Conseguimos escapar

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Pov Ju

Já faz dois dias que eu estou aqui nesse barco, e nada do pessoal aparecer, eu já estou pensando em como sair daqui.

Olhei para alguns cantos do porão e avistei a minha mochila, mas como eu vou fazer pra pegá-la? Aí Juliana você é neta da deusa da Sabedoria pensa em alguma coisa minha filha.

Mordi os lábios e encarei a mochila mais uma vez, é isso não deve ser tão difícil. Ainda bem que eu não estou algemada para trás, então pode funcionar.

Estiquei o dedo indicador e calculei a distância da mochila, ela só estava a 40 centímetros de mim. A água puxou a mochila com força, fazendo com que ela venha até mim.

Como eu vou abri-la se eu estou algemada? E pra piorar os meus companheiros de sela estão dormindo. Olhei para o Matheus e Max e revirei os olhos.

Mais é claro, o grampo que papai me deu quando eu fiz 14 anos, se transformava em uma adaga de bronze celestial. Levei a mão até o cabelo, e puxei o mesmo abrindo as correntes.

-Yes! - gritei.

-O que aconteceu? - Matheus acordou atordoado.

Não respondi nada, e abri a mochila procurei algum dracma, e encontrei.

-Matheus abre um buraco no chão, mas com cuidado, não muito grande e nem muito pequeno - Digo

-É muito perigoso Ju, a água pode entrar para dentro, e matar todos nós - Ele diz receoso.

Revirei os olhos, e bufei.

-Eu sei o que estou fazendo, então faz logo o que eu mandei porque se eu vou tirar toda a água do seu corpo - digo irritada.

-Mas como eu vou fazer isso algemado? - Perguntou. Revirei os olhos mais uma vez.

Fui até ele, abri a sela, em seguida as algemas.

-Pronto querido, agora é com você - digo sem ao menos lhe dar atenção. Odeio gente indecisa. Ou melhor gente medrosa.

Matheus estendeu as mãos, e rapidamente o piso quebro, caindo diretamente no mar. Cheguei mais perto e joguei o dracma na água. Espero que a mensagem de Íris chegue.

-Oh, grande Iris deusa do arco-íris, mostre-me os meus amigos - digo, e rapidamente a brisa brota. No começo a imagem estava meio embassada, mas logo deu pra vê-los direitinho.

-Ju!? - Sofia diz abismada.

-Olá pra vocês também - logo já estava todo mundo, mesmo a Mari. Até achei estranho já que ela é super protetora, e deveria está super preocupada comigo.

-Onde você está? - Kaique pergunta.

-Em uma lancha, mas já estou pensando em como escapar daqui - digo - e a Mariana cadê ela? - perguntei.

-Ju então, aconteceu uma coisa com a Mari, como eu posso dizer - Sofia parecia procurar as palavras.

-O que aconteceu com a minha irmã? - perguntei, na verdade gritei.

-A Lauren esteve aqui, e ela injetou um líquido na Mari, que eu suponho que seja o mesmo veneno da árvore de Thalia - eu recebi aquelas palavras como um tapa na cara.

-Eu vou matar aquela desgraçada - grito, sinto as minhas forças desaparecerem - Sofia eu já estou ficando fraca, nos vemos no Grande Dia - digo e caio no chão.

-Você precisa de água - Matheus diz e fechei meus olhos por alguns segundos.

"Ju você é mais forte do que isso, tente se levantar, olhe para a água lá em baixo. E deixe ela tomar de conta do seu corpo"- alguém diz na minha mente.

Me levantei ainda com dificuldades, olhei para a água lá em baixo e senti uma conexão entra ela e eu. Aos poucos minha respiração foi voltando ao normal, e as minhas forças também.

-O que significa isso? - escutei a voz de alguém atrás de mim, na qual deduzi ser de Lauren. Me virei para o ser.

-Tá nervosinha é? - perguntei irônica.

-Quem foi que fez aquele buraco? - perguntou apontando para o mesmo.

-Ah, eu ia me transformar em um peixe e sair nadando - respondi olhando as unhas.

-Para de sarcasmos e responde de uma vez, o que você pretendia em fazer? - pergunta já irritada.

-Você é surda ou o que? Eu já disse eu ia me transformar em um peixe e sair dando - respondi sem paciência.

Ela fez um sinal, e um garoto apareceu, ele veio até mim e apertou meu maxilar com força - se eu fosse uma garota frágil como maioria das filhas de Afrodite já estava chorando e pedindo misericórdia, mas eu sou eu e não me intimidei.

-Você lembra de mim Jackson? - perguntou, mas ignorei a pergunta, eu sabia exatamente quem ele era.

-Josh Parker, filho de Ares - Lauren diz.

-Claro, o garoto que perdeu pra mim o desafio dias atrás, como vai? - perguntei sarcástica, ele apertou ainda mais o meu queixo.

Senti a adrenalina correr pela as minhas veias, estendi uma das mãos para o buraco que Matheus tinha feito há pouco. A água começou a levitar, fiz um movimento brusco e o Josh imediatamente soltou o meu maxilar, Lauren estava com os olhos arregalados assustado, Matheus tinha um sorriso no rosto, enquanto a Max estava ficado pálido de medo. A água veio em uma velocidade instantânea, levando tudo que tinha pela frente. Fiz um movimento com as mãos e levei toda a água que eu pude em direção a Lauren e Josh que foram arrastados para longe.

-Para com isso sua desgraçada - a Lauren gritou, e um sorriso diabólico surgiu nos meus lábios.
Movimentei as mãos novamente, e a água veio com mais velocidade do que da antes. Lauren e Josh foram jogados dentro de uma sela. Vovô Poseidon disse que eu sou um vulcão em erupção, eu não tenho controle dos meus poderes, mas usando a sabedoria eu consigo lapidá-lo.

Fui até a minha mochila, e peguei umas algemas e mordaça.

-Matheus me ajuda aqui - digo e ele vem até mim - algema ele que essa desgraçada é minha - falo e ele assente.

Olhei para a Lauren que estava zonza.

-Pronta - esfrego as mãos uma na outra.

Fui até a sela do Max e o soltei.

-Agora se preparem pra tudo, porque essa lancha deve estar cheia de monstro - digo e eles assentem - alguém de vocês tem armas? - perguntei.

Matheus transformou um pingente em uma espada negra, quase igual a do Gui, mas era de bronze estingio.

Max estava desarmado, então lhe entreguei a minha adaga.

SEMIDEUSES, percy jacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora