Capítulo Dois

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  Pego no sono depois de uma de duas horas olhando pela janela tudo passando em um borrão junto com meu passado. Acordo assustada pelo som abafado vindo de fones de ouvido atrás de mim já está escuro.
  Levanto o corpo e olho para vê se ele se manca pelo volume alto do som. Como alguém consegue dormir com fone estrondando os ouvidos.
  Fico olhando para ele por um segundo, e então me ajoelho na poltrona  e debruço por cima do encosto, esticando o braço e batendo na perna dele.
   Ele não se mexe. Bato com mais força. Ele abre os olhos se assustando comigo me vendo com a barriga apoiada no encosto da poltrona  tirá os fones, deixando a música sair dos pequenos alto-falantes. 
   -Dá pra abaixar isso um pouco o ônibus todo tá ouvindo?
    -Você tava ouvindo? -ele pergunta.
    -Eu não te acordaria atoa, Hãã, sim tá alto pra caramba.
Ele sorri irônico, mexe no MP3 e a música some.
  -Obrigado. -digo deslizando de volta para a minha poltrona encosto na lateral do ônibus e apoio a cabeça na janela. Cruzo os braços e fecho os olhos. Mal fecho e sinto alguém cutucando o meu ombro.
  -Já tá dormindo?
Desencosto a cabeça da janela e vejo o sujeito está debruçado em cima de mim.
  -Eu acabei de fechar os olhos -comento-Como eu poderia está dormindo?
   -Minha avó com dois segundos que fechava os olhos dormia.
    -O que você quer? -disse falando baixo mas mostrando minha irritação.
  -Queria ver se você estava dormindo pra aumentar  o som de novo.
Me  viro para olha-lo.
   -Tá zoando né você tá esperando eu dormir pra aumentar o som pra que? Pra me acordar? -digo baixo mais com raiva.
Ele me dá um sorriso sexy. Que achei lindo que fez subir arrepios.

  -Você dormiu três horas e nem acordou. -explica.
   -Você deveria respeitar os direitos das pessoas. -voltando a minha posição.
  -Tá -ele escorrega na poltrona de sumindo de vista.

O sol brilha pela janela do ônibus me acordando na manhã seguinte. E então ouço a música explodindo dos fones de ouvido atrás de mim. Olho pelo  buraco do encosto esperando vê-lo dormindo profundamente, mas ele me olha e sorri como quem diz:"Não falei? "
Reviro os olhos e mostro o dedo do meio pra ele, volto a me sentar, puxando a mala para o meu colo e mexendo nela. Pego meu livro de romance "Acordo com benefício"meu favorito de  harlequin paixão.
  Não consigo ler, começo a prestar atenção na música atrás de mim.
"My imortal"-Evanescence minha música favorita quando estou pensando.
  -Que porra...? -digo tomando um susto com o sujeito debruçado em cima de mim com os fones estendidos pra mim.
   -Te empresto, se quiser. -ele diz.
Esse cara tá falando sério? Olho fazendo careta.
- Você tá com os fones atolados há horas e é  nojento.
Ele gargalhou um sorriso que me fez rir também.
  -Obrigada mas não.
Ele sorri de novo e a luz do dia noto que ele tem duas covinhas perto dos cantos dos lábios vejo dentes Brancos e perfeito.
Ele se joga na poltrona vazia ao meu lado abro os olhos novamente.
Ele levanta a camisa limpando os fones onde pude ver uma barriga deliciosa malhada  músculos definidos.
  -Toma estão novinhos-colocando ensima da minha mochila.
  -Tô de boa sério mesmo valeu. -superando a falta de educação do lance de se sentar ao meu lado sem pedir.
-É melhor mesmo não curto Justin Bieber nem Lady Gaga peruca doida de bife na cara. -Rindo, colocando o MP3 na mochila.
  Rosno pra ele,cruzando os braços.
-Primeiro não curto Lady Gaga. Segundo Justin Bieber não é  tão ruim gosto de alguns de suas músicas.
-Calma mas se quiser meu MP3 já sabe onde ele tá -afundando na poltrona e fechando os olhos ele apoiava uma bota nas costas da poltrona da frente  suas pernas  eram compridas sua mochila estava  no chão.
  Ele olha pra mim,com a cabeça confortavelmente no tecido áspero da poltrona. Um sorrisinho ergue um dos cantos de sua boca.
  -Olha da licença?  eu estava usando as duas poltronas  -digo com raiva fazendo alguns passageiros olharem para gente.
  -Claro. -responde se levantando mas antes de se sentar ele se debruça em volta da outra poltrona e diz:-Pra onde você tá indo?
-Me desculpa mas não é da sua conta. -digo olhando pela janela.
  -Poxa você é bem nervosinha. -se sentando.
Suspiro e digo :-Idahoba.
  -Que bom tô indo pro Wyoming, pelo jeito vamos tomar mais alguns ônibus juntos. -seu rosto volta aparecer por cima da minha cabeça seus olhos verdes e brilhantes parecem se iluminar quando ele sorri.
   Ele é atraente, não vou negar. O cabelo curto e espetado,os braços musculosos e as maçãs do rosto esculpidas, as covinhas e o modo como aquela porra de sorriso me faz ficar olhando pra ele mesmo quando não quero. É só um estranho extremamente gostoso qualquer num ônibus a caminho do nada.
   Fico me mexendo na poltrona, tentando achar algum jeito menos dolorido de sentar, mas isso faz espalhar a dor para o resto do meu corpo tudo tava dormente.
  Ouço o som do ônibus apitando parada e depois a voz do motorista :-Vamos fazer parada de quinze minutos para comer alguma coisa  não vou esperar ninguém.
   Dou graças a Deus. Todos se levanta com suas bolsas e coisas. Vou esticar as pernas  depoos de horas enfurnada dentro do ônibus penso sorrindo.
  Saímos em fila, e assim que piso lá fora aprecio o vento suave no meu rosto. Entro no restaurante pedindo uma grande porcão  de batatas fritas e milk-shake de morango, vejo o idiota sentado comendo um hambúrguer debaixo de uma  árvore. Passo sem olhar pra ele mesmo assim ele me chama.
  -Vai mesmo passar esse tempo dentro daquela lata no calorão desses.
Bufo e me volto pra sentar ao seu lado.
  -Não tenho nenhuma nenhuma doença contagiosa. -disse e mordendo seu sanduíche.
   -A meu caro você tem sim a doença de encher o saco dos outros. -disse rindo.
   -Olha só você tem dentes eu achava que não tinha por que até agora tinha visto o seu riso que é lindo por sinal.
  Lívia ficou vermelha.
-Qual seu nome? -pergunta dando mais uma mordida no seusanduíche.
   -Lívia Jones. E o seu? -Dando o
Um sorriso.
    -O meu é Andrew. Andrew Cruz.
Enquanto ele termina o hambúrguer e mastiga algumas batatas fritas, eu o estudo disfarçadamente e noto tatuagens aparecendo sob a manga da camiseta. Ele não deve ter menos do que vinte cinco anos.
   -Então quantos anos você tem? -digo curiosa.
   -Vinte e cinco -ele diz-E você?
   -Vinte.

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