Dezembro, 20 de 2025

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acordo com a alice me chamando.

as luzes la fora indicam que chegamos a carolina do norte.

não sabemos o que esperar aqui, mas pretendemos nos reabastecer com comida, agua, roupas e combustivel.

há mais ou menos 4 dias não tomo banho e ja estou começando a sentir o odor que sai do meu corpo e invade o carro.

alice nao age mais como antigamente. ela esta tendo lapsos de memoria e nao consegue se concentrar por muito tempo nas coisas.

- Você pode me passar as coordenadas? - falo com a voz rouca.

- aqui está - fala ela me entregando um mapa. - vamos ter que nos deparar com uma barricada, talvez mais, é nossa primeira vez lá então vamos verificar primeiro os arredores. Não quero arriscar nossas vidas.

concordo com a cabeça e analiso o mapa.

há dois dias um bando de Urubus ( ladrões de estrada que te roubam, estupram e matam se você não estiver atento) tentou nos arrastr para um trailer, mas a alice havia presentido a armadilha.

ela é realmente boa no que faz...

- Você parece distraido, está tudo bem?- me pergunta ela olhando pelo espelho retrovisor.

- está. - é tudo que falo e ficamos calados até chegarmos na barricada.

pelo que vemos, a cidade foi destruida por fogo. o cheiro forte da fumaça ainda paira no ar.

- tem certeza que é uma boa ideia entrar dentro dai? olha o estado diss...

- olhe o medidor do tanque- diz ela cortando minha fala - nós definitivamente precisa-mos ou você prefere dar a sorte por ai na estrada com os Urubus a solta?

Ela estava certa então limitei-me a acenar em concordancia.

As barricadas que encontra-mos pelo caminho eram feitas com espetos de pau, arame farpado e provavelmente algum tipo de explosivo, então deixa-mos o carro e seguimos a pé

O frio era muito grande. Sem o calor do aquecedor do carro percebi que não duraria-mos muito.

- Há alguns edificios importantes aqui - falou alice comendo um pedaço de carne seca - Vamos entrar, vasculhar e retirar o maximo de suprimentos que puder-mos.

Paro abruptamente.

seguro o braço de alice. Tem algo de errado. Escuto sons vindo de todos os lados.

- o que foi? -pergunta ela sussurando em meu ouvido.

- Pessoas, Muitas e chegando de todos os lados!!- falo alarmado.

pouco tempo depois me vejo em disparada correndo até um predio que provavelmente foi um hotel, mas que hoje em dia se resume a "oel" no letreiro.

-Vamos entrar e observar - disse ela com uma expressão cansada.

- Posso ir atrás de alguns suprimentos enquanto você dá umas voltas pelos quartos... pode ser uma boa ideia.

Ela me acena e eu entro na recepção do local. É bem simples. Há apenas um caderno empoeirado (que pelo visto era um dos registros de quem havia se hospedado), algumas chaves (dos quartos obviamente), um telefone velho e um compactado de informações.

Me pergunto por que haveria um compactado se eles anotavam tudo no caderno que eu vi na entrada, mas por outro lado o compactado estava intacto e sem indicios de poeira. Só haveria uma explicação possivel. Aquilo estava ali a pouco tempo.

Repasso mentalmente tudo que vi e percebo que Alice está sem as chaves dos quartos. "Cara, como eu sou burro" penso . Saio a procura dela sob as luzes fracas do corredor do andar de cima. Odiei o papel de parede de cara. Muito marrom cor de bosta pro meu gosto.

Algo passa por mim então me viro e não acredito no que vejo. Uma criança. Provavelmente uns 7 anos, com um sorriso torto na cara e uma faca na mão. Levo minha mão até o cinto onde guardo uma pistola de choque letal.

- Se eu fosse você não faria isso - disse um cara que estava com alice nos braços, apontando uma chave de fenda na jugular dela. Eu gelei. Ela estava com um olhar apavorado.

A criança sorriu e foi pro lado do cara, que estava na porta de um dos quartos.

- Papa.. eu... brincar.- falou a criança que agora na luz fraca percebo que se trata de uma garotinha com o rosto desfigurado. Ela pegou a lamina e fincou abaixo do joelho de Alice. Ela deu um grito e eu apontei a arma pra garota que pos a boca no corte e começou a chupar o snague.

- ATIRE NA MINHA FILHA E EU MATO OS DOIS!!- gritou o homem cuspindo e apertando a chave de fenda.

- O... o que vocês q...querem? - falei com a voz tremendo.

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⏰ Última atualização: Mar 25, 2017 ⏰

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