P.o.v. Narrador.
Karol adentrou o hospital correndo, no fundo ela rezava para que tudo aqui tenha sido mentira. Ela queria muito ver sua filha sorrindo e andando pelo hospital falando que estava bem.
- Cadê a Minha filha? - ela inutilmente gritava com a recepcionista que não tinha culpa de nada e também sabia tão pouco.
-Senhora eu tenho que te pedir silêncio e que a senhora fique calma!- a calmaria da mulher de cabelos grisalhos e óculos atrás do balcão só fez estressar mais ainda a Karol.
-Cade a minha filha? - todos ao redor já olhavam assustados para a moça de cabelos loiros e olhos azuis que gritava estérica com moça da recepção.
-Calma Karol! - seu marido apareceu atrás dela pondo sua mão em seu ombro. Ele estava tão nervoso quanto sua mulher mais preferia não demonstrar.
-Ta!- disse Karol respirando fundo e contando até dez, aquilo nunca funcionará antes, mas agora com a ajuda de Rafael estaria funcionando talvez. - Cade minha filha? O nome dela é Léa Elui! Ela deu entrada aqui a mais ou menos meia hora.
-Bom...- a moça da recepção discou algo no seu teclado e voltou sua atenção ao computador a sua frente. O barulho de cada vez que ela teclava uma letra já irritava Karol. Não só ela mas grande maioria que estava por perto. O silêncio era tão absoluto quando a senhora parou para ler algo na tela do computador que só se ouvia a respiração ofegante de jovem moça a sua frente. - No memento ela está em uma cirurgia de risco.
-Quando eu vou poder ve-la? - os olhos cheios de lágrimas de Karol já imbaçavam sua visão a impedindo de enxergar um palmo a sua frente.
-Do jeito que a cirurgia será complicada é capaz de você só poder ve-la amanhã. - só bastou essas palavras para Karol colidir com o chão ali mesmo. Ela não via mais nada, estava inconsciente. Paramédicos a levaram para uma sala e o Rafael não pode fazer nada a não ser segurar o pequeno Dani que dormia em seu ombro. Rapidamente Breno entrou pela porta acompanhado por Théo E Gui que foram logo em direção a Bruna e Luana que estavam na sala de espera olhando tudo com lágrimas nos olhos impossibilitadas de fazer algo.
O aperto no coração de Breno só apertava mais ainda ele não estava disposto a perder a única coisa pela qual esperou a vida toda.
- Papai? Cadê a Lé? - Foi a primeira coisa que Dani perguntou ao acordar. Rafael não sabia o que dizer então olhou a Breno.
-Breno... Ela está na cirurgia. - Rafael era homem o suficiente para segurar suas lágrimas mas ao perceber o desespero vindo de Breno e Dani não conseguiu conter por nenhum momento. Seu rosto encharcado por lágrimas já estava vermelho. Dani o abraçou forte e apesar de ser apenas uma criança sabia o risco que sua irmã corria.
-O que aconteceu com ela papai?
-Ela estava saindo da escola e veio uma pessoa muito má e atirou nela.
-Ela vai ficar bem nau é papai? - os três choravam sem saber o que de fato aconteceria com a pequena Léa. Isso só dependia de Deus agora.
p.o.v. Breno
Eu estava indo para a casa da Léa pedir ela em namoro aos pais dela quando meu telefone tocou. Como eu estava dirigindo estacionei perto da calçada para atender.
-Alo? - eu disse com minha voz falhando involuntariamente, rapidamente meu peito deu um aperto que eu fiquei com medo minhas mãos começaram a tremer e a vontade de chorar tomou conta de mim. Só bastou aquela frase "A Léa levou um tiro" para meu coração desabar e meu rosto molhar por conta das lágrimas. Eu não podia perde-la justamente agora que tudo na minha vida começará a se acertar. Assim que desliguei o telefone pus a mão no bolso e tirei a pequena caixinha de veludo vermelho a abrindo e vendo um anel Prata com uma pequena pedrinha no topo.
O desespero tomou conta de mim e o medo de perde-la foi imenso.
Arranquei com o carro dali e fui em direção ao hospital que ela estava. Théo E Gui estavam do lado de fora com receio de entrar. Cheguei até os dois puxando eles para dentro do hospital. A Bu e a Lua com certeza irão precisar deles....
$$
Algumas horas se passaram a Léa já tinha saído da cirurgia e estava em observação. A Karol estava no quarto com ela, ela já estava melhor, tinha tomado um calmante e passa bem.
- Pode ir lá Breno!- a Karol disse chegando na sala de espera, todos estavam me olhando com uma cara que tinha uma pontada de felicidade menos Rafael. Ele me olhava sério como se a qualquer momento poderia tirar uma arma da cintura e atirar na minha cabeça.
Logo me agilizei, como eu era o último poderia ficar mais tempo. Tive a paciência de esperar todo mundo ir para eu ter mais tempo com ela. Até agora ninguém sabe que eu iria pedi-la em namoro.
Andei em passos lentos até o último quarto do corredor. Peguei tremendo na maçaneta fria. Respirei fundo e abri a porta. Olhei a sala branca e fria apesar do ar condicionado. Olhei para a cama e a Lé estava de olho fechado mas não dormia.
- Oi meu amor...- ela sussurrou, um pouco mais baixo e eu não a ouviria.
-Como você está?- sentei na cadeira do lado da cama e apertei sua mão com um pouco força para não machucar ela.
-Estamos bem...- ela deu um leve sorriso. A encarei curioso. Franzi o senho e olhei para o rosto dela que esperava por uma reação minha.
-Como assim estamos bem?
-Pensei que o pai dos meus filhos fosse mais inteligente do que aparenta ser...- ela deu uma leve gargalhada e logo minha ficha caiu. Ela e o bebê. Não acredito. Um sorriso brotou no meu rosto.
-E-eu viu ser pai?- me levantei sorrindo e passando minhas mãos no meu cabelo. Logo pensei na empresa do meu pai, agora mais que tudo eu terei que me dedicar já que eu vou ter que sustentar uma mulher e um filho, quem sabe dois... Meu Deus do céu...
- Nós!!!- ela disse autoritária. - o que vamos fazer agora? - logo a felicidade saiu do seu rosto dando lugar a preocupação.
-Bom eu quero fazer uma coisa ok?- era agora, sei que não é o melhor lugar ou a melhor ocasião pra isso mais eu tenho medo de perder ela sem ao menos ter tentado. Eu me ajoelhei a sua frente, ela se sentou na cama com um pouco de dificuldade e fazendo uma careta pela dor no braço. - não sei se você vai aceitar mais não custa nada tentar. A um tempo venho me sentindo assim. Não sei como explicar o que realmente é, mas só tentando pra saber. Você é uma criança pra mim, tanto na altura quanto no jeito que eu te trato.- ela fez uma cara feia quando eu falei da sua altura. - eu posso arriscar dizer que já te amo mesmo sem te conhecer por completo. Minha vida mudou por completo quando você apareceu. O medo de te perder era tanto que eu já pensei em me matar se você morrer. Agora com esse bebê. Deus eu não sei o que seria de mim sem vocês.
p.o.v. narrador
As lágrimas molhavam o rosto de ambos e a visão embaçada de Breno não o impediu de terminar.
-Eu quero que você seja minha assim como eu sou seu des do primeiro dia que te vi. Eu te amo e quero que você seja minha até o último dia da minha vida. Você aceita namorar comigo? Quem sabe em uns 9 meses agente se case... - ele deu risada tentando esconder o nervosismo. Léa o olhou com aflição e receio. Queria aceitar porque gostava dele e por conta do bebê. Mas....
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A love Unexpected
Roman pour AdolescentsUma história não muito diferente das outras histórias. Karol Elui se vê grávida de um traficante da Rocinha, e ele a princípio não está nem ai, mas quando realmente sabe que o filho é dele ele está disposto a dar o sangue pela mulher que ama, mas ne...