Capítulo um

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Eu olhava para rua na janela da empresa de cosméticos femininos na Califórnia era gerente tinha dado o duro para está ali. Mas me sentia que ali não era meu lugar.
Eu olhava para os clientes que passavam e só via coisas negativas e irritantes:narizes epinados, carregando bolsas caras, com o rosto cheio de maquiagem parecendo o palhaço bozo as vezes tinha clientes mais velhas que tentavam esconder a idade com pó e base parecia tinham passado farinha Dona Benta, e havia as fé linhas de papai sinhô comprando produtos inúteis sem precisão.
Está é a minha vida. Estava cansada sempre achei que a depressão fosse algo super valorizado, pelo mundo todo. Quando eu estava no Colégio e até mesmo na faculdade, as garotas muitas vezes comentavam que estavam "deprimida"que iam ao analista e tomavam remédios, as vezes algumas pareciam estar
drogadas umas ficavam lerdas no canto outras agitadas demais.
Depressão para mim, significava três palavras :tristeza, raiva, decepção. Jamais gostei de ver alguém sofrendo,mas admito que quando alguém falava em depressão, pegava minha estrada e ia embora cuidar da minha vida.
Não é só questão de tristeza é uma dor em forma silenciosa e eu faria qualquer coisa para sentir algo de novo. Qualquer emoção. A dor machuca uma dor tão poderosa havia perdido a única pessoa que amou e fui amada. Minha irmã gêmea Débora morreu com seu namorado em um acidente de carro parecia que ela havia levado o meu coração com ela. Mas das piores coisas foi o meu primeiro namorado aquele filho da mãe que me traiu com a minha prima no dia do nosso noivado e pra ficar ainda pior dentro do meu quarto e na minha cama que vende e queimei os lençóis depois descobri que ela havia engravidado dele.
O pior que dei a minha virgindade para um babaca que não me valorizou eu nem tinha me recuperado da minha perda.
Depois da morte de Cléo tive que sair do nosso apartamento porque não tinha ninguém para dividi lo comigo. Fui morar com a minha mãe Débora e meu padrasto Jared o diabo em pessoa minha mãe se importava muito com ele e tinha confiança ele tinha caras aquela filho da puta mas eu não tinha sossêgo nem no banho, no jantar, nem dormindo um dia acordei ele estava me observando dormi assustada gritei para sair do meu quarto.
Depois daquele dia passei a trancar a porta do quarto e a comer fora. Não aguentava mais.

O Dia em que Tudo mudou
Foi Ontem.
Aquele formigamento no cérebro me forçou a levantar a me arrumar. E eu me levantei. Mandou que eu arrumasse uma pequena mala esportiva só com o indispensável e pegasse a minha bolsa. E eu agir mecanicamente como se eu tivesse me desligado do meu corpo.
Eu sei não havia lógica mas eu sabia que precisava fazer algo alguma coisa diferente do que estava fazendo. Ou acabaria em um caixão junto com minha irmã e meu pai que havia morrido de câncer quando eu tinha quatro anos.
Quero me libertar ser livre sentir paz.
Passei a maior parte da noite na rodoviária, sentada ali, sem
Saber que rumo tomar.
E então fui até a cabine de bilheteria.
-Pois não? -a mulher perguntou com a voz meio embargada estava comendo hambúrguer e fritas.
Ela olhou pra mim, meio sem jeito, e admito que também eu fiquei sem jeito.
-vou para Idahoba. -quando chegar compro outra passagem. Sempre imaginei Texas como a imensa paisagem de poeira, bares de beira da estrada e chapéus de caubói.
Sempre quis fazer isso, me libertar de tudo mas nunca imaginei que aconteceria desse jeito. Sempre desejei ser mochileira ou peregrina.
-Posso me sentar aqui? -Alto, cabelos pretos curto estiloso, usando uma camisa cinza colada ao corpo e um sorriso meio torto que pode ser genuinamente gentil ou só de autoconfiança.
Embora haja muitos lugares vazios para escolher, faço questão de deixar minha mala na poltrona ao lado da minha, só para o caso de alguém sentar e me encher a linguiça.
Ele entendeu a mensagem e sentou atrás de mim onde também estava vazio.

Achando o amor Onde histórias criam vida. Descubra agora