Como eu era antes de você - fanfic

Prólogo

Todas as escolhas que fiz desde que minha vida entrou em combustão espontânea foram questionadas. Nunca faltou gente pronta para julgar o modo que escolhi para lidar com as coisas. Pessoas que nunca passaram por isso sempre acham que sabem como você deve reagir. E aquelas que passaram por situações complicadas acreditam que você deveria lidar com as coisas do mesmo jeito que elas. Como se existisse um roteiro pré estabelecido.

Era difícil ter de lidar com a reação das pessoas em relação a tudo isso, e que nos conhecia como o casal da Dignitas, e havia muito tempo que eu decidira nunca falar sobre a Dignitas, se fosse possível.

Nós tempos que se seguiram, eu fazia apenas o que era possível, aceitando o bom com o mau, procurando tirar prazer nas pequenas coisas. Com Will, era muitas vezes difícil de encontra-las. Tinha feito o meu melhor para ser paciente com ele ao longo dos primeiros dois meses, mas nem sempre fora fácil. Porque Will me parecera muito triste, muito infeliz e sentindo-se para baixo com tudo aquilo. Sem foco.

Eu estava tão determinada a fazer com que nosso relacionamento fosse diferente. Mas ele me afastava de todas as maneiras possíveis, queria que eu tivesse oportunidades, que não estivesse preso a sua vida. Mas parecia não entender que ele era o homem que eu amava.

Na maior parte atribuía esse fato a vida que ele levava, mas às vezes me perguntava se não havia algo de errado com Will .

Will precisava mesmo era de um pouco de tranquilidade, passar os dias em algum lugarzinho se divertindo ou simplesmente descansando, sem ter que se importar com qualquer coisa que o consumia.

E então... havia Patrick e Caroline. Eu sabia o quanto tinha sido difícil para Patrick me contar sobre eles. O cuidado com que escolhera as palavras, tentando encontrar os termos certos, sem saber a extensão da dor que poderia estar infligindo. Devia ter um ano que Patrick meu ex-namorado e Caroline tinham se tornado um casal. Quando as palavras se assentaram entre nós, esperei que a notícia me trouxesse alguma dor. Mas não houve nenhuma; apenas surpresa. Não surpresa por aquelas duas pessoas incrivelmente atléticas estarem juntas, apenas por Patrick já ter uma noiva fazendo poucas semanas em que havíamos terminado. E nessa época Will ainda me afastava de todas as maneiras possíveis.

Afastei esse pensamento como fiz quando Patrick me dera a notícia sobre o relacionamento dos dois. Se me permitisse pensar em Patrick, estaria abrindo a porta para nossa triste história e rompimento, e isso levaria a razões... que me conduziam a um lugar pelo qual eu nunca permitia que meus pensamentos se aventurassem.

O tempo passou e as atitudes de Will com o qual eu já fazia me acostumado passaram também.

E ele estava mais próximo do que isso, mas de alguma forma, quando é real, quando é a sua vida a pessoa pode parecer ainda mais distante e intangível. A proximidade não leva a familiaridade. Sempre amei ele, mas nunca me ocorreu amar, amar ele. Jamais pensei que fosse algo razoável de se querer.

Então quando Will me pediu em casamento e falou que íamos nos mudar para Londres ano passado, não consegui andar em linha reta três dias depois de ter sido pedida em casamento.

A situação ficou tão ruim que eu te fato tive que conscientemente praticar o simples ato de andar. Minha família ficou animada. E Nathan me garantiu que Will me amava de verdade, que ria das minhas tentativas de fazer piadas idiotas, que me incluía nas conversas. Foi tudo tão louco, tão esquisito quanto descobrir que alguém tinha escrito um livro sobre minha vida ou algo assim. E isso foi só o começo de tudo.

Quando me mudei para Londres estava tudo bem na minha vida. Com meus problemas deixados para trás e a guarda baixa estava pronta para ter um novo começo ao lado de Will. E foi o que fiz. É assim mesmo. Seguir em frente com um passo de cada vez, e não posso negar que a estratégia tenha me ajudado muito. Se concentrar nas pequenas vitórias, era o que sempre dizia a mim mesma...

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