ackwardin na poderosa e Velha Londres. Thomas retirou de seu bolso um velho relógio e encontrou nele a resposta que queria descobrir o rastro dos futuros criminosos.Dias atrás um corpo foi encontrado em Westmisnter e tal corpo não identificado foi expurgado com Essências Rituais de Bramashi, um Deus do Caos com o culto desaparecido desde 300aC na mesma região. Isso chamou a atenção para ações ritualísticas não permitidas no local dos
Reino. Thomas estava lá pata evitar o Terceiro Passo do Ritual. O Sangue de um Nobre sobre a mesa de Oak Hill. No passado o que se sabia sobre Oak Hill era que era um dos 1400 canais de ligação entre as dimensões coexistentes, as dimensões ditas reais e lógicas, as dimensões reais e ilógicas, as dimensões irreais, e as dimensões desconhecidas onde o corpo físico se deteriora e não há mais volta. Pouco se estudou nesses últimos 3000 anos sobre esse tipo de assunto, mas o surgimento desse tipo de situação trás a tona um alvoroço incomum.Thomas seguiu pela Church Row até o cruzamento da Heath Street seguindo um rastro de Perfume dos Mortos, lá observou o fluxo que começaria a se intensificar das pessoa que voltavam para as suas casas. Nem foi notado em meio a tantos que passavam, a chuva havia lavado todo o sangue de suas luvas. O seu relógio apontava para a Perrin's Lane atravessou a via com cuidado e entrou na Rua seguindo até a Hampstead High Street, ali o rastro de magia macabra impregnava o ar e sobressaia com um odor fétido e acre dos mortos que aparentemente já estavam sendo invocados. escutou o derrapar de pneus vindo de Green Hill e aproveitando a distração de todos atravessou a rua até a Hillsdown House cravando um cristal negro na arvore que abriu uma passagem para ele. sugado até a antiga passagem da Prince Arthur Road, num salto pode ver o carro com quatro pessoas dentro dele, mas não pode alcançá-los naquele momento, teria que traçar um plano. A magia demoníaca jorrava em Londres daquelas rodas que passaram por ele, de dentro do carro pode ver os olhos de uma mulher que claramente emprestara seu corpo aos Irreais. ela o olhou fixamente e com um vazio de eternidade sorriu como se já o esperasse.
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Os Sete Elementos Mortais - Thomas Greenwood
FantasyViu aquele vulto ... Quem nunca passou por essa experiencia de ter a certeza de que viu algo se esgueirar para trás de uma parede, uma porta, uma árvore, uma sombra atravessar um vídeo, uma sombra na estrada, um arrepio monstruoso percorre a espin...