Capítulo 5

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Voltamos a conversar. Christian como sempre salvando o dia, perguntou sobre nossas faculdades e eu finalmente tinha algo pra desviar minha atenção. Thomas fazia um comentário aqui outro acolá, mas não tirava os olhos de mim. Eu não estava conseguindo processar toda essa atenção então chamei Jennifer pra dançar. Ela aceitou na hora, pois eu jamais havia chamado ela pra dançar em outras vezes que saímos. Chegamos a pista de dança e começamos a dançar, coisa que graças a aulas de dança quando criança eu sabia fazer, só tinha vergonha, mas hoje não tinha opção.

- Melanie! É o nosso chefe! E ele está oficialmente te comendo com os olhos!

- Não tá, não...

- Está sim! Meu Deus, ele não tira os olhos de você desde que chegou...

- Meu Deus! Ok, talvez seja. Vamos só dançar, por favor?

- Claro! Vamos dar um show pra eles!

E demos. Dancei com a Jennifer como se nunca tivesse dançado na vida. Rebolei, joguei os braços pra cima e em algum momento começou a tocar a nova versão de "Crazy in Love" da Beyoncé. Dançamos sensualmente uma com a outra brincando até a metade da música, quando percebemos que atraímos alguns homens pra perto de nós.

Exatamente nesse momento sinto uma mão no meu braço e Thomas dizendo:

- Você precisa vir comigo.

Então me arrastou em direção aos banheiros. Apenas olhei me desculpando pra Jennifer que já estava com o Christian e acompanhei o homem das cavernas ao meu lado.

- Você pode me soltar se quiser. Eu não vou fugir.

Ele resmungou algo como "não posso fazer isso por muito mais tempo" que eu não entendi o que diabos isso teria a ver comigo e só ignorei. Thomas continuou me arrastando até umas salas privadas que eu nunca tinha visto pessoalmente, só sabia que existiam em algumas boates. Entramos em uma dessas salas, Thomas trancou a porta e me encostou na parede, colando todo seu corpo ao meu.

De repente eu não conseguia mais respirar, só pelo peso da presença dele. Ficamos em silencio por um tempo, não sei dizer quanto, e Thomas só continuava olhando pra mim até minha respiração ficar ofegante. Abri a boca pra dizer alguma coisa, mas ele me interrompeu com a sua própria.

Thomas Bryant me beijou suavemente, quase não encostando seus lábios nos meus. Ele se afastou um pouco e olhou pra mim, parecendo tão afetado quanto eu estava com aquele simples beijo rápido.

Fiquei paralisada olhando pra ele. Eu não sabia o que dizer nem o que sentir, só sabia que queria mais. Queria mais do corpo dele perto do meu, mais da boca dele na minha, eu queria coisas que até o momento não sabia nomear.

Inclinei-me pra ele inconscientemente, e quando dei por mim, Thomas estava me beijando de novo, e eram beijos cada vez mais urgentes, separados por respirações rápidas e palavras ininteligíveis por parte dele.

Ele pôs uma mão na minha cintura e outra em meu pescoço, de forma que mexia minha cabeça conforme sua vontade. Eu não sabia mais nem o que pensar, então agi como meu corpo estava pedindo. Levantei as mãos e segurei no pescoço dele, enfiando os dedos nos cabelos acima da nuca dele. Eram tão macios que me estiquei nas pontas dos pés para chegar mais perto.

Quando fiz isso nossos corpos ficaram alinhados e senti seu membro contra mim, causando uma sensação maravilhosa de prazer que enviava arrepios por todo meu corpo. Ofeguei em sua boca, o que o fez afastar-se um pouco de mim.

Eu continuava toda mole em seus braços, eram muitas sensações e eu não sabia lidar com nenhuma delas ainda, principalmente com esse desejo que eu sentia por Thomas, a quem eu deveria desprezar.

Amor InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora