Quando se perde uma flor,
Nunca mais se é o mesmo.
Quando se cria uma dor,
É difícil o recomeço.
À mínima lembrança,
Um afeto é criado;
E pelo desprezo do jardim,
Um vaso foi criado.
Esse vaso foi guardado,
Numa caixa colocado,
Essa flor foi escondida,
Sem água, sem luz, sem vida
Água que a alimentava,
A protegia e a decifrava.
Água que aos poucos,
O regava e renovava.
Luz que a aquecia,
Que queimava, que fluía.
Luz que acima de tudo,
Para tudo a dava energia.
Energia que dá a vida,
Vida que se acabou,
Vida que é buscada,
Vida que esfriou.
Mas resta ainda uma chama,
Um resto da seiva da produção.
Resta ainda, uma esperança,
Um abraço e um pedido de perdão.
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Eu, Humano
PoetryPoesias e poemas sobre diversos assuntos, em um estudo sobre a humanidade, sobre o instropectivo, a arte, as sociedades, religiões e os sentimentos dos "Humanas" Capa: Thiago do Nascimento Araújo