Capítulo 26 Damian

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Os dias tem passado tão rápido, Lillian e eu tínhamos conversado e decidimos que eu ficaria pelo menos para ir a primeira consulta dela, para saber como o nosso bebê está. Mas não tem sido fácil o dia da consulta está chegando e no dia seguinte eu vou voltar para Ilha.

Sei que ela está tentando ser forte, mas vejo a tristeza em seus olhos. Ainda bem que a Valentina tem estado por perto para dar apoio, sei que quando eu for embora a minha amada vai estar em boas mãos.

O dia da consulta chegou, por sorte consegui entrar em contato com uma obstetra que era amiga de infância da Manuela, quando contei tudo o que estava acontecendo ela não pensou duas vezes em nos ajudar, até porque para todos Lillian estava morta. Marcamos de ir na casa dela para ser mais discretos.

-Amor? Estamos chegando.

Lillian nem sequer me olhou, só fez uma menção com a cabeça.

- Amor?

- Sim?

- Você está bem? Parece distante.

- Se quer saber mesmo, não, não estou bem Damian.

- Porque meu Amor? Hoje vamos ver como tá o nosso bebê.

- Por que? Damian você vai embora amanhã. Como quer que eu fique?

- Meu bem já conversamos sobre isso pensei que você tinha entendido.

- Entender? Eu entendi, mas não sou obrigada a concordar.

Iria ser mais difícil do que imaginei. Seguimos o resto do trajeto em silêncio. Quando chegamos a casa da Draº Kayne, estacionei e me virei para ela pegando em suas mãos.

- Ouça bem o que vou dizer. Você e esse bebê são a razão da minha vida Lillian. Quando entrar naquele barco amanhã vai ser uma das coisas mais difíceis que vou fazer na vida. Ficar longe de você meu amor vai ser uma tortura, estou fazendo isso para proteger vocês dois. Por favor sei que vai ser difícil, mas temos que fazer esse sacrifício. Eu te amo e nada vai mudar isso.

Com a gravidez Lillian ficou muito emotiva, e com isso já estava chorando.

- Eu sei que é necessário, mas você nem foi e eu já estou morrendo por dentro Damian. Não sei mas viver sem você. Me leva com você ou fica aqui comigo por favor, sem você comigo eu não vou conseguir.

Ela já estava aos soluços. Há abracei tentando tranquiliza-la.

- Vai dar tudo certo, você vai vê. Vem, vamos ver como o nosso bebê tá.

Assim que saímos do carro a Kayne apareceu na porta e veio em nossa direção.

- Eu não acredito no que meus olhos estão vendo. Damian Fabre! Quanto tempo meu amigo.

- Sim. Muito tempo Kay. Como você está?

- Estou bem. Mais se não estivesse com tanta saudade de você te batia agora mesmo. Como ousa sumir assim sem se despedir?

- Kay. Eu precisava de um tempo para pensar.

- Um tempo para pensar? Damian ninguém leva 8 anos para pensar. Eu sei que você sofreu muito com a morte da Manuela, eu também sofri, você sabe que para mim ela era como uma irmã. Vocês eram a minha família.

- Eu sei. E sinto muito por ter partido assim. Mais se não tivesse partido, não teria reencontrado o amor e a felicidade.

- Pensando por esse lado eu te perdoo, mais se fazer isso de novo eu te esgano. Bom, você deve ser á Lillian neh?

- Sim.

- Você é muito linda.

- Obrigado.

Lillian estava meio envergonhada. Pelo jeito espontâneo da Kayne.

- Bom Lillian o que eu posso fazer é só te agradecer.

- Porque?

- Por estar fazendo o grandão aqui feliz. Ele para mim é como se fosse um irmão.

- Não tem o que agradecer. Tudo que mais quero é fazer ele feliz.

- E você está fazendo meu amor. Pode ter certeza disso.

Digo a abraçando pela cintura e lhe dando um beijo na cabeça.

- Kay? Obrigado pelo o que está fazendo por nós.

- Não tem o que agradecer Damian. Pela família fazemos tudo.
Vamos entrar e vê como esse bebezinho está?

Kayne era uma mulher de um coração enorme, amiga da família há anos, ela quem me disse que a Manuela estava grávida. Dentro da casa dela, fomos até o pequeno consultório que ela tinha montado para atender em sua casa. Estava tão ansioso para ver o meu filho pela primeira vez.

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