Capítulo 1

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Bom, vou fazer uma breve apresentação, lá vai:

É a primeira vez que escrevo e posto, sinto muito se tiver erros básicos de português, gostaria já de agradecer os meus primeiros leitores e a todos que no futuro lerão, vocês são 10 por me dar uma chance.

Estou aberta a sugestões e correções.

E vamos lá para o 1°capítulo

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Somente mais um dia normal, para mim pelo menos, escola, trabalho de meio período e mais trabalho.

- Hummmm - Tédio, Tédio, Tédio

- Algum problema Kylan ? - minha mãe pergunta enquanto passava roupa e olhava para a cozinha.

Eu estava deitado no sofá, com a cabeça quase apoiada no chão e os pés pro alto, tinha tirado toda a roupa do varal e posto mais algumas e agora estava tentando prestar atenção na tv.

- Hã, nada não mãe eu só estava  pensando - só se for pensando em nada

- Tudo bem então, vá lavar as mãos que a comida ficará pronta logo - Disse um pouco ríspida.

Dei uma cambalhota e fiquei de pé, subi as escadas até chega no banheiro, enquanto lavava as mãos me vi no espelho, vendo meus olhos, olhos que herdei do meu pai, pelo menos é o que falam né, acho que é mel ou seriam um castanho muito claro, sei lá, só sabia que minha mãe gostava deles, bem acredito que ela tenha muitas saudades dele ainda.

~suspiro~

Desci até a cozinha, ajudei a colocar as coisas na mesa e nos sentamos nas cadeiras.

- Filho, precisamos conversar sobre hoje - pude sentir seu cansaço na voz.

Queria dizer que minha mãe era uma mulher muito bonita para sua idade, mas acho que ela é apenas normal, com cabelos loiros presos e um rosto cansado, e talvez eu seja a sua canseira.

Já sabia o assunto, encarei meu prato vazio.

- Pela sua atitude e expressão você já sabe o que vou falar, mas vou te dar a chance de se explicar sobre o que aconteceu hoje mais cedo na escola ?

- Eu...Eu - Droga
- Sinto muito - Praticamente falei para mim mesmo - O que falaram pra você ?

Encarava ainda meu prato

- Que você quebrou as janelas da biblioteca, não quebrou elas mesmo né ? - senti esperança na sua pergunta.

Queria rir de frustração, sempre foi assim comigo, eu não faço nada, Eles é quem fazem, que droga, por causa disso eu sempro levo a culpa.

Levantei meu rosto, olhei nos seus olhos, os meus contra os azuis dela.

- Foi exatamente isso que aconteceu, eu... - comecei autoritário, mas ela me interrompeu.

- Por que meu filho, você quer ser expulso de novo, eu sei que isso não é por maldade, porque mente para mim ?

Coloquei o braço atrás da cabeça, fechei os olhos por um momento, estava na hora de colocar minha máscara de garoto mal, pelo menos as aulas de teatro serviram pra alguma coisa, teria aprendido muito mais, mas fui expulso de lá também.

-Mãe, na real, eu simplesmente não fui com a cara daquelas janelas e as quebrei, ou... pode ser que eu realmente sou uma "criança" malvada, que ao meu ver essa é a verdade - dei uma leve risada - Quer saber, perdi a fome.

Fui para meu quarto, ia bater à porta mas acho que já fiz um showzinho muito bom.

-Eu sinto muito mãe - deitei na cama, coloquei o braço sobre meus olhos, não queria chorar, mas isto estava me matando.

Era melhor fingir e mentir que era um delinquente, quando mais novo sempre me levavam no psiquiatra, porque simplesmente contava a verdade, eu via uma tristeza na minha mãe muito maior do que agora, me lembro dela conversando com a médica atras da porta.

- É muito grave, ele fica falando dessas coisas.

- Na idade dele inventar histórias faz parte, o problema seria as suas crises.

- Mas tem cura, ele vai precisar de tratamento , o meu Deus, porque isso esta acontecendo.... - falou já em lágrimas.

E eu passei por um tratamento acreditando que tinha algum "problema", mas daí cansei, não estava funcionando, Eles estavam lá ainda, nas sombras, decidi para mim mesmo que nunca mais diria a verdade, não falaria mais sobre isso, e por muito tempo fiquei calado mas a cada dia estava ficando difícil disfarçar, cada problema diferente aparecendo e eu já não conseguia lidar então comecei a fingir ser um jovem encrequeiro, minha mãe continuava triste, mas pelo menos agora eu não era mais "louco", com isso eu podia lidar, podia ficar miseravelmente um pouco mais feliz.

Kylan - O segredo DelesOnde histórias criam vida. Descubra agora