Epilogue

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Foi no verão de 2012 que tudo começou.

Eu te apresentei à ela. Você gostou do jeito que ela mandava tudo se foder.

Você nunca gostou de relações fáceis demais, mas, nem de difíceis demais.

Ela te beijou pela primeira vez quando vocês estavam na casa de Normani para uma noite do pijama. Certo que "Noite do Pijama" era uma coisa muito infantil e feminina para garotas de 16 anos.

Você estava achando que ela gostava de você, mas na verdade estava se iludindo, e só se iludiu mais quando você cuidou dela quando ela estava bêbada.

Ela te beijou novamente, e depois fez mais coisas além disso.

Aquela noite nunca cairia no seu esquecimento, mas ela nem sabia o que estava acontecendo. Só soube quando acordou no outro dia, te abraçando por trás enquanto as duas estavam completamente nuas.

Aquilo acontecera mais vezes nos próximos quatro meses, muitas mais vezes, mas em nenhuma dessas ela estava bêbado.

Você a amava, mas ela só queria você rebolando nos dedos dela. Ela não estava nem aí pra o que você sentia sobre, até ela começar à sentir também. Não era nada perto do que você sentia, mas era alguma coisa.

Foi aí que ela se disse "cansado de apenas sexo" e que queria algo à mais, então te pediu em namoro. Você chorou, mas chorou de felicidade.

Nos próximos dias ela te tratou com beijos e carinhos. Mas foram só naqueles dias. Os primeiros dias.

O namoro de seis meses estava te fazendo extremamente feliz, e você achava que estava fazendo ela também, mas você descobriu que era totalmente o contrário quando ouviu ela gemendo o nome de outra pessoa enquanto se tocava.

Aquilo não podia ser real. Mas era.

E você descobriu que não era só com você que ela fazia amor.

Você viu ela e Normani. Ela e Normani. Logo Normani, que dizia-se amiga.

Você perdoou ela, mas não perdoou Normani. Você perdoou o errado.

Nas próximas semanas, ela ficava sentada no sofá o tempo inteiro, te observando fazer as coisas.

Depois de fazer o jantar, você largou o prato de comida ao lado dela, e se sentou à mesa, começando à comer. Ela jogou o prato no chão, derrubando toda a comida e quebrando o vidro.

"Eu já falei que sua comida é uma droga? Pois é, sua comida é horrível, Allyson, me recuso à comer esse troço."

Seus olhos lacrimejaram, mas mesmo assim você respondeu.

"Se não comer a minha comida horrível, não vai comer nada."

Ela se levantou furioso, puxou você pelo braço e te jogou no sofá, começando à tirar sua cinta. Você estava assustada e tentava se soltar, mas ela era mais forte que você.

Naquela noite, ela não te deu prazer, ela te machucou.

No dia seguinte, você acordou com dores, passou as mãos pelas costas e sentiu os vergões das cintadas que ela te dara no dia anterior.

Você tentou levantar, mas soltou um grunhido alto quando apoiou os pés no chão e sentiu uma dor imensa. Ela riu baixo em satisfação.

Vocês nunca mais fizeram amor depois daquilo, vocês foderam.

Pact • Dinally VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora