No outro dia, acordei com Bel entrando em meu quarto e completamente atordoado, tentei me cobrir ás pressas, pois estava nu.
- Bom dia! Vamos levantar meu bem! _Disse ela animadamente, já abrindo as cortinas. -Trouxe o seu café da manhã!
- Como você entrou aqui? Você tem a chave?_ Perguntei ainda abobalhado com a presença dela em minha casa e com sua entrada abrupta em meu quarto.
- Peguei ontem antes de ir embora, assim poderia vim te acordar..._Disse ela sorrindo.
-Ahhh, sim, claro. Em um instante já levanto. _Não queria levantar, mas também não queria estar na cama como um inválido.
Bel foi para a sala e eu levantei nu, buscando minha cueca, mas para minha surpresa, antes de vesti-la, ela voltou com um copo de vitamina em mãos e sem nenhum constrangimento me entregou.
-Ohhh! _ Gemi surpreso, cobrindo-me com a mão.
Para ela foi indiferente eu tomar a vitamina nu no meio do quarto. Para mim foi puro constrangimento, fiquei sem reação, apenas obedeci a sua ordem como um menino, e assim que entreguei o copo de volta, ela saiu na maior naturalidade do mundo, e somente depois, rapidamente me vesti.
Já era hora do almoço quando escutei a porta se abrindo, tinha passado a manhã tão ocupado, tentando reorganizar minha casa e minha vida, que por um instante pensei que fosse Helen, mas apesar da decepção, fiquei feliz que fosse apenas Bel. Minha amiga arrumou a mesa e desta vez para mim e para ela, aquela tinha sido a primeira vez que comeríamos juntos sem minha esposa. Durante o almoço, ela tentava me distrair falando sobre a vizinhança, mas não conseguia prestar atenção... tentava disfarçar, mas minha atenção estava em seus seios volumosos, livres no vestido. Aquilo estava mexendo com a minha cabeça...
- Você quer que eu prepare um bolo de cenoura ou chocolate para o lanche? _Perguntou ela sorridente.
-Como?! _Foquei no que ela estava falando e completamente rubro de vergonha por sentir o meu membro duro embaixo da mesa.
-Bolo... Você quer?
-Ah, sim...
Ela colocou seus cabelos para trás da orelha, foi quando percebi uma pulseira de berloques em seu pulso. Não pude deixar de reparar, mas aquela pulseira era idêntica a uma que a Helen estava namorando na vitrine de uma loja numa tarde em que fomos ao cinema. Lembro-me que pensei em comprar para ela, como presente de aniversário de casamento, mas a agenda lotada de compromissos me impediu que eu satisfizesse um desejo tão simples da minha amada esposa. Suspirei de tristeza.
- O que houve? _Ela perguntou com doçura.
- Nada... Só Lembranças... _Engoli em seco.
- Posso te dar um conselho?
-Sim. _Eu a encarei, eu precisava de um porto seguro, e aquela mulher a minha frente estava me ajudando a me reencontrar.
- Você precisa diminuir a quantidade de coisas deste apartamento que te façam lembrar-se dela. Existem muitos abrigos precisando de doações, eu posso te ajudar, Rui. Eu sou sua amiga, gosto de você e não gosto de te ver sofrer.
- Eu sei... Você está certa. - Encaramo-nos por segundos em silêncio. - Você está sendo bem mais que uma amiga...
Ela sorriu graciosamente. Bel era uma mulher atraente, seu sorriso irradiava felicidade e eu comecei a me sentir estranhamente atraído por aquela mulher a minha frente. Ela então se levantou, segurou minha mão com carinho e me conduziu ao meu quarto.
- Bel...é melhor não. - E apesar de desejar sentir o corpo dela novamente, sentia-me pouco à vontade em fazer aquilo na mesma cama em que dividi com Helen.
- Olha pra mim, Rui. Sou eu quem está aqui! - Ela alcançou meus lábios e me beijou com fervor. Suas mãos acariciavam meus cabelos e rapidamente ela entrelaçou suas pernas em minha cintura.
Bel tinha um corpo espetacular, seus beijos eram alucinantes e sua pele de uma maciez que me fazia querer tocar cada parte do seu corpo. Embevecido de seu sabor, eu me permiti extravasar toda a dor e angústia que tinha vivido com a ausência da minha esposa e simplesmente me joguei em minha cama com Bel atracada em meu pescoço. Minhas mãos percorreram possessivamente cada centímetro de seu corpo e enquanto nos despíamos, Bel fez questão de manter a conexão dos nossos olhares. Quando meu corpo nu deitou sobre o dela, seu calor me aqueceu e desejei loucamente penetrar aquela vagina novamente, mas ela foi mais além, ela me proporcionou algo que minha Helen sempre havia me negado. Minha amiga era mais afoita e até mesmo poderia dizer voraz na cama. Quem conhecesse Bel jamais poderia imaginar que aquela mulher discreta pudesse tão fogosa e deliciosa na cama.
Bel me jogou de costas na cama e montou em cima de mim, encaixando seu corpo no meu, jogando sua cabeça para trás, gemendo de prazer. Minhas mãos seguraram com firmeza seus seios fartos, e enquanto ela cavalgava em mim mais uma vez, eu segurava e apertava o bico dos seus seios. Mas antes de explodir de prazer mais uma vez, ela parou, alcançou minha boca e devorou meus lábios. Retribuí com prazer o gesto, se ela ainda não queria gozar, eu muito menos. Bel era quente, sensual e muito desinibida. Aquela mulher doce e angelical se transformava num verdadeiro demônio na cama, e eu me entreguei completamente ao prazer. Ela mordeu meus lábios, lambeu e beijou meu pescoço, colocou seus seios em minha boca, que recebi com entusiasmo, beijando e sugando aquele mamilo grande e rosado. Eram deliciosos! E para minha surpresa, ela se desencaixou de mim, segurou a base do meu pau e me encaixou perfeitamente na sua bundinha magnífica. Ela urrou e tombou em cima de mim, arfando de dor, mas eu não me importei com seus urros, apoiei os pés na cama e comecei a mexer os quadris de encontro ao dela, eu queria e precisava sentir aquele cuzinho me mordendo. Aquele sexo que eu sempre desejei ter com minha esposa, naquele momento, quem estava me proporcionando era Bel, e eu estava adorando. Ela se permitiu sentir todo meu membro entrando e saindo de dentro dela com vontade com nossos lábios colados, urramos mais uma vez e gozamos juntos; desabamos na cama, um ao lado do outro, ainda sem controle sobre nossos corpos desfalecidos de prazer.
- Você tem razão...- Falei depois de um tempo, quando minha respiração e batimentos cardíacos se acalmaram. - Preciso parar de pensar nela, me livrar das coisas que só me lembram dos momentos que vivi com ela.
- Eu te ajudo... - Ela deitou-se em meu peito.
- Você faria isso por mim?
Bel acariciava meu peito e a pulseira em seu pulso me fazia cócegas, sorri e beijei seu cabelo, cheirava bem.
- Claro que sim... Ela fez a escolha dela, você está fazendo a sua.
Aquelas palavras tocaram fundo no um coração, comecei a me sentir rejeitado por Helen. Claro que ela tinha feito a sua escolha, preferiu desistir de tudo, desistir de nós, desistir de mim... Ela me abandonou e agora eu precisava seguir em frente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pulseira de berloques (Completo)
Short StoryApós a morte trágica de sua amada esposa, Rui se vê perdido em meio a dor e a saudade. Depressivo e inconformado, encontra conforto nos braços de sua amiga e vizinha, que oferece à ele atenção, carinho e sexo quente. Será Rui capaz de esquecer seu g...