Wolf Boy • l.s

22

Louis olhou pra cima, avistando um homem com seus 20 anos aparentes, cabelo castanho não tão claro, cacheados, boca fina, rosada, olhos verdes que ele bem conhece transmitindo dúvida e preocupação.

- Sn... Snow? É o que?

Louis se levantou num pulo.

- Mas você... Você... Como isso é possível? Isso não é possível! Você está mentindo! Onde está Snow?!

Mas Louis sabia que ele era Snow, vira os olhos que aprendera a reconhecer em qualquer lugar.

Era Snow, o seu grande lobo branco.

- Louis, vamos conversar. Eu não vou machucar você, está tudo bem.

Snow, que agora é Harry, ou talvez possa continuar sendo Snow, disse calmamente, estendendo a mão direita até o menor, para que o mesmo a pegue.

Louis, ainda indeciso, resolveu ir com Harry.

Não acreditava que Harry fosse lhe fazer algum mal, mas se fizesse, não faria diferença, já estava na merda mesmo.

Assim que Louis segurou a mão do maior, Harry o puxou, o abraçando forte e dando um leve susto no menor.

- Você está bem? O que aconteceu?

Então as lembranças do encontro com Sophia voltaram e o atingiriam em cheio, fazendo o menor cair no choro nos braços de Harry, o abraçando forte, enterrando seu rosto no peito do maior.

- Foi horrível, Snow! Ela me falou... Ela me falou coisas horríveis! Ela me deixou na floresta de propósito só porque as pessoas estavam falando dela!
Mais choro.

Harry apenas sentou e trouxe o menor para seu colo, o embalando, abraçando-o forte, acalentando sua dor até que ele se sentisse melhor.

Assim que o choro cessou novamente, o menor continuou.

- Ela me disse que eu destruí a vida dela, e que eu era uma praga. Mas o pior não é isso. Eu sei que eu magoei minha mãe, minha verdadeira mãe, sabe? Eu sou um merda! Um merda idiota!
O rosto do menor já estava vermelho, e novas lágrimas começaram a cair novamente.

- Louis, para com isso! Já!

Harry segurou o rosto do menor entre as mãos, olhando em seus olhos.

Verde no azul, azul no verde.

Louis, agora olhando fixamente para o maior, pôde perceber o quanto ele era bonito.

Mas sua cabeça estava atolada demais pra pensar nisso agora.

- Você não é um idiota, e muito menos um merda, entendeu? Vamos dar um jeito nisso, vai ficar tudo bem. Venha, eu vou cuidar de você... Eu vou levar você pra casa.