Contando Estrelas

Capitulo 5

Eles não queriam acreditar, eles já tinham deixado tudo pronto para ir embora.

Livvy: Mas doutor, nós não fizemos os exames para saber qual era o melhor tratamento!? O que deu errado?
Dr. Paulo: Tinham dois tipos de tratamentos, preferimos optar pelo menos dolorido e sacrificante para você. Mas na verdade o melhor seria o que infelizmente mais te afetaria. Nós agora vamos começar com a quimioterapia mais forte, dessa vez vai ser mais dolorosa.
Ale: Doutor, dessa vez o risco é maior?
Dr. Paulo: Sim, por ser mais forte, o organismo vai ficar mais cansado e você pode se sentir pior. Mas em relação à doença, será melhor para te curar.
Helena: Livvy, fica calma ok!? Vai ficar tudo bem.
Carlos: Quanto tempo mais ela vai ter que ficar aqui?
Dr. Paulo: Por tempo indeterminado.

O dia seguiu normalmente, todos ficaram mal porém fingiram que estava tudo bem pois queriam passar tranquilidade para Olivia.

P. O. V. Helena

Como era domingo eu e John tínhamos que voltar para casa se não se atrasariam para a escola. Depois do que o médico disse sobre o tratamento de Livvy, ela já não estava mais preocupada com a prova que teria naquela semana, estava preocupada mesmo com sua amiga.
Resolveu que antes de voltar para casa iria conversar com o médico de sua amiga. Queria saber se ela correria risco de morte, não queria nem pensar nessa possibilidade mas queria tirar isso de sua cabeça, queria ter certeza que era preocupação atoa.

Helena: Dr. Paulo!!
Dr. Paulo: Oi! Helena né!? Amiga da Olivia?
Helena: Sim sim. Então doutor, eu queria falar com o senhor sobre o estado dela. Ela está muito mal?
Dr. Paulo: Infelizmente. A doença dela nem melhorou nem piorou, como o tratamento que nós tínhamos começado não era totalmente o "adequado", o estado dela está igual.
Helena: Mas doutor, o tratamento que vai começar agora o senhor disse que é mais forte. Ela vai ficar mais cansada, mais pálida, mais... triste?
Dr. Paulo: Sim. Ela vai ficar pior em relação á aparência, mas seu organismo vai reagir melhor. A doença vai regredir, logo seu organismo vai melhorar.
Helena: Eu não quero nem pensar nessa possibilidade mas preciso perguntar para o senhor: a Livvy pode morrer? •assim que perguntou isso sentiu uma lágrima escorrer em sua bochecha•
Dr. Paulo: Não queria e nem poderia falar sobre isso para você mas vendo seu estado de preocupação, eu vou falar. Sim, ela pode morrer mas ... •ele nem conseguiu terminar de falar pois Helena começou a chorar compulsivamente• Calma Helena, isso só acontecerá se esse tratamento não parar a doença até acharmos alguém com o tipo sanguíneo compatível com o dela para podermos fazer transfusão de medula.
Helena: Qualquer um que for compatível serve?
Dr. Paulo: Sim serve.
Helena: Ótimo, eu e John vamos achar essa pessoa.
Dr. Paulo: Isso é muito bom! Conte comigo!
Helena: Obrigada doutor. Agora tenho que ir embora. Tchau.
Dr. Paulo: Ok, tchau!

Helena logo saiu do hospital para voltar para casa. Seus pais não estavam em casa pois estavam viajando à trabalho. Helena entrou em sua rua e achou estranho o fato de só ter um poste com a luz acesa mas nem tentou questionar. Pela hora todos os seus vizinhos deviam estar jantando e ninguém nessa rua sai de casa essa hora. Assim que ela entrou em casa e acendeu a luz se assustou com quem viu.

Helena: Que diabos você está fazendo na minha casa nesse estado?
Xxx: Vim te fazer uma visitinha.
Helena: Saí daqui agora.
Xxx: Não estou afim. • ele veio se aproximando e Helena correu para a cozinha e pegou escondido uma faca •
Helena: Henrique, saí daqui agora!!
Henrique: Não quero!! Eu quero outra coisa.

No mesmo instante John apareceu na cozinha e bateu com um vaso na cabeça de Henrique. Henrique não tinha percebido mas Helena tinha mandado mensagem para John pedindo socorro. John como estava perto dali foi ajudar sua amiga. Helena começou a chorar.