TRÊS

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                               LUMA



Permaneço na cama deitada do lado contrário para não precisar olhar na cara do meu "dono" e  deixo as lágrimas descerem pelo meu rosto como se isso fosse fazer com que a dor que estou sentido fosse imediatamente sumi.

-Você não está bem.-Ele afirma com  uma voz grave e grossa.

Ao longo da vida eu tinha entendido que nossos caminhos por mas que pensássemos que estava trilhado eu sabia que bastava um acontecimento para que tudo,toda a rota seguida fosse simplesmente esquecida dando lugar para outro caminho em que muitas vezes ou seja sempre nunca existia a ilusão do príncipe encantado que arriscaria sua própria vida para salvar sua amada.

Perder minha família aos meus treze anos não só teve uma mudança brusca do meu caminho que eu nem sabia qual era,mas também tinha feito eu esquecer da menininha que achava que o mundo era fantasioso ao ponto de todos serem felizes,mesmo com as diferenças sociais,culturais,distinção sexual ou econômica.

A menina que sonhava com o "príncipe",tinha perdido o tal sonhado sonho encantado e tinha caído a uma pura realidade na qual muitas vezes acabava caindo como eu mesma me encontrava.

-Eu estou ótima.-Falo com um sarcasmo que nem eu própria conhecia em mim.

-Da próxima vez que você me responde nesse tom te garanto que será muito pior.-Sua ameaça não me passou despercebida mas a única coisa que eu queria era que a vida parasse de ser tão infeliz ao ponto de nem ao menos conseguisse sonhar com a felicidade.

Eu não sabia o seu nome mas a última coisa que queria era sabe.

Acordo no outro dia com muita cabeça latejando de dor,queria sumir para um lugar onde ninguém podesse me conhecer.

Levanto da cama e minha cabeça começa a doer mas forte,mais mesmo assim sigo até a porta que leva ao banheiro.A primeira coisa que noto quando o espelho aparece em minha frente é em como em menos de um dia o sofrimento não saia do meu corpo e principalmente do meu olhar.

Afasto minha visão do espelho e retiro o vestido azul folgado que tinha vestido no meio da noite quando percebi que a dor não era já tanta.

Entro no box sem olhar para a região da minha bunda,apenas ligo o chuveiro fazendo com que gotas e mas gotas desçam molhando todo meu corpo e ao fundo pedindo intensamente que me levasse junta.

Termino de lavar meus cabelos e meu corpo em meios a lágrimas que teimam em cair em cascata como se fosse surtir algum efeito positivo desperdiça-las assim.

-Bom dia!-Comprimento a senhora em que tinha me atendido e ajudado ontem,assim que desço as escadas sem deixar de analisar cada detalhe da casa.

-Bom dia senhorita Luma.-Sua voz é doce me trazendo conforto. Como se sente?-Pergunta olhando para me.

-Pode me chamar apenas de Luma!-Afirmo para a mesma.-Eu estou...-Quando iria terminar de responder a sua pergunta uma figura morena com os cabelos castanhos escuros,barba grande mas bem cuidada,alto e impotente como se nada o fizesse abalar aparece na sala.

- Está com fome.-A senhora Lanna se não me engano de nome vendo que eu não conseguia falar acaba quebrando o silêncio.-O que gostaria de comer no café dá manhã senho...Quer dizer Luma!?-Pergunta ela para mim.

-Apenas um suco.-Respondo ainda sem olhar para aquele homem que ao pouco que tinha visto me fazia acreditar que se achava o dono do mundo.

-Prepare um omelete,suco para ela Lanna.-Diz  ele para ela como se eu não estivesse voz e não estivesse acabado de falar o que queria.

-Não estou sentindo fome.-Protesto.

-Espero que seja a última vez a protesta Luma.-Diz ele me lançando um olhar de fúria.

-Venha Luma.-Chama dona Lanna segurando pelo meu pulso e puxando para outra via em que logo se encontrava portas duplas,entrando com ela ainda me puxando pude notar que era uma cozinha daquelas que eu só tinha visto em novelas e filmes.

A cozinha era toda embutida por aparelhos de última geração,cada item dava um ar sofisticado e cada vez que olhava mas mim emprego Avast até que minha cabeça voltou a latejar mas forte agora me fazendo fechar os olhos e me apoiar na bancada em que estava próxima.

-O que está sentindo?-Pergunta novamente aquela voz que eu nem sabia que estava aqui.

-Sente o que Luma?-Pergunta Luma e eu agradeço por não ter que ficar falando com esse homem.

-Dor de cabeça!-Falo assim que mim recupero grunhindo para a dor que nesse momento não cessar.

-Lanna pegue dois comprimento para ela.-Diz ele para a senhora que rapidamente retira uma caixa de um dos armários abrindo a mesma e retirando dois comprimidos,ela me entrega junto ao copo de água.

Pensaria até em recusar mas a dor cada vez tão forte que abrir os comprimidos e engoli sobre o olhar atento dos dois.

-Obrigado Lanna.-Agradeço de cabeça baixa.

Como minha refeição em silêncio​ sem nem levantar o olhar por saber que meu "dono" me bateria novamente.

-Senhor posso me levantar dá mesa.-Peco permissão para sai.

-Me espere na sala.-Diz meu dono rispidamente.

Sigo até a sala e fico analisando cada detalhe dela com seus quadros realistas,sofás grande  em tons claros mais tudo ao mesmo tempo rústico.

-Mim siga.-Diz ele assim que entrar na sala.

Ai meu Deus o que eu fiz agora?Espero não apanhar dele de novo pois não suportaria.

Ando em passou acompanhado até que o mesmo parar em uma porta e abrir mim deixando entrar primeiro para que eu percebesse que estavamos em um escritório.

-Iremos conversar pequena Luma.-Fala ele vindo depois de fechar a porta e atravessar sentado do outro lado da mesa de vidro.-Sente.

Olho para a cadeira ao meu lado e resolvo logo mim sentar já que a minha cabeça ainda não tinha parado de doer.

-Você agora é minha Luma.-Fala ele como se isso fosse mim fazer sorrir alegre para ele.-Minha apenas minha...Submissa.

SUBMISSAOnde histórias criam vida. Descubra agora