Dark Thoughts - Apocalipse (volume 3)

CAPÍTULO 1 - O bebê da profecia

Um homem misterioso corre em seu cavalo, levando consigo sua esposa e seu bebê recém-nascido. É madrugada e o tempo chuvoso dificulta sua visão, que o faz capotar do cavalo.

— Vocês estão bem? — Pergunta ele ao olhar para sua mulher com seu filho no colo, caídos no chão.

A mãe desesperada diz que não vai conseguir seguir em frente e pede para o marido levar a criança ao monastério sozinho.

— Não desista, nós vamos conseguir. Estamos quase lá. — Diz ele erguendo a mulher e a apoiando em seu ombro.

Os dois correm com o bebê nos braços até uma igreja, onde o padre Bartolomeu e o cardeal Josifer os aguardam, junto com os monges do monastério. Mas antes que pudessem chegar à porta... são cercados por dezenas de vampiros.

— Entreguem a criança e deixaremos vocês escaparem com vida. — Diz um dos vampiros chamado Rodolf.

— O que querem com o meu filho? — Pergunta a mãe do bebê abraçada a ele.

Rodolf explica que há suspeitas de que o garoto seja a criança da profecia sobre o fim de Dark Thoughts e que por isso ele deve ser eliminado.

O cardeal e os monges saem de dentro da igreja e começam a confrontar os vampiros com espadas e chicotes de prata, enquanto escoltam a criança junta com seus pais para dentro.

— Estarão seguros aqui dentro. — Diz o padre os benzendo assim que entram. — Essas criaturas não gostam de cruzes, prata e água-benta. Como podem ver, a igreja está cheia dessas coisas, isso os manterão afastados. E se por acaso entrarem, os monges nos protegerão.

— O que são aquelas coisas lá fora e por que estão nos perseguindo desde que o Richter nasceu? — Pergunta o homem cansado, sentando ao lado de sua esposa.

O padre explica que tudo começou com uma nova aliança celebrada com vinho, logo após houve uma traição, depois uma corda, e tudo isso encandeou uma maldição terrível sobre um homem que foi condenado a viver eternamente sem poder ver a luz do dia e de se alimentar com sangue de seres humanos para sobreviver. Eles o chamam de Drácula. Todos os que sobreviveram e conseguiram ver o seu rosto diziam que se parecia com um homem normal, porém com olhos e dentes de morcego.

— Mas tinha mais de um. Todos são muito rápidos e fortes e parece que nada pode detê-los, pois atirei em alguns deles e não morreram. — Diz o pai de Richter.

O padre diz que esses que eles viram já foram pessoas normais. Porém foram amaldiçoadas ao serem mordidas por Drácula e sobreviverem. Agora se tornaram servos fieis a ele e tem quase a mesma força e velocidade que o próprio e também a mesma sede por sangue, agora são chamados de vampiros ou mortos-vivos. O pai de Richter pergunta se existe alguma forma de detê-los. O padre responde:

— Felizmente eles têm a mesma fraqueza de seu mestre, ambos são vulneráveis a luz do Sol, a prata e a qualquer objeto sagrado que esteja relacionado com a religião cristã. Curiosamente também pudemos constatar que eles têm uma espécie de reação alérgica à alho. Balas e espadas feitas de metais comuns não os ferem e mesmo que eles sofram algum dano, seus ferimentos podem se regenerar instantaneamente. Porém podemos mata-los ao cravar em seu coração uma simples estaca de madeira.

Enquanto os dois conversam, a mãe do bebê se senta um pouco mais afastada enquanto o amamenta. O pai olha para ela de longe e dá um sorriso enquanto continua sua conversa com o padre:

— Um dos vampiros falou algo sobre uma profecia e que o meu filho podia estar relacionado a ela. Que profecia é essa e o que tem a ver com ele?