destino?vida?morte?

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         – Que depósito? Eu indaguei completamente paranoica. Deus, o que eu estava

fazendo segurando uma conversa com um homem estranho? Eu nunca devia ter dado

qualquer atenção para ele. Eu podia ter vivido sem o cachorro quente.

– Você está segurando uma bolsa de depósito do banco, ele disse suavemente.

Oh. Sim. Eu nervosamente ri. Eu devia ter tido vergonha de minha paranóia, mas

por alguma razão, não tinha sequer começado a se dissipar. Eu me permiti outro olhar

furtivo no estranho. Para o inferno com o cachorro quente, minha melhor aposta era ficar

longe deste estranho muito-atraente, entregar o depósito, e esperar que eu pudesse achar

um táxi para levar-me através de cidade para minha reunião. Eu já estava dez minutos

atrasada.

         Ele estava ainda me olhando.

– Você está certo. – Eu disse. Outro estrondo do trovão, e as nuvens se abriram.

E eu estava vestindo um terno de seda vermelha que eu não podia realmente

dispor, mesmo na liquidação da Saks9. Vaidade novamente. Sem olhar para trás, eu saí na

rua, que estava momentaneamente livre de trânsito.

        Aconteceu em câmara lenta, isso aconteceu em um piscar de olhos. Um de meus

saltos de sapatos altos se quebrou, meu tornozelo torceu, e a chuva súbita estava tornando

o lixo na rua em um rio de sujeira. Eu deslizei, afundando em um joelho, e eu podia sentir

o rasgo de minha meia-calça, rasgar de saia, meu cabelo cuidadosamente organizado

alisado e molhado ao redor de minhas orelhas.

          Eu olhei para cima, e ele estava aí, em um cruzamento o ônibus pronto

esperando por mim. Outro estrondo do trovão, o branco brilhante chiou de um raio, e tudo

ficou calmo e quieto. Só por um momento.

E então tudo se transformou em um borrão de ruídos e de ação. Eu podia ouvir

pessoas gritando, e para meu espanto meu dinheiro estava flutuando pelo ar como folhas

de outono, rodando e descendente na chuva pesada. O ônibus havia chegado a uma

parada, ponto de vista do outro lado da rua, e buzinas estava buzinando, pessoas estavam

amaldiçoando, e ao longe eu podia ouvir o grito de sirenes. Maldita resposta rápida para a

bonita Nova Iorque, eu pensei distraidamente.

       O homem estava de pé ao meu lado, o bonito do carrinho de cachorro-quente.

Ele estava só terminando um cachorro de pimentão, completamente à vontade, e eu

lembrei de que eu estava morta de fome. Se acontecer de perder o ônibus pelo acidente,

eu poderia também conseguir um cachorro de pimentão. Mas por alguma razão, eu não

queria virar.

– O que aconteceu? Eu perguntei a ele. Ele era alto suficiente para ver acima das

multidões das pessoas aglomeradas em torno da frente do ônibus. Alguém foi

machucado?

– Sim, – ele disse, então riu com uma voz deliciosa. – Alguém foi morto.

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⏰ Última atualização: May 12, 2019 ⏰

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