Cap 2

32.8K 3.1K 214
                                    

Adam**

Ela olha pra mim, meio que sorrindo. O Charlie me vê e se assusta. Olho para ele e para o vibrador que foi largado em cima do sofá, acabo rindo de toda essa loucura.

Ele olha para o vibrador, arregala os olhos e se vira para a moça:

_ Desculpa, mas... Eu vou indo. _ diz, já virando as costas e saindo depressa.

_ Ei! Espera! _ ela grita.

Ele sai rápido, me deixando sozinho com aquela maluca. Ela se vira pra mim, fechando a porta. Confesso que fiquei com medo disso.

_ Parece que o meu cliente, foi embora. Não quer aproveitar, já que ficou o tempo vago?

Agora, as coisas começaram a esclarecer.

_ Acho melhor não.

Tento me esquivar, mas ela se aproxima e passa a mão no meu peito.

_ Tem certeza? Nós estávamos nos dando, tão bem.

_ Tenho. _ Digo tirando sua mão do meu peito.

_ É uma pena. À propósito, eu sou a Laura.

_ Adam. _ digo assustado, louco para sair daqui.

_ Bom saber que o meu vizinho chato, é um gato. _ Ela diz, sorrindo. _ Aqui, toma um cartão meu, caso você queira  mudar de idéia e se divertir um pouco.

Seguro o cartão preto, com escritas em rosa. Laura Venturini, acompanhante de luxo.

_ Obrigado, mas.... eu tinha vindo para reclamar do som alto. Acho que tudo acabou virando, uma grande confusão. Me desculpe.

_ Tem certeza de que eu não posso fazer nada por você?_ Laura me pergunta, apontando para a minha semi-ereção.

_ Não! Eu... tô bem. _ digo me ajeitando.

_ (Hmm)... _ Ela resmunga, meio frustrada_ Mas tudo bem. No final disso tudo, até que foi divertido essa confusão toda.

Ela me acompanha até a porta e a abre.

_ Se acaso mudar de idéia, estarei aqui.

_ Ok... Obrigado.

Ela sorri, depositando um beijo no meu rosto. Um beijo bem demorado. Eu me afasto sem jeito, e saio quase correndo.

Entro no meu apartamento e viro a chave duas vezes, para ter a certeza de que estava bem trancado. Sabe-se lá, o que aquela maluca poderia fazer.

Ela era muito bonita, não tinha como negar. Mas eu estava querendo distância de mulheres, principalmente, com vibradores na mão.

Me jogo sobre a cama e fico deitado, olhando para o nada. Seria difícil dormir depois de hoje.

...

Acordo na manhã seguinte, sorte que era sábado, estou completamente acabado. Não estava em condições de ir trabalhar hoje.

Logo cedo, minha campainha toca. Levanto com cara de sono e vou atender.

_ Cara! Que cara é essa? Foi beber e não me chamou? _ Diz Nathan, assim que eu abro a porta, com um bom humor que irritaria qualquer um.

Olho para ele sério, até ouvir uma voz doce ao seu lado.

_ Bom dia, vizinho.

Olho assustado para a mulher, que perturbou boa parte da minha noite.

_ Bom dia. _ digo, meio sem jeito.

_ Espero que não se incomode, vou ligar um pouco o som, se estiver muito alto, basta vir no meu apartamento e me avisar.

Ela sorri e pisca pra mim. Olha para o Nathan, que está babando nesse momento e entra.

_ Caralho! Como você têm uma vizinha dessas e nunca me contou?

_ Por que eu não sabia que tinha, até ontem.

_ Por isso essa cara de acabado?  Ela detonou você, não é? Sabia! Você seguiu o meu conselho!

_ Nem perto disso. Entra que eu te conto.

Comecei a contar sobre o que aconteceu ontem. Nathan parecia uma criança, na estréia do seu filme favorito.

_ Que cara de sorte.

_ Sorte? A louca veio com um vibrador, quase infartei, quando ela disse que ia enfiar aquilo em mim.

_ Sério?

_ Sim. Mas o pior você não sabe. A campainha toca, bem quando eu disse que era um engano e você não acredita quem era o tal cliente, que queria o vibrador.

_ Quem?

_ Charlie, da academia.

_ O professor mala?!

- Sim. O próprio.

Nathan cai na gargalhada, chegando a se jogar de costas no sofá. A vizinha começa com suas músicas latinas. Mas nem a pau que eu volto lá pra reclamar do som. Somos interrompidos pelo toque do celular do Nathan.

_ Cara! É a sua mãe. _ ele diz, assim que pega o telefone em mãos.

_ Você não me viu.

_ Desculpa, mas foi por ela que eu vim...  Alô? Tia?

Vou matar esse desgraçado.

_ Está sim, tia! Só um minuto.

Ele me estende o telefone. Olho para ele e depois para o aparelho. Não tinha como escapar.

_ Alô?

( _ O que aconteceu com você? Por que não me liga e nem atende as minhas ligações? Estou preocupada, filho.)

_ Oi mãe, eu estou bem. Ando muito ocupado, com a minha empresa. Ela vem exigindo muito da gente nesses últimos tempos.

( _Sei... então filho, você recebeu o convite?) _ diz ela, em tom preocupado.

_ Sim mãe, recebi.

( _ Você vem, não é? )

_ Sim mãe, eu vou.

( _ Você não sabe o quanto estou feliz. Senti muita falta sua, meu filho.)

_ Eu também, mãe.

( _Você vem para o meu aniversário, final de semana que vêm? )

_ Vou. O Nathan e eu, estaremos lá.

( _ Obrigada, filho. Te amo.)

_ Também te amo, mãe. Tchau.

Entrego o telefone a ele.

_ Então você vai?

_ Não tenho escolha.

_ Por que você não leva uma garota?

_ Você é louco? Quem eu levaria?

_ Sei lá, que tal a Nicole? Ela vive correndo atrás de você.

_ Como eu te disse, no momento, meu foco é a empresa. Estou fugindo de compromisso, principalmente, com a filha do construtor que estamos para fechar negócio.

_ E a vizinha?

Ele me pergunta, mostrando o cartão que pegou da mesinha de centro.

_ Não. _ digo, enfaticamente.

_ Por quê?

_ Esquece Nathan, eu vou sozinho.

_ E vai assistir de camarote seu irmão triunfar e rir da sua cara, por ter roubado a mulher que você namorou desde a adolescência?

■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■■

Passando para avisar que quem quiser ler o livro completo, está disponível na Amazon Kindle

Aluga-se Uma Noiva - Disponível Na AMAZON KINDLE        Onde histórias criam vida. Descubra agora