O Bonito é inevitável

Connor

   Ah, o Connor. O que dizer desse garoto? Ele era tão encantador que chegava dar nojo.
    Tenha certeza que você nunca verá nenhum outro rapaz igual a este.
  Connor sempre andava bem arrumado, sua peça indispensável era uma pesada jaqueta de couro preta, provavelmente couro legítimo.
     Seu guarda-roupa não tinha nada chamativo, apenas cores neutras, preto, cinza, branco e jeans, se você procurasse bem, talvez fosse possível encontrar alguma peça em um tom azul escuro.
     Mas mesmo com esse gosto básico, Connor não precisa de muito para chamar atenção, por onde ele passava as meninas suspiravam desejando um namorado como ele.
    Seu cabelo era algo magnífico, o preto impregnava no olhar de quem o avistasse, os leves cachos nas pontas, davam um charme ainda maior quando caídos sobre sua testa.
    O castanho escuro fortemente observado em seu olhar, marcava sua presença na cabeça que qualquer um, literalmente não importava onde ele estava, as pessoas sempre sentiam medo do mistério que habitavam em seus olhos.
    Crescido apenas com a presença do pai, Connor herdou a personalidade dele, quem o conhecesse diria que era uma cópia idêntica.
  Sua mãe morreu durante o parto, portanto Rick, seu pai, assumiu a responsabilidade de criá-lo da forma mais errada possível.
    O menino sempre foi o tesouro da família, todos os cuidados eram tidos á ele, posso afirmar com toda certeza que o sol nunca reluziu em sua pele por muito tempo, portanto uma cor branca e pálida era o que restava para ele.
    No aniversário de 17 anos de Connor, Rick preparou uma grande festa, porém o jovem não apareceu, ele estava ocupado demais envenenando sua ex-namorada.
   Esse ocorrido foi o primeiro de muitos que começaram a acontecer, o fato do filho tirar a vida de tantas garotas preocupava o pai, a melhor opção, talvez a pior, foi internar Connor em uma clínica psiquiátrica.
   Querendo ou não, os dois anos internado foram os melhores para Connor. Ele saiu de lá com ainda mais frieza em seu coração, ele soube que a família o enxergava como um louco, por isso o colocaram naquele lugar.
  Quando finalmente pode sair da clínica, a oportunidade de se sentir normal apareceu.
   Tudo ocorreu muito rápido, o único instrumento utilizado foi uma arma, cinco tiros e pronto. Connor ganhou. Agora todos que pensavam que ele era louco estavam mortos.
   Com uma herança alta em sua mãos, o fútil garoto decidiu ter uma vida comum de adolescente. Ele iria para o colégio. Ele iria assassinar novas inocentes meninas. Ou melhor. Ele iria se tornar um batedouro.
   Mas antes que ele conseguisse colocar seu plano de vida em prática, ele conheceu uma pessoa. Uma garota. Connor conheceu Risa.
 

   Ah, o Connor. O que dizer desse garoto? Provavelmente o mais doce que você já conheceu.