Confiar é cuidar.
É achar que sim e ser não,
É liberar e não ver,
É acreditar e se arrepender.
Confiança, é a base,
A base que bate e debate,
E no debate da vida
É a que te estuda e te elimina.
Confiança é dizer, convencer.
Falar do prêmio e pagar o pato,
É seguir a moda e tocar fora do compasso,
É cantar tenor, num solo de baixo.
E nessa confiança que é a vida,
As surpresas vem a cada dia,
E a cada surpresa uma tristeza,
Mentira, loucura, avareza.
E a cobra sempre da o bote,
Ataca filhote, adulto e traz a morte.
Morte que destrói, mata o coração trucidado
E ilude o desiludido isolado.
Quantas vezes você acreditou?
Quantas vezes você orou e acreditou?
Acreditou que seria diferente,
Que poderiam melhorar o mundo da gente?!
Mas gente que é gente vê só gentalha,
Que trabalha, compra e malha,
E consome sua alma como o fogo consome a palha,
Como a fumaça do cigarro e da brasa.
Brasa que se desvanece em segundos,
Assim é a sua importância pro mundo;
O mundo muda, evolui enquanto vc luta,
Luta em vão, querendo sair do chão.
Mas vc não poderá voar,
Não enquanto sua confiança te limitar,
Não enquanto não se liberta,
Não enquanto não aprender a amar.
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Eu, Humano
PoetryPoesias e poemas sobre diversos assuntos, em um estudo sobre a humanidade, sobre o instropectivo, a arte, as sociedades, religiões e os sentimentos dos "Humanas" Capa: Thiago do Nascimento Araújo