Capítulo 8

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*Sonho*

Andava descalça pelo o jardim, sozinha sem ninguém. De repente vejo a minha mãe.... Ela estava mesmo ali à frente! Corri até ela, fui correndo com lágrimas nos olhos. Mas algo me impedia de chegar até ela..... e foi então que.... PUFFF! Um carro vai contra ela, fecho os olhos pois não acreditei que aquilo fosse verdade. Quando os abri de novo os meus olhos, não podia acreditar que tinha sido eu a conduzir o carro! Mas não podia ter sido eu.... Porquê? As minhas mãos sujas de sangue...

Olho em frente e vejo uma luz tento alcança-la, chegando a essa luz ofuscante vejo uma mão. Uma mão pálida, e não muito fria, essa mão puxa-me e vejo que a mão era do Rafael! Ele olhava com os olhos azuis numa tentativa de me acalmar, mas ele larga a minha mão e vai embora, é então que tudo fica escuro e ouço passos.

-Não confies nele!-Uma voz diz.

-Mas ele acalma-me e é querido comigo!-Eu digo sem entender.

-Não sabes o seu passado.... ele pode não ser aquele que tu pensas!-A voz insiste.-Lembra-te da história da Flávia!-A voz desaparece.

Deixando-me só e com medo no meio do escuro.

*Fim do sonho*

Acordo assustada.... um sonho estranho mas entendo o porquê de sonhar com a minha mãe hoje é segunda! Quase dia do meu aniversário, o pior dia da minha vida, pode ser o dia que cresço e fico mais velha.... Mas não deixa de ser o dia em que a minha mãe morreu, e quem é que quer que o dia mais feliz da vida seja recordado com uma morte? Pois ninguém, porque ninguém tem a mentalidade do meu pai para deixar o único que lhe resta num outro país, outro continente.

-Estás bem Vanessa?- Lauren pergunta preocupada.

-Estou.... Que horas são?-Eu pergunto.

-São horas de dormir!-Ela diz e deita-se.

Eu levanto-me pego no meu robe visto-o e saio do quarto, como sempre o corredor estava escuro e sombrio. Ia andar pelos corredores, alias ia tentar. Pois felizmente apesar de estas horas os seguranças já não andam por aí. Enquanto ia sinto uma mão agarrar-me, pronto estava feita! A mão puxa-me para dentro de um quarto. Olho para cima assustada e reparo no Rafael.

-Para que foi isso?-Eu sussurro.

-Um segurança ia te descobrindo, eu ia sair do quarto. Mas ia ver se o caminha estava livre e foi quando reparei que tu estavas a ir direitinha a um deles.-Ele explica-me.

-Bom... Obrigada!-Eu agradeço por ele me ter safo.

-Não consegues dormir?-Ele pergunta claramente preocupado.-Andas a ter daqueles pesadelos?-Ele pergunta.

-Sim....-Eu respondo fraca.

-Queres companhia?-Ele pergunta.

-Como assim?-Eu pergunto.

-Se queres que eu durma contigo.... tipo um porto seguro!-Ele diz e sorri.

-Não estás com intenções maliciosas pois não?-Eu pergunto.

-Eu não sou um violador! Se a pessoa não quer eu não a obrigo!-Ele responde meio chateado.

-Desculpa..... sim.....-Eu digo.

-Sim o quê?-Ele pergunta sem entender.

-Sim.... eu aceito a tua companhia!-Eu digo.

-Ok.... Podes te deitar na cama!-Ele diz.

Eu deito-me na sua cama e logo de seguida ele deita-se ao meu lado! Ele estava de pijama por isso eu não estava a sentir o seu calor, mas estava confortável. Ele virou-se e eu olhei para ele, o seu olhar estava fixo no meu..... Eu sabia que seria errado beijá-lo agora, por isso verei-me de costas para controlar o meu desejo quase incontrolável.

O Amor É EstranhoOnde histórias criam vida. Descubra agora