Minha Salvação

Capítulo 2 - Theo

    Afundo os dedos na carne generosa que se encontra no quadril da mulher que esta embaixo de mim. Estou em pé nesse momento, em um ritmo alucinado de foda, enquanto ela geme desvairada na posição de frango assado na cama. Meus músculos estão quase indo a exaustão, mas ainda estou longe do meu alivio e liberação. O sexo,  ultimamente, não esta sendo tão espetacular como era antigamente, ainda é muito bom e não consigo ficar sem, mas a muito tempo não consigo relaxar com uma noite casual. Talvez seja pela preocupação de outro barraco de mais uma parceira insatisfeita com meu lema. Até gelo a espinha e um arrepio percorre meu corpo quando me lembro da última. Uma morena espetacular, de parar o trânsito, corpo violão e era uma leoa na cama. Por esses motivos, com ela foi mais de uma vez, foram varias na verdade e ela conseguia tirar ate o último pingo de sanidade minha com aquela boquinha rosada. Só por que nós transavamos muito e praticamente todos os dias, ela achou que tínhamos algum compromisso e ja agia como se fosse minha dona, o que lógico, eu não aturei. Apesar do sexo ser muito bom, com o tempo eu enjoei, como acontecia com todas as outras. Quando falei pra ela que não queria mais ela simplesmente enlouqueceu, falou que eu não podia humilha-la daquele jeito e que nunca ia aceitar um término daquele jeito. O que a mesma não entendia era que aquilo não era um termino, pois nunca tivemos nada. Resumindo a história, as próximas duas semanas ela passou me perseguindo por todos os lugares. Ficava na portaria do meu edifício, ja que proibe perminantemente sua entrada, me seguia nos lugares, gritava no meio da rua comigo, me constrangia de todas as formas. Minha paciência se esgotou quando ela apareceu no meu trabalho, aquele dia foi foda. Ela apareceu praticamente gritando meu nome e fazendo um escândalo, eu a segurei pelo braço e tirei a mesma da delegacia quase a arrastando, gritei com a mesma e a ameacei prendê-la com alguma acusação falsa. Desde aquela dia, graças a Deus, eu nunca mais a vi, e desde então, tenho levado muito a sério minha regra de não repetir mais nenhuma mulher.
     
     Após algumas horas, e da mulher embaixo de mim ter tido três orgasmos, consigo finalmente minha liberação. Minhas pernas tremem enquanto encho  a camisinha e alguns minutos depois saio de dentro da mesma indo em direção ao banheiro e descartando a camisinha. Quando retorno ao quarto vejo a mulher deitada na mesma posição, encarando o teto. Gemo de frustração quando vejo a enorme pilha de trabalho que tenho sobre a mesa, visto uma calça que estava jogada ao canto e caminho ate a mesa, organizando os papéis.

    - Você tem que ir embora. -- Falo sem encarar a moça mas posso sentir seus olhos queimando em minhas costas.

    - O quê ? Eu não vou passar a noite aqui ?  -- Pergunta em um tom quase ofendido, como se eu a tivesse insultado. ---- Não posso ir embora no meio da noite.

   - Desculpe, mas tenho muito trabalho a fazer. Tem dinheiro pro Táxi ? 

      Agora ela me olha como se eu tivesse lhe dado um tapa na cara, se levanta furiosa e começa a vestir suas roupas que estavam no chão. Quando termina de arrumar seu cabelo em frente ao espelho, ela se vira e me olha enquanto pega sua bolsa.

   - Acho que não devo esperar sua ligação, certo ?  --- Apenas nego com um movimento de cabeça e a vejo sair pisando duro, murmurando um baixo "babaca" , suspiro quando ouço a porta bater e me sento começando a analisar os papéis ali.

    Estava envolvido em um caso importante sobre um político corrupto que estava desviando verba publica, típico. Massageio minhas têmporas enquanto analiso os papéis a minha frente, se eu quiser prender o desgraçado preciso de muito mais provas. 

   Olho o relógio digital na cabeceira e vejo que são apenas 20:00 hrs da noite, respiro fundo e logo sinto um perfume enjoativo, doce demais. Percebo que o cheiro vem de mim e, provavelmente, era da mulher que estava comigo. Faço uma careta e me levanto indo ate o banheiro, tiro a calça e entro no box sentindo a agua gelada cair em meu corpo. Meia hora depois saio um pouco mais relaxado do box, me seco e caminho ate minha cama, completamente nu, gosto de dormir sem impedimentos. Me jogo na cama e solto um gemido quando vejo novamente os papéis na mesa, me viro para o outro lado, decidido a ignorar aquilo até amanhã, resolveria tudo na delegacia e, com esse pensamento, adormeço em poucos minutos.