4 - AMOR DE INFÂNCIA

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Como eu disse pra vocês, o 6° ano não foi de toooooodo ruim, e como acontece na vida de toda criança, eu me "apaixonei", mas calma, vou contar como tudo aconteceu. Se bem que é meio difícil, porque nem eu sei como foi.

Eram dias normais de escola (normais), e eu comecei a reparar que um dos encapetados bagunceiros da sala parou de implicar comigo (não é o do absorvente), mas desde o início a implicância dele nunca me ofendeu.

Até que teve um dia de guerra de bolinhas na sala em que quase toda a turma estava atacando bolinhas enquanto a professora tinha saído (eu me incluo nessa, era divertido). Esse menino bagunceiro, o Felipe, estava jogando bolinha em todas as meninas com uma força desnecessária, e quando ele virou pra mim com a bolinha na mão, eu percebi que ele hesitou um pouco e eu disse:

- Taca (vai taca, taca, taca, taca, taca, taaaaca, desculpa, é inevitável não lembrar dessa música chiclete agora)

E ele não o fez (pra vocês poderem imaginar um pouco, ele tinha cabelos cacheados puxados pra um loiro não tão claro e nem tão escuro, sardas e era suuuper magro, ele já tinha 13 anos pois tinha repetido algumas vezes), virou pra o outro lado e continuou jogando as bolinhas.

Desde aquele dia a implicância boba de criança dele comigo acabou, como eu disse, ele nunca me ofendeu.

E então um dia, em um trabalho em grupo onde estavam algumas mesas muito próximas umas das outras (ele sentava na fileira ao lado, paralela a minha cadeira) ele simplesmente disse pra mim:

-Já é ou já era?

Eu fiquei tipo QUE ISSO?

-Já é ou já era? Ele perguntou de novo.

-Eu sei lá o que é isso. Foi o que eu disse, afinal eu nem sabia o que isso significava (pra quem não sabe ele estava basicamente perguntando se eu queria ficar com ele, de novo essa bosta de ficar que eu nem sabia o que era).

Logo após eu responder isso ele disse:

-Acabou.

- O que acabou? Eu perguntei com cara de idiota.

-O nosso namoro, acabou. Finalmente ele disse o que me fez ter certeza de que ele gostava de mim. E eu respondi:

-Deixa de ser idiota, como vai acabar uma coisa que nem começou?

E depois disso eu comecei a gostar dele, afinal não é todo dia que alguém se apaixona por mim não é mesmo?

Quer saber como terminou o ano e o que aconteceu com essa paixonite que me fez ser o que eu sou hoje? Continue lendo. (Credo, tô parecendo comercial de novela mexicana)

Oiii gente, estão gostando? Não se preocupem, eu não vou perder o foco fazendo dessa história um romance (se bem que essa história com o Felipe daria um ótimo livro). Quero que vocês saibam que os nomes são totalmente fictícios, mas a história é real oficial tá.

No próximo capítulo vamos ver como Melissa lidou com o fato de que outra garota também estava gostando do seu amado. Beeeijos e até a próxima.

A autoestima que me faltaOnde histórias criam vida. Descubra agora