Que história é essa, Nicolas?

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Eu começo ela te contando que também não sei.

O que mais estou sabendo nesse exato momento é que a falta de formato, personagens e outras coisas que estou acostumado no gênero da escrita, está me deixando bem perdido. Mas, faz parte. "O como será do Expressar Diário nós vamos descobrir juntos, a cada capítulo", foi o que eu disse.

Baseado nisso, vamos lembrar do que eu também disse sobre o projeto -"a ideia é poder me expressar" -, e ir ao que quero dividir nesse capítulo com você.

Eu costumo passar por vários períodos de confusão mental. Creio que muitos do que, possivelmente, lerão essa obra, já passaram - ou passam - por isso. Comigo, acontece muito. Creio que seja pelo grande fluxo de informações que tenho na minha mente desde o começo da minha adolescência, digamos assim. Responsabilidades, pressões... Tudo isso me agitou demais. Então, talvez seja esse meu problema - e quem sabe o seu também: não consigo parar.

Hoje, assisti à uma matéria sobre ansiedade no "Fantástico". De acordo com as famosas pesquisas, cerca de 7% dos brasileiros tem algum tipo de ansiedade. Assistindo à matéria e me atentando aos sinais mostrados nela, principalmente pelos relatos de diagnosticados, já consegui concluir que faço parte desses 7%, com certeza. Nos últimos tempos, então... Isso se intensificou, com toda a certeza do mundo. Pra exemplificar, te conto que nem pra esperar um ônibus eu consigo ficar parado - física e mentalmente falando. Eu literalmente fico andando no ponto do ônibus, andando um pouco para frente e para trás na rua - não me distanciando muito do ponto, lógico -, até a condução chegar. Tem vezes que chega a ser agoniante até para eu mesmo. Fico imaginando as outras pessoas que estão no ponto me vendo tão inquieto. Devem imaginar que estou com pressa ou coisa do tipo. Doido, talvez. Paciência. Faz parte.

E juro que, no período após a matéria, até agora - exatamente duas e cinco da madrugada, 20 de Março de 2017 -, várias coisas e pensamentos já passaram - e seguem passando - na minha cabeça. Foi nesse período que, por causa de uma mensagem - que relatarei logo abaixo -, eu cheguei a esse projeto.

Pra você que não me conhece - ou sim -, saiba que eu acredito muito no Amor e na Verdade, porque, com "pequenas" práticas dos dois, eu já vi coisas surpreendentes acontecerem - logo, são grandes atos. Eu vejo esse amor que levo as pessoas - às vezes, através de um simples "bom dia" via mensagem -, se transformar, transformar os que recebem, e ir para outras pessoas, de várias formas - e ainda vejo voltar para mim. Para exemplificar e, ao mesmo tempo, continuar essa parte da história, vou contar sobre a mensagem mencionada acima:

Lucas, um amado, maravilhoso, grande amigo e amor meu da vida, que pude conhecer quando me mudei para uma cidade no litoral do Rio de Janeiro - onde morei até o começo do último Fevereiro -, me mandou, repentinamente, um - imenso - texto, me agradecendo por várias coisas, inclusive pelo amor que levo a ele. Me surpreendeu, obviamente, porque ninguém fica esperando por um texto desses. Mas o que mais me deixou instigado foi o ganhar tanto carinho e amor - num ato considerável até como retribuição -, num momento em que meus pensamentos estavam muito confusos. Nesses momentos, eu me sinto, literalmente, perdido, e começo a "me esquecer" - digamos assim - de quem eu sou. Ou seja, começo a esquecer das minhas principais características. Isso pode, por exemplo, fazer com que eu me estresse por alguém estar me mandando uma mensagem, ou pela minha vó - com quem moro - ter me dito algo enquanto eu digitava. Sim, é bem ridículo mesmo. E, sempre nesses momentos, desde que comecei a tentar levar Amor e Verdade aos que estão a minha volta, sempre aparecem comentários, mensagens ou coisas que me "devolvem" o amor que levo as pessoas, às vezes até involuntariamente. Um pouco antes dessa mensagem - enorme - do Lucas, eu recebi outras duas; uma de uma grande amiga, Bia, e outra, em tweet, de um usuário aleatório. Exatamente da forma que estou descrevendo: repentinamente, e sem motivo específico aparente. E a impressão que fica é, justamente, a que estou tentando compartilhar com você nesse parágrafo, e concluindo agora: parece que algo - que, pra mim, é Deus - envia essas pessoas com essas mensagens e sentimentos para mim, nesses momentos de perdição, para que eu não me desvie de quem eu sou e do que faço, principalmente porque essa minha forma de agir é a única que eu realmente vejo resultados e consigo julgar como certa de tudo que faço na minha vida. A sensação na hora que acontece é indescritível - fora a emoção de estar recebendo amor e carinho -, e depois, eu consigo classificar como sensacional.

Por isso, após dividir exatamente esse pensamento com o tal Lucas, eu tive a ideia do projeto: dividir essas - e muitas outras - coisas com as pessoas que chegassem até ele, porque falando com o Lucas, percebi que, ainda que eu divida essas coisas em conversas ou debates com amigos como ele, não é a mesma coisa que eu contar numa história, por exemplo - e num formato diferente, como estou fazendo agora. Então, nesse período de cerca de três horas, por causa de uma mensagem que costumo receber nos meus famosos momentos de confusão - e involuntariamente -, estamos aqui.

Criar esse projeto também me traz uma empolgação nova, e, talvez, um alívio para fazer as outras coisas da minha vida - mas essa parte eu só descobrirei depois. Toda essa ansiedade, unida a esse alarme que desperta dentro de mim - e de todos que amam criar -, me deixa extremamente inquieto, com vontade de produzir algo. Aconteceu da mesma forma, com o mesmo "alarme", quando descobri que precisava levar Amor e Verdade às pessoas. Comecei a escrever a continuação da minha OneShot daqui do Wattpad, mas parei numa parte crítica, não consigo continuar, e fico agoniado, porque quero produzir, mas não consigo. A essa altura desse capítulo, você provavelmente já sabe qual o nome disso - de toda forma, eu te conto: é ansiedade. Quem diria que uma matéria num programa dominical, unido a uma mensagem, me ajudariam a começar a descobrir um pouco do meu problema... É Fantástico.

E é com esse pensamento, vindo dessa descoberta, que quero concluir o primeiro capítulo do Expressar Diário, e que, talvez, também te sirva de ajuda:

Hoje, eu descobri que, às vezes, nós nos sentimos perdidos porque precisamos nos reencontrar. E é normal, porque nós somos metamorfoses ambulantes. Vivemos em constante mudança - principalmente os adolescentes. Por isso, precisamos nos redescobrir e nos reinventar. Em alguns casos, nós achamos que já nos reencontramos totalmente, mas só descobrimos uma coisa nova sobre nós. Ao chegar nessa última parte do capítulo, estou descobrindo que era realmente isso que eu queria o tempo todo: contar e levar histórias, pensamentos, ou quaisquer coisas que eu sentisse, às pessoas. É como uma terapia, inclusive. Portanto, se você também se sente confuso ou perdido, procure se reencontrar. Faça uma avaliação de tudo na sua vida. Contatos, amizades, gostos, atividades, modo de viver... Está tudo certo? Está tudo dentro do que o seu coração pede? Você se sente feliz com tudo isso? Lógico que a vida não funciona totalmente da forma que queremos, mas nós buscamos - justamente porque nosso coração pede incansavelmente - fazer as coisas para que ela funcione da melhor forma possível, para podermos ser felizes. Se estiver, então você não sentirá nada de errado com você. Se achar que está tudo certo, mas sentir coisas como as que eu sinto, e sentir que algo está errado, reavalie. Se souber o que está errado, busque mudar. Eu busquei começar essa história. Alguém pode ter que buscar ser mais compreensível. O que você tem que buscar de mudança em você e na sua vida? Busque. Só assim as coisas funcionarão da forma correta!

E, ah, não adianta "tapar o sol com a peneira", como dizem os populares. Encarar tudo como se estivesse bem só vai te levar ao mesmo lugar do qual estou tentando sair: agonia, incapacidade, confusão mental, perdição... Nessa vida, só há o certo e o errado. Ainda que existam os dois, a gente só consegue viver bem, de verdade, com o que é certo. E o certo é aquilo que faz você e o que há a sua volta funcionarem perfeitamente.

Portanto, busque. Busque sozinho, acompanhado, em casa, na rua, na Internet... Faça da forma que achar melhor, desde que encontre - e não desista! Esse é o único meio. Esses somos nós.


A gente se encontra no sentimento que vem.

Até. (:

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⏰ Última atualização: Mar 20, 2017 ⏰

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