Sometimes

Only One

Raisa tinha começado muito bem sua amizade com Roman Bürki e os resquícios daquela memória ainda eram muito presentes. A espanhola sabia que aquela amizade com benefícios confundiria seus sentimentos em um momento ou outro, mas a partir da distância que os cercava estava sendo muito mais fácil lidar com aquilo.

Com a Data FIFA chegando e suas férias atrasadas também, o convite para a Suíça havia chegado na melhor hora possível. Passaria alguns dias com Roman Bürki e aproveitaria mais da campainha do homem e aumentariam sua coleção de momentos, como o mesmo já havia dito antes.

O Aéroport international de Genève estava lotado naquela tarde e Roman estava terrivelmente ansioso, a grande amiga estava chegando e ele tinha feito questão de ir buscá-la. A placa com a letra chamativa e legível tinha escrito Perosini, Raisa numa mania terrível que o goleiro tinha de sempre colocar o sobrenome antes.

Quando a morena foi vista no desembarque e a voz do suíço foi reconhecida, não houve malas que os separassem. Correu até ele e deixou o abraço mais forte possível, daqueles que as pessoas pensariam que estavam com muita saudades, mas na verdade era só fogo. Tinham sim, sentido falta da presença um do outro, mas a saudade do corpo era muito mais desesperadora e ardente. Era fogo da pior espécie e que latejava em dois lugares especiais.

– Eu não posso te beijar aqui no meio. – Não que Raisa estivesse fogosa, mas havia algo maior nela, talvez maior que o próprio controle.

– Eu sei que não. – Roman apertou ainda mais a morena em seus braços e puxou seu corpo para cima, enfiando o rosto entre os cabelos e pensando no quanto queria aquele cabelo espalhado pela sua cama – Podemos esperar a casa ou...

– Ou...?

– Bem, eu acho que o banheiro deve ser limpo, não? – Ele deu um sorriso de lado e bagunçou um dos cachos de Rai – Você que sabe.

Coletar momentos, era a frase que Raisa repetia para si mesma. Ela não conseguia pensar muito bem quando estava com o homem, não conseguia raciocinar quando ele beijava ela lá, não conseguia respirar direito quando ele tocava ela lá. Mas ficar longe de todos esses prazeres era o que matava a morena por completo. Roman Bürki não era só bom, ele era bom demais.

– Bem, eu acho que podemos fazer uma privada de tatuagem para marcar esse momento. – Raisa apontou para o pé, as meias curtas cobriam apenas o começo da garrafa em miniatura de José Cuervo, motivo pelo qual eles se conheceram anos atrás – Vamos logo com isso.

Os dois foram extremamente discretos em pegar as malas de Raisa e colocar no carro que estava num lugar mais afastado do estacionamento. Voltaram para dentro do aeroporto e quando Raisa menos esperou, foi puxada para dentro de uma porta que nem tinha visto. O banheiro masculino estava coincidentemente vazio e Roman nem se importou em trancar a porta de entrada, sorrindo de lado ao puxar a morena em sua direção.

Atacou os lábios da mais nova, enfiando uma das mãos em seus cabelos enquanto a outra estava apertando a curva de sua cintura. Raisa se afundava no gosto maravilhoso que a boca do goleiro tinha, as duas mãos bagunçando e puxando o cabelo do homem, ela nem se importava em estar sendo amassada contra a parede e os dois fingiam não ouvir alguém batendo do lado de fora.

Roman levou as mãos até a bunda de Raisa, puxando-a para cima e encaixando a mulher ao redor de si, caminhou até a pia mais próxima e deixou o corpo dela apoiado no mármore gélido. Os lábios da morena delineavam seu pescoço e ela parecia conhecer cada ponto fraco dele, lambendo e chupando no ponto certo, mordendo só para aumentar a vontade e rebolando lentamente em cima do pau do homem. Sabia como enlouquecer Bürki e era isso que ela queria fazer naquela tarde. Tratou de se livrar da blusa do suíço, puxando o homem para ainda mais perto de si e tomando conta de suas costas, arranhando por cima e sabendo que depois ouviria reclamações pela tentativa de estragar a tatuagem dele.