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032 | Sook

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Estava em um zoológico, uma brisa calma passava por mim e me relaxava cada vez mais. Os animais faziam silencio em suas jaulas e eu apenas fechei os olhos com aquela calma rara naquele lugar. Pude até sentir um cheiro de grama molhada e eu amava aquele cheiro.

Então, senti um peso sobre mim e tive certeza que era um tipo elefante me esmagando. Mas então meu ombros foram agarrados e balançados rapidamente e eu soube que não era um animal. Pelo menos, não um de quatro patas.

— Acorda, garota! — era a voz da Lisa bem distante.

Não mexi um músculo, aquela cama improvisada no chão do quarto de Lisa estava tão quentinha que eu não queria acordar.

— Nossa, vai me ignorar mesmo? — ela soltou meus ombros. — Achei que você queria ver o Kookie.

Me sentei na cama num salto.

Algo naquele nome me fez acordar na mesma hora, e Lisa parecia saber disso. Ela ria enquanto eu me levantava, bem devagar. Ajudar ontem no restaurando da sua mãe havia acabado com minhas costas, mas eu iria ignorar isso até o encontro acabar.

— Vamos, apaixonada. — ela me empurrou para o banheiro. — Se arrume logo que a Yin está chegando para a gente se arrumar.

Normalmente eu não iria responder. Eu nunca falava nada de manhã por causa do sono, pois eu sempre falava coisas sem ligação e engraçadas, mas hoje não era uma dia normal.

— ...Mas que horas são? — cocei os olhos.

— São onze horas. Acho que você foi dormir tarde ontem, né? — ela me julgava com o olhar. — Eu mandei você desligar o celular!

— Não briga comigo. E-eu não consegui achar o sono. — eu literalmente falei isso. Culpe o sono por me deixar como uma criança de seis anos.

— Ai! — Lisa apertava minhas bochechas e eu tentava me afastar. — Que fofinha! Acho que vou tirar uma foto sua e mandar pro Kookie!

— Não! — corri das suas mãos e me tranquei no banheiro.

Ouvi uma melodia meio alta e percebi que era a campainha da casa de Lisa.

— Deve ser a Yin. — escutei Lisa sair correndo do quarto.

Corri para o banho e então senti que acordei de verdade. Meu corpo estava relaxado por causa da água quente, já minha cabeça parecia uma confusão de pensamentos. Todos direcionados a ele.

Será que foi uma boa ideia a gente se encontrar?

E se ele não for aquele garoto das fotos e tudo não passou de uma mentira?

Por que eu fico tão nervosa sempre que falo com ele?

Será que eu vou ter quer beijar-lo?

[...]

Yin era uma pessoa com um extremo sentido de moda, e parece que seu dom aumentou desde que a mesma cortou o cabelo. Eu amava isso nela, pois ela sempre me ajudava a escolher minha roupas nessas ocasiões.

Nós trocamos rapidamente e fomos preparar algo para comer. A mãe de Lisa saia cedo para tomar conta de seu negócio e não dava tempo de fazer o café; ela se sentia culpada por isso, mas deixamos claro que não teria problema. Dividimos as tarefas: Yin fazia as panquecas, eu fazia o suco e Lisa escolhia algo na televisão.

Depois de um certo tempo, estamos com a barriga cheia e com tédio, jogadas no sofá. Falávamos sobre qualquer coisa aleatória e riamos em seguida. O celular da Yin tocou e logo todas calamos a boca.