Finn foi até a velha maquina de música e escolheu uma de suas canções favoritas — Days Like This, Van Morrison.
Ele a olhou meio sem jeito, passando a mão pela nuca, temendo não conseguir dar sequer um passo. Talvez fosse o fato de Amélia ser uma dançarina profissional, ou talvez fosse a beleza avassaladora da jovem loira que dominou os pensamentos de Finn de uma tal forma, que ele já não sabia o que estava sentido. Era como se estivesse hipnotizado, e isso o assustava profundamente. Mas, ao olhar para o sorriso da moça mais uma vez, o garoto se esqueceu desses pensamentos e se aproximou, vendo-a fazer o mesmo.
Finn soltou um tímido sorriso enquanto seu corpo girava em sintonia com o da menina, e ela deu uma doce e tímida risada. O mesmo esticou sua mão e puxou a de Amélia, fazendo-a rodopiar até seus braços.
A loira levantou suas pernas, as entrelaçando na cintura do rapaz. O lugar estava consideravelmente cheio, mas para o jovem casal parecia ser somente os dois, longe do mundo.
O moreno a inclinou e deslizou seu corpo de modo suave, a mantendo segura apenas pelas lindas pernas que o rodeavam. Ao descer lentamente, Amélia sentiu que os rostos de ambos foram ficando cada vez mais próximos.
Ao curva-la suavemente para encerrar a dança, Finn sentiu um cheiro doce de flores e chocolates que parecia se espalhar por todo o corpo da jovem loira. Nesse momento ele pensou em arriscar um beijo, mas foi puxado para realidade por inúmeras palmas e sorrisos que os cercavam, e eles foram aumentando cada vez mais. O menino olhou para a loira e sorriu, como se tivessem entrado em um acordo silencioso. Ambos agradeceram como se fosse um teatro, e eles a atração principal. Sorriram para as pessoas e voltaram para seus lugares, vendo todos fazem o mesmo.
— Até que você dança muito bem, Senhor Moderninho.
— Você não é nada mau nisso também. — Retrucou Finn, fazendo a menina gargalhar.
— Então, o que mais você gosta de fazer ?
— Eu adoro museus.
— Museus ? — Perguntou Amélia, surpresa.
— Sim. — Respondeu o moreno. — Você não ?
— É que eu só fui em um museu na vida.
— Ah, não seja por isso. Posso te mostrar os melhores museus de New York.
A menina deu um sorriso tímido e respondeu:
— É. Pode ser.
— Legal. — Disse o garoto, animado.
— Mas, e o que faremos agora ?
— Ah, você escolhe dessa vez.
Amélia estava cansada, mas também estava louca para conversar por mais tempo com Finn. Ela não conseguia pensar em lugar algum para ir, afinal não conhecia a cidade. Então decidiu arriscar uma pergunta:
— Bem, já está tarde, não é ?
— Sim. — Disse ele, um pouco desanimado ao notar como terminaria a conversa, mas Amélia o surpreendeu.
— Você mora longe ? — Indagou a moça. — Meu hotel é do outro lado da cidade, acho que demoraria muito para chegar, né ?
— Ah, com certeza. — Mentiu o moreno. — O transito até lá é grande durante a noite.
A garota sabia que não demoraria, principalmente pelo fato do hotel dela ser bem mais próximo do que ela insinuou.
— Bem, eu poderia ficar na sua casa. — Disse ela, sorrindo e acariciando a mão de Finn. — Podíamos pedir uma pizza, ou outra coisa.
— É uma excelente ideia. — Concordou o jovem, sorrindo. — Tem um ponto de táxi aqui perto.
— Então vamos lá.
Os dois jovens nem precisaram caminhar até o ponto para conseguir um táxi, pois passou um assim que eles saíram do bar.
— Vantagens de morar em New York. — Comentou Finn ao abrir a porta, fazendo a loira rir.
O taxista deu a partida e o moreno começou a mostrar alguns pontos famosos da cidade para Amélia, que olhava animada pela janela do carro.
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A Garota do Bar
RomanceUma noite comum, em um bar qualquer. Será que uma noite perfeita é o suficiente para esse jovem casal, ou eles precisaram de mais ?