26. POV

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Rose

Senti minha cabeça bater contra algo duro e abri os olhos, soltando um gemido de dor, me endireitei no acento e acariciei a cabeça. Olhei em volta e vi que o avião já estava vazio, uma aeromoça ruiva me olhava com um pequeno sorriso.

– Senhorita, sinto muito por ter que te acordar, mas já estamos no Brasil.

– Já? Droga, droga... - Levantei rapidamente, peguei minha mochila e minha almofada de pescoço e sai correndo de dentro do avião, eu era a última passageira que continuava ali.

Sai do avião e entrei no aeroporto, procurando pela mulher de cabelos verdes, a achei sentada, com uma expressão irritada e o celular grudado na orelha. Mordi o lábio inferior e me aproximei dela, vendo que ela já havia retirado minhas malas.

– Luiza! - Gritei sorridente, indo até ela, a mulher ergueu os olhos e bufou baixo.

– Ela já chegou, muito obrigada. - Ela desligou e levantou, as rugas de irritação se destacando em seu rosto. - O que estava fazendo no avião, Rosalie? Estou há meia hora te esperando.

– Eu estava dormindo. - Respondi, tirando meu celular do bolso e abrindo no snap. - E é Rose, não uso Rosalie nem em documentos.

– Ainda quer fazer exigências. - Ela balançou a cabeça em negação e me olhou com uma carranca no rosto. - O que está fazendo?

– Snap. Pra avisar que já cheguei no Brasil. - Coloquei na câmera frontal e ajeitei meus óculos escuros no rosto, fazendo um biquinho para tirar a foto. Subi novamente os óculos e coloquei o filtro do Brasil, já guardando o celular novamente. - Vamos? Eu tenho um evento hoje.

– Eu sei, Rosalie. Como sua agente, é meu trabalho saber da sua agenda. - Ela pegou sua bolsa e eu peguei minhas malas.

– Minha agente no Brasil, apenas, Luiza. - Revirei levemente os olhos e sai caminhando na frente, puxando as malas.

Segui caminhando em direção a saída do aeroporto, cantarolando uma música brasileira que eu estava ouvindo no avião. Eu sabia falar português fluente, meu pai era brasileiro, então essa era minha segunda língua.

– Luiza? - Chamei, logo ela apareceu ao meu lado. - Tem como encaixar na agenda uma viagem ao sul? Quero visitar meu pai.

– Lia não te avisou? Você terá que ir para o sul, foi convidada para um show e não pode faltar. - Murmurando algo sobre a irresponsabilidade da Lia, ela entrou em um carro preto e grande.

– Show de quem? - Perguntei enfiando minhas malas dentro do carro, entrando depois.

– Uma banda britânica... - Ela pareceu se esforçar para lembrar o nome. - One Direction.

Arregalei os olhos e soltei uma pequena gargalhada involuntária. Não podia ser, era coincidência demais. Ou talvez não. Talvez o convite tenha vindo justamente de Payne. Luiza me olhou como se eu fosse doente mental.

– Esta falando sério?

– Claro que sim, Rosalie. - Ela revirou os olhos e me olhou. - Não brinco em serviço.

Esse comentário me fez rir mais ainda. Tive que colocar a mão na barriga para conseguir conter as gargalhadas altas que saiam de mim, me apoiei na janela do carro, para não cair do banco.

Famous + liam payneOnde histórias criam vida. Descubra agora