Gravida?

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P.o.v. Karol

Levanto cedo e percebo que ele já não está mais na mesma cama que eu. Olho para todo o quarto, me sinto vazia. Não sei por que mais me senti insegura.

Escuto o barulho dá porta se abrindo.

-a loirinha já acordou. Olhe!- diz ele entrando com uma bandeja. Por um segundo pensei que era para mim. Mas ele sentiu do meu lado e ligou a tv em um filme de ação comendo as coisas que estava na bandeja.

Deito de novo virando para o outro lado. Esse cheiro de comida não me agrada.

- ei? Loirinha não vai querer?- pergunta me olhando.

-Nao me chame de loirinha.- sento novamente na cama e pego o pote de Nutella. - não tem uma colher não?- pergunto olhando para ele.

-Para de ser mimada e mete o dedo nesse pote vai!- volta sua atenção para o filme. Que grosso.

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-Ei por que você tá assim?- pergunta a linda ( só que não) dá Ju

-Assim como? Estou normal. Só meio enjoada.

-Espera. - ela me olha- você transou com camisinha?

-Sim....... Não....... A não sei. Tava muito bebada. Não sei. Por que?

-Tem certeza? Você pode estar grávida.

Olho pra ela e começo a rir.

- Aiai! Tô rindo para não chorar. Tá de brincadeira comigo né? Eu não posso tá grávida. Muito menos de um marmanjo de 20 e todos anos que mora na favela. E eu tenho 16 anos. Sou muito nova para ser mãe.

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" um mes e uma semana se passou desde a festa, Karol tem uns enjoos matinas, mais sao coisas bobas, pelo menos para ela sao. Hoje Ju esta determinada a descobrir o que é isso. Sua amiga desconfia que ela esta gravida. Mesmo por ja ter comentado isso com Karol ambas as duas nao acreditam. O Karol nao quer acreditar."

p.o.v. Karol

-acordei cedo, eu acho. Acordei na verdade com a Ju aos berros.

-Vamos! Já sabe né? Pra onde vamos?- diz ela sentando na beira dá cama!

-Shiiiii!!!!! -Aponto para a porta.

-Alguem pode ouvir!!- digo levantando e indo fechar a porta.- não quero que ele vá correndo que nem um cachorrinho pra ver se estou grávida ou não. E tirando a hipótese de eu estar grávida. Uma coisa que não estou. Ele pode pensar que o filho é dele.

-Ta já chega do decurso. Vamos que ainda temos que arrumar as malas.

Vou ao banheiro e tomo um banho quente. Saio do banheiro e coloco um short com uma blusa regata.

-Vamos?- pergunto a olhando. Estava meio exagerada, com uma botinha até o meio dá canela com uma bolsa e um short cheio de Pedrinhas.

Fomos a pé.  Uma parte que eu não gostei. Chegamos na farmácia a Ju já foi comprando 3 testes de uma vez.

-Melhor previnir do que remediar.- diz me entregando os testes. Entro em um banheiro que tinha ali. O banheiro era imundo só fui lá para não dar muita bandeira se eu for no dá casa. Nem fui olhando só fiz os três de uma vez e sai com eles na mão.

- vê você! Tô nervosa- digo entregando tudo para a Ju.

Ela olha um por um.

-Bom miga! Se prepara pra bomba!- diz ela me olhando. A olho no fundo dos olhos pedindo que tenha dado negativo

-Fala logo e para de enrolação!- digo a olhando.

-Voce tá grávida!!!!!- grita, na hora meu mundo para. Tudo a minha volta vai indo em camera lenta. Mais minha cabeça tá a milhão. Não sei direito o que pensar. Minha família rejeitando esse bebê exatamente por ser filho de um traficante. Ou eu morrendo de fome na rua porque bem provável minha mãe me expulsará de casa.

-Eiii? Karol? Você ouviu?- pergunta ela me olhando.

-An? Desculpa não entendi.

- vou ser titia!!!- diz toda animada e dando pulinhos de alegria.

-Se é que eu irei continuar com esse bebê em minha barriga.- digo baixo mais no tom suficiente para ela ouvir.

-Voce não tá doida de fazer aborto. Se você fizer aborto eu te mato.- saio dá farmácia e vou correndo para a casa pra fazer minhas malas.

Chego lá toda ofegante. Estava horrível. Vou para o quarto correndo e faço o mais rápido possível a mala deixando algumas roupas lá. Sento na cama com uma mão na boca e a outra na barriga começo a chorar.

-Para aonde a loirinha aí vai com tanta pre......- ele para a pergunta é fica na porta me olhando. - por que você está chorando?

- A CULPA É SUA! A CULPA É TODA SUA! SEU DISGRAÇADO. SE VOCE NAO TIVESSE APARECIDO AQUELA NOITE EU NAO ESTARIA ASSIM!- já estava em prantos e batendo o mais forte possível em seu peitoral.

-Pera para! O que eu fiz?- diz segurando os meus braços.

- Você....... Vo.... Você!- não. Eu não conseguia dizer isso.

-Ela tá grávida!- chega a Ju correndo no quarto. Chorei mais ainda por isso.

-Espera! Tem certeza que o filho é meu?- diz me soltando. Eu do uma gargalhada alta.

-Ta me chamando de puta?- o olho incrédula.

-Nao mais..... Nunca se sabe- diz passando a mão na nuca.

- perdi minha virgindade na porra daquela festa com você! E agora eu tô grávida e o bastardo é teu!- digo.

Ele apesar de tudo apesar do meu desespero ele sorri um sorriso de lado.
Fiquei com uma vontade de espancar aquela cara de idiota. Ele veio até mim com a mão na boca. Fica andando pra frente a pra trás.

-Eu? Vou ser pai?

- tem mais- diz a bocuda dá Ju.- ela quer abortar.

Abaixo a cabeça com raiva e desespero.

-Voce não vai fazer isso!- diz me segurando pelo braço.

- a escolha é minha! A peste tá na minha barriga não na sua!

- mais o filho é meu também! Ou você acha que o que? Fez ele com o dedo? Também tenho esse direito!

-Eu é que não vou gerar um bebê de um traficante.

- Não julgue meu trabalho, pois ele é bem melhor que o trabalho de pessoas famosas que é roubar dinheiro de pessoas que precisam de dinheiro. Meu trabalho é limpo, não roubo nada de ninguém. Isso é o meu ganha pão. Não tive escolha.

Calei minha boca e peguei minha mala saindo de lá e pegando o primeiro táxi que eu vi pela frente.

-Para aonde vamos moça?- pergunta o taxista.

-Para esse lugar.- mostro no meu GPS.

- é muito longe!

- eu pago o dobro. Só me leva embora desse lugar.- encosto minha cabeça no vidro e ouço os berros dá Ju de longe. Ele dá partida no carro e a viagem é longa e silenciosa.....

Chego em casa. Pago o motorista e vou correndo para o meu quarto, fecho a porta e sento no chao escorada na porta. Coloco a mão do lado dá minha cabeça afastando meus cabelos. Sinto as lágrimas derramarem. Não sei o que faço.

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