Capítulo 7

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Não, não dava para acreditar nisso, tudo era mentira? Agora fazia sentido o fato da diferença que sua mãe a tratava, sempre preferia seu irmão, espera, Ale não é mãe de Livvy nem Victor seu irmão.
Carlos que sempre fora quem ela mais amava não era seu pai. Ela estava destruída.
Livvy: Aiiii minha cabeça! Como assim não sou filha de vocês? Vocês mentiram para mim?

Ale tenta chegar perto de Olivia mas a mesma se recua na cama, Helena e John estavam confusos, eles não entendiam isso, e estavam vendo que isso magoou sua amiga e o físico dela estava abalado mas os "pais" dela não iriam ouvi-los.

Ale: Filha...
Livvy: Eu não sou sua filha, então não me chame assim.

Livvy não parava de chorar, ela sentia e ouvia algo se partindo dentro dela, mas algo fora, em seu corpo estava doendo, ela estava se sentindo mal.

Carlos: Olivia, eu te amei assim que te vi recém nascida naquele orfanato. Me perdoa pelo amor de Deus!

Carlos chorava muito de ver que sua princesinha estava com ódio dele.

Helena: Tio, licença, sei que não sou da família e ...
Livvy: Não seja por isso, eu também não sou.
Helena: Espera aí Olivia, fica quieta. Então tio, eu sei que esse é um momento sério mas eu estou vendo que sua filha está passando mal, essa história fez muito mal não só para o psicológico dela mas para o físico também.
Livvy: Helena e John, como vocês percebem...

Livvy desmaia e John corre para chamar o Dr. Paulo que tinha saído do quarto quando contou sobre o exame.
O Dr correu e a levou para uma outra sala seguido por muitos enfermeiros. Ale e Carlos choravam, ela nem tanto mas ele estava destruído. Helena e John estavam com tanto medo de sua amiga ter piorado e essa história toda só tenha a prejudicado mais. Como eles choravam o medo consumiu todos de novo.
Passou um tempinho e o Dr voltou.

Dr. Paulo: Então, a Olivia está muito mal, ela precisa urgentemente​ fazer a cirurgia, já sabem alguém para doar a medula? E, algo deixou a menina magoada ou estressada?
Helena: Sim, algo a magoou mas depois isso se resolve. Enfim doutor, o senhor pode me dizer qual é o tipo sanguíneo da minha amiga?
Dr. Paulo: Claro, é O negativo
Helena: Ahh eu não conheço ninguém com esse.
John: Espera, eu tenho quase certeza que sou O negativo, vou ligar para minha mãe e confirmar.

Cinco minutos depois:

John: Então, eu realmente sou O negativo.
Carlos: Você doaria?
John: Claro né tio! Já falei com a minha mãe, eu faria qualquer coisa pela minha amiga, ela é uma irmãzinha para mim.
Dr. Paulo: Vamos logo então!

E lá foram os dois para a sala que Livvy estava. A partir de agora a vida dela seria salva pelo seu melhor amigo, seu irmão.
Helena e Carlos estavam chorando, enquanto Ale saia para comprar algo para comer, já que poderia demorar.

Carlos: Eu nunca vou conseguir agradecer a você e ao John por isso, vocês estão salvando minha bebê, vocês estavam com ela a esse tempo todo, obrigado por tudo.
Helena: Tio, nós fizemos isso por ela, por ela ser nossa amiga, essa história sinceramente eu acho que o senhor e a tia deveriam ter contado antes, poxa ela piorou agora por causa dessa história. Não quero me meter nessa história mas meu Deus do céu, ela é minha melhor amiga é tipo uma irmã, eu não posso deixar ela sozinha nessa. O que eu e o John, estamos fazendo é o mínimo que podemos fazer, quando ela acordar depois que sair daquela sala, eu, ela e John vamos conversar, sem vocês, porque ela precisa desabafar e eu sei que ela não vai querer falar com vocês.

Depois que falou isso tudo, ela levantou e foi olhar pela "janela" que tem na sala que seus amores estavam, sim seus amores porque é isso que eles são para ela, seus amores.
John virou o rosto e a olhou, eles sorriram e olharam para a Livvy que estava desacordada. Eles estavam com tanto medo mas fingiam que não.
A transfusão de medula deu tudo certo, Olivia estava sedada, John estava se recuperando enquanto falava com Helena. Carlos e Ale tinham ido para o trabalho porque o chefe deles obrigou eles a irem trabalhar mesmo depois de terem explicado que sua filha ainda estava no hospital.

Algumas horas se passaram e o doutor disse que Olivia receberia alta em dois dias.
Esses dois dias foram até longos demais para Livvy que estava doida para sair daquele hospital, mas infelizmente teria que ir para casa da Ale e do Carlos. Ela não queria, não aceitava mas teria que ir.
Esses dois longos dias se passaram e ela foi para a casa onde cresceu e agora via com outros olhos, ela não tem falado direito com os pais, ela está tão magoada, seu coração não está mais inteiro, ela sente uma dor horrenda e não dá para tomar um remédio e sentir a dor parar.
Ela ficava trancada no quarto o dia todo, só saia para as refeições e voltava de novo para o único lugar que se sentia protegida. O quarto ficava em silêncio o dia todo, ela ficava em silêncio, mas em compensação a mente dela não parava nem por um segundo.
Livvy já sabia que seu amigo John que tinha feito a transfusão. Ela seria eternamente grata a ele e a Helena por tudo que fizeram por ela. E exatamente por eles terem feito tudo aquilo por ela, Livvy não pretendia pedir ajuda a eles, iria seguir o plano que estava em sua mente sozinha.
Ela estava cansada de sempre ser um peso, achava que quando teve a doença a primeira vez, era um peso para sua "família" 'talvez por isso Ale nunca me amou quanto amou o Victor, porque eu sou doente, eu sou um peso', se achava um peso quando chorava no ombro de seus amigos.
Ela precisava colocar aquele seu plano em prática mas tinha que esperar pelo menos uma semana, já que ainda estava em recuperação.

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