Em meio a chuva

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No dia seguinte aquele episódio lá estava ele, com seu maldito sorriso e aquela confiança de quem sabe o que quer. Droga! Ele ta vindo.

"Boa tarde! Deseja alguma coisa?"

"Quero uma água, então Letícia, já se acostumou com a ideia de que vou te levar pra minha cama?"

"Você é muito atrevido e petulante, nem amarrada eu daria pra você. Senhor estranho."

"Primeiro: me chamo Alex.
Segundo: você começou com esse joguinho, resolvi entrar nele e só saio quando te comer, e sim você vai estar amarrada e pedindo por mais."

Depois disso jogou a moeda de 1 real no balcão e foi embora. Desgraçado! O que tem de lindo, tem de arrogante. Alguns dias se passaram e apesar de odiar o jeito que ele falou, me senti desejada como nunca fui. No sábado ao fim do dia começou a cair uma chuva fina, fechei o quiosque e fui em direção a estrada que dava pra minha casa, cerca de um quilómetro e meio, na metade do caminho a chuva se tornou mais intensa, minhas roupas já encharcadas me faziam tremer de frio. "Céus ainda bem que vou passar o dia em casa amanhã."
Faltava dois quarteirões pra finalmente chegar em casa, mas virando a esquina eu congelei, Alex estava parado sem camisa e pela bermuda e ténis deviria estar vindo de uma corrida qdo a chuva o pegou.
"Ora, ora, se não é a miss simpatia. Devo dizer que esta ainda mais gostosa ainda com essa roupa colada no corpo."
Que merda, meus faróis estavam acesos e ele não tirava os olhos.

"Olá Alex."
Disse enquanto desviava dele, Alex segurou meu braço.
"Nossa você esta gelada! deixa eu te levar pra minha casa é nesse prédio, vc seca um pouco enquanto troco de roupa e te levo."

"Não precisa, já estou pertinho de casa."

"Vai sim e nem adianta protestar."
Dito isso me puxou pelo braço e entrou comigo no prédio...

O Cara da estaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora