Capítulo 1

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Era pouco mais que meio dia quando começamos a nos aproximar do porto de Berk. O calor me estressava, diante de toda aquela imensidão de água eu só queria mergulhar, sentir a calmaria do oceano sobre meu corpo e simplesmente relaxar [só que sem a chance de ser devorado por uma enguia gigante]. Já Poeira estava animada para correr na floresta e brincar entre as árvores, era isso que ela fazia antes de nos mudarmos para as montanhas [montanhas não têm muitas árvores, muito menos florestas]. O que ela via de tão legal nisso? Eu não faço a mínima ideia. Faca estava escondido em baixo do convés, esse tem extremo pavor de dragões, o que sinceramente eu não entendo muito, principalmente porque agora eles foram "domesticados", não é? Sei lá, vou ter bastante tempo pra reparar nisso.

Você deve estar pensando "Mas e você? Não tem medo de dragões? AH, mas é claro que não, protagonistas não tem medo de nada". Olha, pra falar a verdade eu tinha, mas não era tanto assim, era uma coisa do tipo "todos têm medo de dragões, então vou ter também, até porque, pelo martelo de Thor, eles comem as cabeças das pessoas!", mas agora admito que estou curioso, de certa forma eu sempre me interessei por criaturas gigantes e magnificas [contanto que não comessem minha cabeça], aliás, eu acredito em DINOSSAUROS. Sim, muitos vikings não acreditam neles, alguns dizem que não é possível existir animais tão mortais quanto dragões, outros dizem que os dinossauros são os próprios dragões, mas eu discordo.

Enfim, assim que atracamos, pude ver Stoico, O Imenso, descer a plataforma de embarque para receber nossa família.

–STOICO! Meu grande amigo, há quanto tempo não nos vemos?! – exclamou meu pai descendo do nosso barco de braços abertos para um abraço.

O líder não respondeu, parecia um pouco constrangido com a barulheira que meu pai fazia, exagero sempre foi o ponto mais marcante da minha família, meu pai é exagerando quanto a gado e comida [principalmente comida {acho que não puxei muita coisa do lado dele}], minha mãe é obcecada em limpeza e organização [outra coisa que não puxei], meu irmão Faca é exageradamente medroso [acho que sou adotado {aliás, como alguém chamado "Faca" consegue ter medo de algo?}], eu e Poeira somos calmos e observadores, quietos e atenciosos, entenda como quiser [acho que sou da mesma família dela... Poderíamos até ser gêmeos {tirando o fato de termos três anos de diferença (sou mais velho que ela)}].

–Olá Garfo... Como vai o gado? – perguntou Stoico, tentando se soltar dos gordos braços do meu pai.

–AH, vai muito bem, gentileza sua lembrar. A manada cresceu muito na última temporada, nossas vendas não param de subir. Eu ficarei extremamente orgulhoso quando meus filhos assumirem...

­–Ótimo, ótimo... – o líder, ainda visivelmente desconfortável com o quase escândalo do meu pai, interrompeu o mesmo, o que lá no fundo eu agradeci, era sempre assim, sempre que ele começava a falar dos iaques ele não parava mais. Enfim, Stoico se virou para cumprimentar nossa mãe – Colher! Encantado em vê-la novamente. Como foi se acostumar à casa nova?

–OH, pelos deuses, Stoico, foi um desastre, no começo quase desistimos, a casa era velha, totalmente empoeirada, e o terreno estava com um surto absurdo de ratos! Acredita nisso? Garfo até mencionou em comprarmos outra casa em outro lugar, mas sorte que não existe bagunça que eu, sua esposa magnífica não consiga arrumar...

–Mãe, por que não vamos dar uma olhada na nossa casa daqui de Berk? Aposto que Stoico cuidou para que esteja impecável – falou meu irmão Faca, ligeiramente nervoso – Vamos rápido antes que algum dragão apareça.

O Imenso fechou os olhos e soltou uma imensa gargalhada [o que não me surpreendeu, porque, né, ele é Stoico O IMENSO].

–Acalme-se, Faca. Os dragões não são mais uma ameaça...

Mas assim que ele se acalmou e reabriu os olhos, meu irmão já havia saído com nossos pais às pressas.

Aliviado pelo trio exagerado ter saído, ele se virou para falar com Poeira e eu, juntou suas grandes mãos mostrando sua recém-chegada animação.

–Por favor, me digam que vocês também não mudaram nada – disse ele.

–Sim Stoico, continuamos tão calmos quanto seu rebanho de ovelhas – respondi.

–É bom vê-lo de novo, senhor – respondeu minha irmã, com os pés juntos e expressão séria no rosto.

–Por favor, me chame apenas de Stoico – ela não reagiu, continuou séria, chegava até a ser engraçado – e esqueça as formalidades, todos aqui de Berk são como uma família para mim – e por fim sorriu.

Ela ficou encarando a enorme barba do homem, sem dizer uma única palavra, até que ela não aguentou e começou a rir.

–Você é engraçado – disse, depois saiu correndo.

Stoico a encarou confuso até que ela já havia saído do porto, eu me aproximei e coloquei a mão em seu braço [teria colocado no ombro, mas né, ele é O IMENSO].

–Ela ainda só tem 13 anos, logo vai parar de ser... Meio doida... Eu acho.

–E vocês cresceram muito nesses dez anos, me surpreende vocês dois não terem... Seguido os paços *meio exagerados* – ele sussurrou – dos seus pais.

–Ah, nem me fale nisso. Meu pai está ansioso para que eu assuma a responsabilidade dos iaques, mas essa não é bem a minha praia – falei quando começamos a caminhar em direção à aldeia.

O grande líder bufou.

–Acho que sei um pouco como é isso. Soluço não fica mais em casa quando tento falar com ele sobre assumir a liderança da aldeia.

–Entendo... Falando nisso, onde ele está?

Ele pensou um pouco antes de responder.

–Acho que deve estar rondando o arquipélago. Ouvimos rumores de caçadores de dragões nas redondezas, mas nada que deva se preocupar. E também já está na hora de eu voltar ao trabalho.

Ele assoviou alto e em questão de segundos uma grande fera alada surgiu dos céus e pousou a nossa frente. Era grande e um pouco achatado, suas escamas eram de um azul forte como lápis-lazúli, sua cauda era cumprida e tinha alguns espinhos.

UM TAMBOR TROVÃO! Já li sobre ele no Livro dos Dragões, era um pouco achatado apenas enquanto não abria sua enorme boca e soltava um rugido estrondoso capaz de afundar um navio, nesses momentos sua barriga se expandia e o rugido devastador era liberado.

–Não precisa ter medo – Stoico disse – este é o Tornado, meu inseparável dragão, com ele é mais fácil ficar de olho em toda a aldeia. Mas agora não é hora de falar, tenho que ir.

Eu fiquei petrificado e boquiaberto enquanto Stoico, O Imenso, um dos maiores matadores de dragões... ESTAVA MONTANDO UM DRAGÃO. A maior ironia da minha vida [sim, eu amo ironia... Já falei isso no prólogo se não me engano]. E mais... Era um dragão. UM DRAGÃO! E ele não tentou comer minha cabeça!

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Fala aí galera, beleza? Aqui quem vos fala é seu escritor "mais querido" Felips HW.

Antes de mais nada eu gostaria de agradecer a paciência de vocês por ler minha fanfic, é a primeira que escrevo, mas não a primeira história. Espero do fundo do meu coração que você goste da obra, não se esqueça de curtir e comentar o que achou e o que você acha que vai acontecer, só que eu não confirmo nenhuma teoria que for comentada, só gosto de ver como a criatividade de vocês vai fluindo, e outra, eu não gosto de dar spoiler.

E se você é um fã assíduo de Como Treinar O Seu Dragão, não venha me xingar dizendo asneiras do tipo "No filme / livro não é assim. Você está distorcendo a história blá blá blá". Gente, sou um fã tão obcecado quanto vocês, mas eu quero montar a MINHA história dentro desse mundo, pense nisso como "um mundo paralelo" ou "uma realidade alternativa".

Agradeço a compreensão e paciência de vocês. Até mais <3

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⏰ Última atualização: Mar 26, 2017 ⏰

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