Sem esperanças

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Em um campo de concentração, as pessoas não podem se apegar aos outros ou a algo. Um dia, eles podem estar com você, no outro, tudo isso já é passado. Anna estava perdida em Bergen-Belsen, nunca imaginaria que iria ser pega, pensava na mãe e no pai que poderiam ficar preocupados caso descobrissem do acontecido, lembrava do diário que havia deixado para trás, quando foi levada. Anne, apesar de ser uma jovem inocente, sabia que em lugares como aqueles, nunca poderia ter um amigo.

VV estava preocupada, desde sua chegada em Auschwitz, tudo havia acabado, as pessoas não se comunicavam, nem pensavam em coisas boas, talvez seja porque​ em lugares tão triste e sombrios, as esperanças nunca existissem. Joseph estava do outro lado da cerca, fora ele, ninguém era seu amigo. O céu não era tão bonito como em sua terra natal, seus cabelos vermelhos, estavam cortados, sua beleza havia mordido, junto com ela. Só havia passado duas semanas, mas seu corpo estava desnutrido, estava pálida e sem força, decidiu ver o que existe além das cercas quando alguém chegou perto dela.

Miep, voltou para casa, sentia como se tudo estivesse rodando e sua consciência estava repleta de coisas. Havia feito a coisa certa? Será que o povo alemão, se orgulharia dela? Onde poderia estar os judeus naquele momento? Deitou em sua cama, tentou dormir e esquecer tudo aquilo, quando a campainha tocou.
- Quem será agora? (Falou Miep)
A mulher, cheia de raiva, desceu as escadas, abriu a porta e se deparou com alguém que deixou seu rosto iluminado.

Elisheva não sabia o que fazer, já se passaram dois meses que estava no campo de Bergen-Belsen, não conseguira nenhum notícia de Joseph. Uma mulher do partido Nazista, abriu o portão  e chamou quinze mulheres para saírem de onde estavam, entre essas moças, Elisheva estava presente. Uma fileira foi posta no lado de fora e um membro da SS, levou as pessoas selecionadas para um trem, onde iriam para outro campo de concentração.
- Meus filhos, vocês esqueceram meus filhos! (Gritou Elisheva)
- Vamos! Ande logo, não temos tempo para sentimentalismo! (Falou um jovem soldado)
Elisheva, foi empurrada para meio de uma multidão. Uma menina de dezesseis anos, tentava subir no comboio, quando um dos soldados, empurrou a jovem que caiu em baixo do trem e morreu naquele local, sem ter tempo para sobreviver ou fazer algo. As mulheres começaram a chorar, Elisheva tomou a fala.
- Agora, teremos que nos unir, não importa por onde passarmos, somos Judias e temos que ajudar umas as outras.
Uma menina começou a cantar uma melodia em homenagem a sua mãe que ficara presa no campo e não soubera da sua partida. Todas choraram ao ouvir a música "My Yiddishe Momme", Elisheva naquele momento se preocupava com os destinos de seus amados filhos.

Vitoria olhava além das cercas, queria poder passar para o outro lado para ver Joey, quando uma mão tocou o seu ombro. Ao virar, viu um garoto com os cabelos negros e os olhos escuros, seu nome era Maxon Abner, que a observava desde sua chegada.
- Você não vai querer fazer isso!(falou Maxon)
- Eu tenho que passar para o outro lado!
- Não podemos, os judeus não podem ficar andando além das cercas!
Ela se jogou no chão e começou a chorar, tentando transformar em lágrimas todo o sofrimento, botando para fora, tudo que estava preso.
- Por que o mundo é tão ruim? O que nós fizemos?
Maxon com pena da menina, carregou a jovem até o barracão para que pudesse descansar, depois de uma manhã trabalhosa.

Anne olhava as pessoas ao seu redor, via as crianças que por serem inocentes, eram as únicas capazes de sorrir em um lugar como aquele, desejou ser pequena novamente, imaginou que estava na Polônia, papai lia seu jornal e mamãe fazia o café, o ar era confortável, os tempos passados eram os melhores! Estava andando desnorteadamente quando uma guardiã chegou.
- O que está fazendo aqui? Saí logo daí sua intrometida!
A guardiã, pegou o cassetete e começou a bater na jovem, após uma longa surra, partiu a testa e os olhos estavam machucados, ela deitou no meio da lama e tentava adormecer, para esquecer a dor e sonhar com o que era quase impossível, ter paz. Um jovem garoto ruivo, chamado David Dussel, apareceu, carregou a jovem até a enfermaria e foi embora.

Joseph estava perplexo, aquela voz, conheceria em todo o local, apesar de parecer um esqueleto, era ele. Caleb virou  o corpo, olhou para Joseph, em um movimento repentino, pegou o pescoço dele e começou a apertar.
- Seu traidor, você é um monstro! (Falou Caleb irado) - Por sua culpa, Daniel e José morreu torturados e meu pessoal foi fuzilado, naquela droga de floresta!
O ar estava acabando para Joseph, sua vistas embaçado, a morte estava na frente dele, ela o chamava, ele chorava, era o fim, a porta se abriu e era visto o milagre. Quando........

---------------------Continua------------------

Olá pessoas! Tudo bem?
O que acontecerá com Anne? Será que VV vai se apaixonar por Maxon? Joseph vai morrer? Quem era a pessoa que bateu na porta de Miep? As crianças de Elisheva sobreviverão? Tudo no próximo capítulo!

Feliz Páscoa!


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