As aventuras de um livro que Alice estava lendo dava sono palavra após palavra. No meio da cena do beijo. Ela sofria do esquecimento (ela ria disso sempre) não que não lembrasse da história. .mas sempre tentava não voltar ao início e tentar ir até o fim. Mas como toda moça, ela tinha afazeres e isso tomava conta do seu tempo e mal podia retomar o episódio. Então era obrigada a voltar ao início. Isso a aborrecia, fazendo sempre com que ficasse longe do fim, saber se mocinho fica com a donzela e o mal acabado de vez..histórias adolescente que adultos e velhos ainda mantinham um carinho. Certas expectativas sobre o momento atual de viver uma vida cheia de aventura e repleto de amor. Cansada demais para continuar ela põe a mesma flor seca no meio do livro que o pai antes de falecer deu a ela, uma tulipa roxa o cabo desta já era marrom e as pétalas estavam bastante escuras. Sem vida, Alice viajou por um momento imaginando um campo dominado por essas e borboletas que voavam perto. Porém o que não imaginou era uma figura estranha invadindo com um cavalo branco a pegando pelo braço e a puxando para cima para que pudesse sair dali. A frente uma guerra que não tinha fim e ela via um castelo prata. Entre o pensamento fértil e a quase certeza de que era real ela põe o livro sobre a mesinha ao lado da cama assopra a vela e dorme.
O dia seguinte com o sino da igreja da cidade tocando as oito em ponto. Alice meia zonza abre os olhos e não vê muita coisa pois
As cortinas ainda não foram afastadas pelas criadas. Estranhando muito, pois a rotina era essa. Levantando pondo as mãos para afastar algo que estivesse no caminho. Ela afasta as cortinas e vê todos trabalhando normalmente mas se assustou ao que sua porta fora aberta com tanta velocidade.-olhe a hora Alice-
Mãe de Alice vestia um vestido vermelho com pedras escuras envolta das mangas e a barra da saia. Os cabelos enrolados soltos prestes a serem presos. Na manhã que Alice tinha sido surpreendida por ataques de ansiedade da mãe uma leve tontura se fazia presente. Ela ouvia vozes dizendo **corra, não há tempo volte para Aramrembel**
Deveria ser coisa da sua cabeça, pensou. Mas o relógio de bolso que ganhou de aniversário fazia tic tac e isso a incomodava exatamente ao sonho e a visão de um momento muito real que via nitidamente em sua frente de que algo iria acontecer brevemente. Ela pós os braços para o alto se espreguiçando e bocejando e sua mãe parada batendo o pé direito ao parquet de madeira escura. .cheiro de café invadiu o quarto fazendo a barriga de Alice roncar. Atravessando o quarto indo até o vestuário e com ajuda de sua criada ela pós o vestido azul marinho com uma faixa presa a cintura branca com fita em forma de top por trás prata. Era uma boneca com suas feições delicadas e levemente maquiadas para o tal almoço com os lancasters. Elas desceram e Alice correu até a mesa farta e repleta de coisas gostosas. Geléias de vários sabores. Chás e bolos. Pães e por aí vai. Em todas as refeições tinha lá doces com detalhes graciosos e desenhados pelo confeiteiro de cidade o maior de todos. .ele fazia esses com carinho e atenção a cada detalhe dos movimentos dos doces. Havia até alguns com recadinhos que animavam cada um que provava. Sentando e logo de frente para a mãe começou a dizer.-sonhei o mesmo sonho mamãe? -pondo o pano ao colo e servindo suco na taça.
-e do que se tratava o sonho? - lendo o jornal da manhã que era impresso em grandes folhas amareladas e soltas como relatório.
- pela milésima vez sonho com criaturas doentias que me cercavam dizendo ser a nova rainha de aramrembel.. um reino entre os sonhos e fantasias. Eu acho que isso deve ser coisa de minha mente perturbada pelo fato de me casar cedo e com este homem que não consigo gostar.
~ela estava a cutucar a pobre mãe. .mas essa já havia sido franca e já não tinha outra alternativa. .seus negócios deveriam ser sucesso e dar uma vida boa as duas. Porém conforme passa os anos e isso estava nítido era preciso alguém cuidar dos negócios antes da falência. E o único que sabia lidar era Júlio. .Não que ele não fosse um ótimo rapaz mas havia ganância aos olhos dele e a senhorita Walter sabia ao ver o rapaz tão entusiasmado ao falar sobre a fama do falecido marido.-Não iremos discutir esse assunto que já está concretizado. Tome cuidado com as palavras ao chegarmos a casa dos lancasters. .e não se esqueça de bons modos. -largando as folhas e tomando um gole de chá.
O dia prometia. .ao chegarem foram recebidas com gentileza. .e ao entrarem na mansão majestosa avistaram mais convidados e Alice percebeu que não era somente um almoço, mas algo que íria mudar a sua vida. Longe de tudo e todos nós labirintos do jardim, Alice avistou flores iguais a visão. Seria ela uma vidente? Passando por elas e querendo voltar sem querer tropeça em uma pedra e imediatamente é salva de bater na outra perto de uma fonte por um rapaz que era famíliar.
-se eu não tivesse saído você provavelmente estaria com o rosto esfolado. Ainda bem que estou aqui. -era encantador beleza pouco marcante mas de uma presença notável a milhas de distância.
Alice sem o que dizer foi ajudada a levantar e não se atreveu a falar.
-sou Edward grace.....
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Alice é você?
FantasyVolte ao tempo das badalas ao sino. fantasia misturada a realidade. ela teria que voltar e defender o trono por direito. estava escrito não está? quem diria. e a aventura? esta apenas para começar.