PRÓLOGO

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Eramos jovens e como todo jovem, só fazíamos merdas. Mas não como os jovens normais, que se divertem escondidos para que seus país não descubram, não. Eramos, digamos um pouco mais pretenciosos do que o normal.

Começamos silenciosamente roubando pequenas coisas dos outros na escola, era facil, adolescentes  perdem coisas toda hora e nem percebem. Aos poucos fomos indo cada vez mais longe, era o que gostavamos de fazer, era bom poder ter oque eles tinham, relógios  carisimos que ganhavam de seus queridos país milionários, usar um anel  cravejado de diamantes que jamais veriamos em nossas vidas.

Crescemos em um subúrbio tomado por gangues, prostituição, trafico e drogas, roubar era considerado o menor dos problemas na área, (dependendo de quem você  roubasse é  claro), não  tinhamos bons exemplos para seguir por ali, e muito menos de nossos pais, os meus divorciados, meu pai sumiu e minha mãe  apenas tentou seguir em frente e criar eu e meus dois irmaos mais velhos, até  não  aguentar mais e ir embora também, nossa "sorte" é  que ja eramos grandinhos pra nós virarmos sozinhos.

Os pais dela eram donos de uma gigantesca distribuidora de cosméticos, mas como de costume desviava verba, até  seus 15 anos ela teve a vida de digna de uma madame, até  seu pai ser investigado e preso no mesmo ano, sua mãe  esperta como ela, fugiu com parte da grana com outro homem, e ela teve que vir morar no subúrbio  com sua tia, irmã  de seu pai ainda preso.
Nos conhecemos na escola, Primeiro ano do colegial, nós tornamos amigos , íamos pra algumas festas que rolava por lá juntos, até  começarmos  a namorar, sua tia reprovada com todas as suas forças  oque tínhamos, mas a mesma logo adoeceu, era grave , cinco meses depois faleceu, e ela veio morar comigo, em um mini apartamento  onde morava com meus dois irmãos, única herança  de nossa mãe , meus irmãos já tinham seguido suas vidas, eu morava sozinho ali. Dava pra sobreviver ali com nossos pequenos roubos, tirando a grana que gastavamos com drogas e bebidas.

Começamos a assaltar lojas e mais tarde já éramos as pessoas mais procuradas daquela cidade e na época tínhamos apenas dezoito anos.
Então decidimos roubar pela ultima vez naquela cidade.

Tinha que ser algo grande, que rendesse muito dinheiro. Então roubamos o homem mais rico da cidade,(bem óbvio  mas eramos jovens e inexperientes)
que também era um dos chefes de gangue dali, e fugimos com todo aquela grana pra sempre dali, acho que tínhamos uns 40 mil dólares  conosco naquela noite, saímos daquele assalto ilesos milagrosamente.

Decidimos recomeçar em outra cidade, já não era mais preciso roubar, eu não queria mais aquilo e sabia que poderíamos nós dar mal se continuássemos com isso, ainda mais sendo procurados por um chefe de gangue. Fizemos um trato, Iriamos viver uma vida normal afinal, nós nos amávamos e não  queríamos acabar morrendo tão  jovens.

Entretanto a ganância era maior do que imaginei, ela não parou. Deveria ter imaginado o pai era igual.

Continuou fazendo tudo escondido, até que algo deu errado e em uma de suas fugas.
Ela acabou tirando a única que coisa que juravámos que nunca tirariamos de alguém, a sua vida.
Naquela noite tivemos uma briga horrível, ela sabia que estava errada, ela estava desesperada e não sabia o que poderia acontecer. Naquela epoca estavamos passando por uma péssima fase, estavamos tentando de tudo para conseguirmos um emprego por ali, estavamos com pouquissama grana, quase zerados.

"Eu estou grávida! Eu precisava desse dinheiro!"

Ela disse e eu gelei dos pés a cabeça.
Um filho. Eu não sabia se ficava feliz ou preocupado.
Porém, ela não parecia nenhum pouco feliz.

"E agora? O que vamos fazer?" Perguntei olhando para ela.

" vamos embora.. vamos fugir de novo, a gente não pode ficar, vão nos achar e nos matar!"

Era o melhor a fazer, novamente.

Pegamos nossas coisas e deixamos nossa casa que tínhamos acabado de comprar, deixamos pra trás todas as esperanças de uma vida melhor, sem perseguições, armas ou coisas roubadas, éramos novamente fugitivos, criminosos e procurados.

Logo os meses se passavam e não conseguíamos ficar por mais de um semana na mesma cidade. Ficavamos pela estrada em busca de um lugar que nossos rostos não estavam estampados nos jornais e sempre andávamos com identidades falsas, sempre mudando a aparência.

Com isso a gravidez também  se evoluia, raramente conseguíamos uma consulta para ver como o bebê estava. Não conseguimos ao menos saber seu sexo.

Continua...

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