09 - Lucinda.

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– O corvo voa a meia noite? O que isso quer dizer? – Perguntou Ellen.

– Quer dizer que o Benfeitor é o Danny. – Falou Lydia.

Nessa hora o véu começa a subir novamente e todos os mortos voltam para o outro lado.

Sanatório Woody Raven.

– Vocês parecem com pressa. – Falou a mulher acompanhando Spencer, Aria e Hanna.

– É que a gente tá muito animado pra ver a tia Lucinda. – Falou Hanna e elas chegam a um quarto.

– Lucinda, você tem visitas. – Falou a mulher.

Ao entrar no quarto as meninas percebem que em volta da cama de Lucinda tem sal.

– Olha mais sal. – Falou Aria.

– Calma, calma, calma. – Falou uma senhora para alguma coisa, ela estava sentada em uma cadeira de balanço do lado de fora do quarto, em uma varandinha.

– Ah, Lucinda? – Falou Spencer se aproximando e logo Aria e Hanna se aproximam também e a senhora olha pra elas sem entender nada. – Sou Spencer Hastins e essas são minhas amigas Hanna Marin e Aria Montgomery.

– Queríamos fazer umas perguntas, a gente se mudou pra sua casa em Ravenswood. – Mentiu Hanna e as meninas resolvem seguir com a mentira.

– Oque? Não, não, não é seguro. – Falou a senhora. – Porque vocês fizeram isso? – Perguntou Lucinda.

– A minha mãe comprou de um corretor de imóveis. – Falou Aria.

– Não, vocês tem que sair de lá. – Falou Lucinda.

– Não podemos, não temos pra onde ir. – Falo Aria.

– Mas não é seguro, vocês não entendem. – Falou Lucinda.

– Entendemos sim, sabemos de tudo, nós já vimos. – Falou Spencer.

– Tudo bem, eles já viram. – Falou Lucinda para as flores.

– Ela é louca mesmo. – Falou Hanna pra Spencer, mas logo depois que ela falou isso saiu voando do meio das flores varias criaturinhas parecidas com flores.

– Gente, olha isso. – Falou Aria.

– Que lindas. – Falou Hanna.

Uma criaturinha chega perto da mulher com uma frutinha, a mulher pega uma e come, e uma criaturinha entrega uma para Hanna.

– Não, não é pra você. – Falou Lucinda.

– É verdade, se você comer isso, nunca mais vai querer comida humana. – Falou Spencer.

– Como você sabe disso? – Perguntou Lucinda.

– Eu achei isso. – Falou Spencer tirando o livro de dentro da bolsa. – O guia de campo do seu pai. – Ao ver o livro, tanto Lucinda quanto as criaturinhas ficaram bastante agitadas.

– Ai meu Deus, entrem, entrem rápido. – Falou Lucinda e elas entram. – Sabe o que fizeram trazendo o livro pra fora do círculo? Sabe o que pode acontecer se ele cair nas mãos erradas?

– Não, é por isso que estamos aqui. – Falou Spencer.

– Então vocês não leram? – Perguntou Lucinda.

– Ela leu. – Falou Hanna apontando pra Spencer.

– Então sabe mais do que devia, e suas vidas correm perigo. – Falou Lucinda. – Você não leu o bilhete?

– Por favor, não sabemos o que fazer. – Falou Aria. – Não pode dizer alguma coisa pra ajudar a gente? – Falou Aria entregando o livro pra Lucinda.

– Esse livro, só trouxe tristeza e sofrimento pra minha família. O livro foi à obra da vida do meu pai, mas na verdade era a vida dele, o último dia que eu o vi, ele estava tão perturbado, quase delirante, eu me lembro dele correndo pela casa com um olhar enlouquecido, foi nesse dia que ele criou o circulo, o dia que eu soube que ele tinha posto segredos nesse livro, o livro que o ogro Mulgarat usaria para destruir todas as ninfas, e ai nada poderia impedi-lo, nem mesmo os humanos de se tornar a criatura mais poderosa de todo o mundo, imediatamente o meu pai fez tudo que podia pra nos proteger, tudo exceto...

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– O mestre tem que destruir o livro. – Falou um gnomo para o homem.

– Não, temos que protege-lo, mantê-lo dentro do circulo, a salvo do ogro. – Falou o homem para o gnomo. - só preciso de mais tempo Tibério, só preciso de mais tempo.

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– Mas vejam, eu não sabia sobre o círculo. – Falou Lucinda.

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Uma menina pequena andava por cima do círculo cantando uma música.

– Lucinda! – Gritou o homem de dentro do quarto do primeiro andar. – Se afaste dos cogumelos.

– Oque? – Falou a menina em baixo.

– Fique dentro do círculo. – Falou o homem vendo umas criaturas se aproximando da filha dele.

– Não estou te ouvindo. – Falou Lucinda voltando pra cima do círculo e as criaturas a puxaram e começaram a arranha-la. – Socorro, papai, tem alguma coisa me puxando. – Lucinda gritava pra seu pai.

– Lucinda! – Gritou o homem correndo e batendo nas criaturas com sua bengala. – Venha. – Falou o homem colocando ela dentro do círculo. – Não saia dai, fique dentro do círculo.

– Papai, o que está acontecendo? – Falou Lucinda enquanto o pai batia ainda nas criaturas.

– Não saia do círculo de cogumelos. – Falou o homem e outras criaturas o pegaram pelos braços e começaram a leva-lo pelo céu.

– Papai! – Gritava Lucinda.

– Lucinda eu vou voltar! – Gritou ele indo embora.

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– As ninfas protegem todo mundo das fadas, e os segredos que meu pai sabia as colocaram em perigo, então elas o salvaram das fadas, mas o levaram para longe de mim. Todo dia, eu ficava lá naquela varanda, olhando e imaginando ele voltando e me segurando em seus braços de novo, mas ele nunca voltou, uma noite sonhei que tinha visto ele na floresta e fui lá procurar por ele, mas alguma coisa me impediu. – Falou Lucinda mostrando uma cicatriz de garras para as meninas. – Quando se fala e suicídio e também em goblins é pra cá que te trazem. – Falou ela se referindo ao sanatório. – Eles acharam que eu tinha lido o livro. Mulgarat está disposto a qualquer coisa pra descobrir os segredos do livro, por isso vocês estão correndo perigo ficando naquela casa, e só há uma pessoa que pode ajudar vocês.

– Quem? – Perguntou Aria.

– O meu pai. – Respondeu Lucinda.

– Seu pai? Mas seu pai morreu. – Falou Hanna.

– Não, ele não morreu, as fadas me disseram que ele está vivo, ele foi preso pelas ninfas por causa do que sabe. – Falou Lucinda.

– Mas você acabou de dizer que as ninfas que salvam as pessoas das fadas, então porque as ninfas o prenderam? – Perguntou Aria.

– As fadas ameaçaram a vida dele, e as ninfas o prenderam pra salvar a vida dele. – Falou Lucinda. – Vocês tem que encontra-lo e dar o livro a ele pra que ele possa destruí-lo, é a sua única esperança. – Falou Lucinda devolvendo o livro pra elas.

– Obrigada pelas palavras, nós vamos procurar o que fazer. – Falou Spencer.

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