A dor maior de uma flor é ver-se murchando por falta de água do mesmo céu que a fez florescer. - Poesia Muda
Estou parada diante do portão na entrada da Fazenda criando coragem. Não sei como as pessoas vão reagir ao me ver, sei que muitos ainda se setem ressentidos com a minha partida, tento me manter na expectativa sei que pelo menos meus pais vão ficar felizes. Somente minha mãe sabe que estaria voltando, mas fico apreensiva em relação aos meus irmãos, minha irmã mais nova, Camilla naquele tempo somente tinha 10 anos, mas era muito apegada a mim, quando fui embora, depois de um tempo entrei em contato com meu pai, tentou ser compreensivo, mas eu sei que causei um grande estrago, pelo menos agora sei, tentei não me apegar ao fato de que Milla sofreu muito, não entendia, e de que o Alex simplesmente mudou.
Do outro lado do portão vejo alguém vindo diretamente a mim, e fico surpresa ao ver quem é na hora que abre
- Meu Deus, não acredito!! Mel é você? - Pergunta meu irmão do meio.
- Mano, olha como você esta enorme - fico olhando meu irmão, perplexa sem acreditar, de como cresceu e ele fica me encarando - Cresceu em piralho, virou um homem. Não fica me olhando desse jeito, vem cá me da um abraço.
Jorginho fica meio sem jeito, mas puxo ele pela mão, e lhe dou um abraço apertado.
- A mãe não vai acreditar quando lhe ver, vai ter um treco. O que você esta fazendo aqui? - pergunta meio desconfiado.
- Vira essa boca pra lá - olho pros lados, em sentindo desconfortável - É melhor a gente sair daqui Jorginho, me leva pra ver a mãe. Quero ver todos. E assim seguimos pelo caminho de pedra que vai da na casinha de dois andares no terreno da fazenda, nos fundos. Jorge sempre me olhando sem acreditar, e eu com um sorriso forçado. Observando tudo ao meu redor pela fazenda. - Vai ter alguma festa aqui? - tem pessoas ao redor fazendo todo tipo de serviço, mas tem uns homens montando um palco, mesas, estruturas e decorações.
- Ah, é... não sei... acho melhor entrarmos, você conversa com a mãe - Jorginho olha pro chão e vai andando na frente carregando minhas malas. Desconfiada sigo andando, tentando não sentir insegurança.
Logo quando avisto a casa da minha infância, memorias tomam conta da minha cabeça, sorrio quando lembro das vezes que o Alex tocava violão em baixo da minha janela, toda vez que brigávamos, era uma luta com meu orgulho, pois não demorava muito voltava correndo para os braços dele, esquecendo de tudo.
- Vem Mel, vai ficar ai parada sorrindo que nem besta. - Rindo Jorge me chama - Cala boca moleque, me respeita - sorrindo entro na casa, e logo sinto lagrimas nos olhos.
- Minha filha!!! - Dona Maria, vou correndo ate minha mãe, abraçando ela, e enchendo de beijos. - Mãe que saudade, saudade demais - Ela se vira para me olhar da cabeça aos pés, e diz- Menina você esta magra demais - rindo Jorginho balança a cabeça,
- Mãe, só a senhora mesmo. Sabe que eu sou modelo. Cadê o pai? A milla e o Flavio? - Pergunto quando não vejo mais ninguém.
- Ah minha filha você sabe como é seu pai, só chega em casa depois que termina no serviço, vamos nos sentar, deixa eu olhar pra você - emocionada me beija na bochecha - Sempre linda, minha menina. Sua irmã esta no Colégio, já já chega, muito estudiosa. - sorrindo pego na mão dela e beijo - Puxou a você.
- O Flavio teve que ir ajudar o Seu Marcelo em alguns serviços - Diz Jorge. - Olha bem que eu gostaria de ficar aqui, mas tenho que voltar pro serviço mana - Olha para mãe de um jeito sem graça e a beija na testa, da um beijo sem jeito na bochecha da irmã e sai pela porta.
- Não sabia que o Flavinho estava tão importante agora aqui na fazenda. - ah, melzinha seu irmão agora é auxiliar administrativo aqui na fazenda, braço direito do Alex - Diz Orgulhosa
So de ouvir o nome dele, meu coração acelera, imagina quando encontra-lo. - Penso
- Por que não vai descansar um pouco, tenho que voltar pra fazenda, continuar meu serviço. - me abraça mais uma vez e levanta - Depois vamos ter tempo para as novidades. - sinto que esconde algo, mas por enquanto não vou insistir.
- Esta certo, mãe. - Sai pela porta com pressa.
Reparo na casa e vejo que pouca coisa mudou, subo as escadas com as minhas malas e paro enfrente ao meu quarto, entrando, coloco minhas coisas no canto, e fico reprimindo as lembranças, que querem aparecer. Momentos prazerosos com o Alex, escondido nesse quarto. Deito na cama de roupa e tudo, e não percebo o momento que pego no sono. Acordo um pouco zonza, pego o meu celular vejo que dormir mais ou menos uma hora. Desço e encontro na sala, meu pai e minha irmã, ela me olha surpresa meu pai nem tanto. Seu Antonio continua o mesmo. Meus pais são completamente diferentes, minha mãe é uma índia, meu pai um negro. Os dois se apaixonaram perdidamente logo jovens, Antonio e Maria teve que se adaptar a cultura de cada um, e assim souberam ser felizes, apesar de todas as dificuldades, passaram por tudo, e deram origem a uma linda família. Meu pai vem ate a mim e me abraça e diz - ah, filha por mais que seja bom lhe ver aqui não quero lhe ver sofrer.- Fico sem entender nada, mas não deixo seu abraço. - Rita vem aqui falar com sua irmã. Rita minha irmã caçula, ela olha pra mim, com raiva, sabia que iria ficar chateada.
- Eu que não quero saber dessa traira, por que você voltou? HEEEIN. - subiu correndo e bateu porta do quarto.
- Nossa Pai, sabia que ia ser dificil com ela, mas não tanto. - Escuto um barulho do lado de fora e vou olhar pela janela, quase tudo da suposta festa esta pronto, viro e pergunto - Vai ter alguma comemoração aqui? Cheguei na hora certa né. - Sorrio de lado.
- Filha, ninguem lhe contou ? Pergunta. - Balanço a cabeça negando. - Vem vamos caminhar, vou lhe contar.
Ficamos caminhando durante 5 minutos em silencio, não sei o que pensar. Ele para e vira para mim, e diz- Melissa, minha filha você sabe que não pode voltar seis anos depois, e encontrar tudo igual né? As pessoas mudaram, eu bem sei porque você foi embora, no começo te julguei muito agora entendo , você foi muito corajosa me contando, o que não disse para mais ninguem. Mas cada um seguiu com sua vida. - Respirou fundo, olhou para a filha com pena, sem saber como dizer.
- Pai, pelo amor de deus, diz logo, o que esta acontecendo? Passei anos me comunicando com vocês não os abandonei completamente, é algo com a mãe?
- Não, Não, Não filha, escute bem o que eu vou dizer agora, você refez sua vida, é uma mulher independente, tem sua carreira, se for o motivo que estou pensando que voltou, vai ter que ser forte. - Encaro meu pai - Mel... o Alexander ficou noivo, e hoje é a festa de noivado - sinto meu coração apertar, uma dor que jamais imaginaria sentir
- O que ?? Não pode ser, o meu Alex?? - falo baixinho, começo a da uns passos para tras, saio correndo, e começo a chorar.
- MEEEL, MINHA FILHA!!!- grita meu pai.
Corro como se minha vida dependesse disso, choro com tudo que há em mim. Paro em uma arvore e deslizo ate o chão, abraçando minhas pernas, chorando.
- É tarde demais, voltei tarde demais. - Sussurro.
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Olá meu amores, espero que tenham gostado desse primeiro Capitulo, dessa previa da historia. É a minha primeira então por favor peguem leve. kkkk
Irei decidir ainda quais os dias de postagem.
um xeeeeeero
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Lãng mạn" Há muito tempo atras, eu conheci o Alex. E nunca iria imaginar que ele seria o meu primeiro e único amor." Depois de fugir da sua cidade, e do seu namorado sem se despedir, alguns anos depois Melissa Andrade volta com a intenção de recuperar o tem...