Cáp 32

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Hoje ia ser o dia que eu ia sair dessa bosta de hospital.

-Você precisa comer-Disse a enfermeira tentando me empurrar comida.

-Só se você experimentar-Digo empurrando o prato de volta pra ela.

-Aí Ingrid-Ela diz botando uma colher na boca e ao mesmo minuto cuspindo dentro do prato-O que eles botam nisso?-Ela disse fazendo uma careta.

-Eles botam tudo,menos o necessário-Digo e ela rir.

-Vou dá pros cachorros lá na rua,e vou te trazer algo feito do restaurante do outro lado da rua-Ela diz e pisca.

-Coitados-Digo e rimos.

Peguei meu celular e fiquei mechendo,meu celular tava travando de tanta mensagem do povo,são um pé no saco,sabem que eu to bem e ficam me perguntando "Tá bem?".

-Hora do remedinho-Diz uma enfermeira com cara de doida entrando no quarto com os meus comprimidos em mãos.

-Dá pra sua vó-Virei o rosto.

-Teimosa do caramba,isso é pro seu bem.

-Pro meu bem é bis com coca-cola.
Um ótimo remédio.

E novamente ela chamou os enfermeiros brutamontes pra me segurar.

-ME LARGUEM SEUS DELINQUENTES-Gritava me mechendo na casa enquanto eles seguravam meus braços,a enfermeira enfiou os comprimidos na minha boca,e o enfermeiro segurou pra mim não cuspir,tive que engolir ou morreria sem ar por eles estarem mantendo minha boca fechada.

-Prontinho-Ela disse batendo as mãos fingindo limpar algo.

-Loucos-Dei dedo do meio pra eles.

...

-Quero comer lasanha quando chegar em casa-Digo no colo do papai indo em direção ao carro.

-Você poderá comer o que quiser filha-Ele beija minha testa.

Amélia tava no banco da frente,e João atrás.

-Arruma ela aí João-Meu pai me sentou no banco de trás.

-Nao sou bebê-Digo cruzando os braços.

João me pôs o cinto e arrumou minha perna que tava quebrada.

-Eles te trataram bem lá?-Amélia diz sem me olhar.

-Oh,super bem,me senti a princesa Isabel-Sorri falsa o que fez João rir e eu dei um beliscão na perna dele.

-AI-Gritou.

-Tudo bem aí?-Meu pai olhou pelo espelinho do carro.

-Tudo-Respondi sorridente.

...

-Agora você vai voltar a infernizar a gente,você podia ficar lá mais uns anos-Igor dizia.

-Se eu ficar longe de vocês,como vocês irão sobreviver?-Digo e eles riram.

-VAMOS ALMOÇAR PESSOAL-Amélia gritou na cozinha e todos saíram correndo,e eu?
Fiquei sentada no sofá,maldita perna quebrada.

-SEUS MISERÁVEIS,VOLTEM AQUI-Gritei brava e Igor apareceu na porta me encarando com a mão na cintura,tava uma cena engracda.

-Por que não anda com suas pernas?

-Por que não tirei diploma pra saci- Pererê.

-Ridícula.-Ele me pegou no colo e me levou pra cozinha.

Sentamos todo a mesa e sim,era lasanha com coca-cola❤

-Agora mesmo que quer chamar atenção-Fabiana disse debochada.

-E você quer andar com o pescoço torto-Sorri sarcástica fazendo todos rirem.

Comecei com um pedaço pequeno e depois com a metade da lasanha.

-Para de comer desgraça,depois a gente que tem que te levar,gorda-Igor reclamava.

-Iiiiiih,não passa da sua obrigação querido irmão-Pisquei.

-Quando vamos embora?-Mai perguntou bebendo coca.

-Amanhã mesmo,temos que voltar pra escola segunda-feira-Juliane diz.

-Vou ter que me encontrar com a vagabunda da Samara-Digo resmungando.

-Sem xingamentos-Meu pai diz.-Vou levar a Ingrid de carro por causa da perna,e vocês vão de ônibus.

-Quero ir de carro também,odeio ônibus-Igor diz.

-Quer vomitar o ônibus todo,parece até que tá grávido-Digo e eles rirem.

-Ok então-Meu pai diz dando de ombros.

Marrenta Desequilibrada!Onde histórias criam vida. Descubra agora