6 - Primeiro dia

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Oi gente!

Sei que fica mega chato pedir desculpas de novo, mesmo assim me desculpem pela demora. Esse capítulo não tem interação Clexa, mas achei até legalzinho. Se ainda existir algum leitor, quero só agradecer por não desistir da história.


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Seus gritos ecoavam pelo ambiente hostil e sentia que ninguém a escutava. Lexa não conseguia ver nada a sua frente, tudo estava escuro, frio. Sem querer seu corpo começou a tremer, um sentimento conhecido apertava-lhe o peito como se apertasse seu coração, era angústia. Apesar de não chorar seus olhos ardiam, talvez fosse à força que colocava para reter as lágrimas de medo. Gritos ecoavam encontrando apenas os seus próprios ouvidos, seu corpo paralisado não obedecia à necessidade consciente de sair do lugar.

-ONDE ESTOU? SOCORRO!

-Socorro -Soc...Soc...Soc... Ai, Deus!

-TEM Alguém Ai?

Os tremores tonaram-se mais fortes tomando conta do pouco controle que ela tinha e rapidamente o ar lhe faltou, desesperada inspirou com força, com mais força e mais força, sua garganta parecia fechasse a cada tentativa, suas mãos antes paralisadas tentavam de maneira falha produzir mais ar como se isso garantisse a respiração, mas seus olhos já estavam esbugalhados. Sentiu a cabeça rodar, sentiu que esmoreceria a qualquer momento então caiu ao chão enquanto fazia força para tentar respirar.

Desesperada por ar quase pulou da cama, estava completamente molhada e o lençol estava grudado em sua pele assim como seus cabelos, como sempre acontecia depois de um sonho.

- Antes que pergunte Octavia, não é da sua conta se tive um pesadelo ou não! -falou a morena ainda com dificuldade em respirar. Achou estranho não ter resposta ao virar a cabeça displicentemente fitou olhos azuis espantados, olhos azuis que não pertenciam a sua irmã.

As mulheres olharam-se com espanto por longos minutos.

- Fico feliz que tenha finalmente acordado, senhora - disse a loira ainda apreensiva sentada em uma cadeira.

- O que está fazendo aqui? - indagou à morena que logo começou a fitar o cômodo em que estava, ficando ainda mais confusa.

A cama em que estava agora sentada era de madeira assim como a cômoda em que tinha uma jarra de porcelana. Havia outra cadeira vazia do lado oposto em que estava e grandes e pesadas cortinas brancas cobria a enorme janela.

- Graças à senhora estou viva, devo-lhe todos os agradecimentos. Depois que se colocou a frente daquele animal trouxemos você para nossa casa - os olhos azuis da garota a sua frente cintilava com um brilho.

- O que? Do que está falando, Clarke? - franziu a testa, uma pontada aguda em sua cabeça se fez presente - Ai minha cabeça! - disse baixo as últimas palavras, colocando a mão na cabeça - imediatamente a loira ficou em pé e se aproximou da morena, segurou em seus ombros e a colocou deitada confortavelmente.

- Desculpe-me cara futura amiga por minha falta de sensibilidade ao teu estado - nesse momento, Lexa reparou nas roupas da garota. Clarke usava um vestido branco rendado, completamente delicado, sua silhueta era fina e esguia. A loira ajeitava as almofadas em baixo da cabeça da morena que teve o deslumbre das feições delicadas da outra, do cabelo dourado caindo sobre seu rosto, dos olhos azuis que tinham tanto brilho e do cheiro doce, mesmo sem entender precisou fechar os olhos enquanto era envolvida naquele cheiro único - Pedirei para chamarem o médico.

Foi à última coisa que Lexa ouviu.

- Lex, eu tava tentando te acorda faz uns vinte minutos e nada - a voz angustiada da irmã se fez presente em seu ouvido ao mesmo tempo em que era apertada em seus braços.

Um novo começoOnde histórias criam vida. Descubra agora