Capítulo 8 _ Jogos

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Um tempo depois de deixar Arthur em casa, pude descansar. Tomei um comprimido para dormir, me escondi embaixo de meus cobertores e agarrei meus travesseiros. Alguns minutos depois, o dia havia finalmente terminado para mim.

...

- Pela milésima vez, não houve nada! Eu o deixei em casa, estacionei a van a dez quarteirões de distância e dormi. Só isso, Leo! - Eu procurava alguma coisa para comer enquanto meu companheiro de viagem me enchia com insinuações.

- Tudo bem, então pelo menos me conte a história de vocês. Como se conheceram?

- Na escola. Éramos amigos, mas ele saiu da cidade há muito tempo.

- Por que está mentindo  para mim? - Ele levantou uma sobrancelha.

- Por que acha que estou mentindo?

- Por que eu conheço você. Você está desesperada, tentando fugir do assunto. Sem contar que você estudava numa escola só para meninas. - Ele me venceu nessa. Encontrei um saco de salgadinhos, sentei no chão com as pernas cruzadas e comecei a comer.

- Se eu quisesse te dizer algo, eu diria.

- E se fizermos um jogo? Você me responde uma pergunta e eu respondo outra.

Mordi o lábio inferior. A chance de saber algo mais sobre Leo valia à pena.

- Está bem. Pergunte primeiro.

- O que aconteceu entre você e Arthur?

- Nós éramos amigos. Fizemos algo estúpido e... bem, não deu certo. 

- Estragaram a amizade?

- Mais ou menos isso.

- Tudo bem. - Ele puxou uma garrafa de suco do balcão e bebeu quase todo o líquido dela. - Agora me faça uma pergunta.

- Você encontrou o amor da sua vida nesse tempo em que estivemos sem contato? - Eu vi seus olhos perderem o brilho por um momento.

- Acho que sim. Ela se chamava Julieta. Ficamos juntos por dois anos, mas ela encontrou alguém melhor do que eu e me deixou alguns dias antes de eu a pedir em noivado. Perdi uma grana naquela droga de anel.

- Nossa. Eu não esperava por essa.

- Achou que eu ia ficar te esperando pra sempre?

- Não, só não pensei que você seria abandonado duas vezes. Talvez o problema não seja eu, afinal.

- Muito engraçado.
Ele parou de falar e fitou a garrafa em sua frente como se pudesse movê-la com a força da mente.
- A gente deveria ir à praia. - Disse por fim.
- É, deveria mesmo.






























































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⏰ Última atualização: Sep 10, 2017 ⏰

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