O Poder Mágico do Amor

A Nota no Jornal

Emma acordou sobressaltada essa manhã com Cora dando lambida no rosto dela.

"O que foi Cora? Ruby não limpou a sua casa? Você precisa sair para fazer as suas necessidades?" Emma perguntou preocupada quando ouviu Gr vindo da sogra dela.

"Bom dia para você também minha nora. Gr. Até parece que eu estaria aqui por isso. Eu teria ido lá fora e feito minhas necessidades sem ninguém perceber. Por favor, eu sou uma gata independente e inteligente. Eu vim por outros motivos. Leia a notícia que saiu na primeira página no jornal. Miau". Cora tentou fazer suspense, mas estava feliz demais para esperar Emma acordar. Não que Emma fosse dorminhoca, mas hoje a gata estava muito ansiosa e não conseguiria esperar um minuto a mais.

"Bom dia Cora. Eu sei que você é inteligente e tudo o mais. Para você estar tão ansiosa deve ser algo importante. Eu vou ler agora mesmo". Emma respondeu colocando os óculos para ver a notícia. "Regina Mills, 28 anos, filha do milionário Henry Mills, tem sido vista ao lado de outra jovem, recém-chegada a cidade. Dizem que elas deveriam ser rivais, mas não é isso que tem sido visto e comentado. Regina Mills não era vista assim feliz desde que o pai dela era vivo. Será amor? Paixão? Caso? Ou apenas jogada de Marketing? Não sabemos muita coisa da loira além do fato dela ter aberto recentemente um restaurante do qual dizem que Regina virou madrinha. Quem é essa loira? E qual é o seu segredo?". Emma leu a notícia e sentiu várias emoções ao mesmo tempo. Ela adorou ter saído naquela foto com a Regina, mas não gostou do que eles disseram sobre ela.

Cora também não gostou nem um pouco e só não ligava para o jornal armando o maior barraco porque não podia. Nessa hora, Cora odiava Gold e sua condição de felina. Se ela fosse humana, não teria um lugar inteiro a essa hora nesse jornal. Quem eles pensavam para insinuar aquilo de uma alma tão nobre, justa, leal e sincera como a de Emma?

De repente, elas ouvem uma batida na porta. Emma estava de pijama, mas ela foi até a porta e a abriu dando de cara com Regina e Mary.

"Bom dia meu amor... Emma. Bom dia mãe. Desculpa ter vindo sem avisar, mas eu fiquei com tanta raiva quando vi o jornal. E a quando li para a Mary ela quase espumou de tanta raiva. Eu vim assim que terminei de ler para ela. Vocês viram a notícia também não? Mas eu vou falar com a minha advogada Renée agora mesmo e processar esse jornal. Eu adorei a nossa primeira foto juntas, mas o que eles insinuaram sobre você é o cúmulo e eu tenho que tomar uma atitude. Se fosse uma mulher qualquer eu até deixaria quieto, mas não você... Quem eu tenho a certeza absoluta que é o oposto do que eles insinuaram". Regina confessou irritada e começou a procurar o celular, mas não o encontrou.

"Bom dia filha. Você tem toda a razão. Eu teria tomado uma atitude se pudesse, mas infelizmente não tenho muitas opções". Cora respondeu orgulhosa do comportamento da própria filha.

"Bom dia meninas. Eu também não gostei do que eles insinuaram, mas vocês não acham que será pior se vocês brigarem e pedirem uma indenização, ou armar a maior confusão. Eles vão achar que estão certos já que vocês estão se doendo ao tirar satisfações. Eu deixaria eles falarem. Eles não me conhecem. É natural para eles pensarem assim. Só com o tempo eles irão ver que estão errados ao meu respeito". Emma falou pensativa.

"Ela está acostumada a lidar com dor e sofrimento hein mãe? Pelo que estou vendo, Emma se sente inferior aos outros além de se sentir culpada, não sei do que e nem por que. Se eu pegar a pessoa que fez isso com você eu mato. Você é maravilhosa Emma Swan. Mesmo que você não saiba disso". Regina sussurrou e chegou mais perto de Emma.

"Sim filha. Ela já foi muito maltratada na infância e tem pesadelos quase toda noite em consequência disso. Senhor Wilson Swan foi um ótimo padrasto e a tratava com amor, mas ele foi praticamente a única pessoa que a amou além de nós, claro". Cora disse lambendo a pata de Mary quem chegou a ronronar de prazer. "Ops! Estamos na frente das crianças. É melhor nos comportarmos". Cora comentou também excitada.

"Mamãe! Comporta-se". Emma e Regina falaram ao mesmo tempo.

"Estraga Prazeres! Miau!". Mary ronronou e saiu do quarto da filha dela. Ela precisava respirar fundo para poder continuar a conversa entre elas.

"Bem Emma antes de vermos nossas mães se acasalarem, acho melhor continuarmos a nossa conversa. Minha mãe está certa. Nós te amamos e sempre vamos estar ao seu lado. Você nunca mais ficará sozinha novamente. E quando dormirmos juntas seus pesadelos irá desaparecer. Você verá". Regina disse e piscou para Emma quem ficou mais envergonhada que nunca. "Tudo bem Emma, eu ia pedir ajuda para minha sogra ajudar meu celular para finalmente ligar para Renée, e eu sei que ela não iria se importar de me ajudar já que ela também é bruxa como minha mãe, mas eu vou deixar para mais tarde". A morena continuou depois de respirar fundo.

"Filha é melhor você beijar logo a sua princesa antes que ela se transforme em um tomate humano. Seja a salvadora dela, a cavaleira do carro preto". Cora pediu brincando.

"Salvadora eu entendo, mas cavaleira do carro preto? Ah sim. Meu carro é preto. A senhora modernizou o conto de fadas. Pois é o que farei. Vou beijar a minha princesa. Eu espero que você goste meu amor, minha Emma". Ao terminar de falar, Regina fica mais perto de Emma e pega o rosto da amada como se fosse uma peça frágil que pudesse quebrar a qualquer momento. A morena começou a fazer carinho no rosto da loira e procurou ler as emoções encontradas por lá. Não encontrando nenhuma negativa, só carinho e algo que Regina decifrou como amor, ela finalmente encostou os lábios na amada dela.

Nenhuma das duas estava preparada para a enxurrada de emoções, sensações, sentimentos e imagens vistas desde o nascimento até o dia atual na vida de ambas.

O beijo foi mais o que esperado para ambas, mesmo que tenha sido apenas um encostar de lábios, mas foi o suficiente para as duas sentirem o amor fluir livremente entre elas. Quando o beijo terminou e elas puxaram o ar para respirar um pouco, encostaram a testa uma na outra e trocaram um lindo sorriso e dessa vez Emma foi a primeira a comentar: "Uau. Isso que eu chamo de beijo. Você beija muito bem hein". Ela disse e suspirou toda feliz.

"Eu concordo e você beija muito bem também. Mudando de assunto... Onde estão as nossas mães? Será que elas já se transformaram em humanas ou estão se acasalando em algum lugar por aí?" Regina perguntou preocupada depois de olhar para os lados e não as encontrarem.

De repente uma nuvem de fumaça preta apareceu no quarto de Emma. Mary e Cora que estavam perto trocando amassos voltaram sentindo a presença de Gold no local. Regina inconscientemente ficou na frente de Emma a protegendo.

"Quem é você? E o que você quer aqui? Só espero que não seja para roubar de mim e da Emma, as nossas mães novamente". Regina perguntou praticamente rosnando.

"Eu sou seu pai. Meu nome é Gold. Eu não vim aqui atrás da minha ex namorada ou da amante dela. Eu vim aqui falar com você. Você realmente acha que um feitiço tão bem feito como esse seria desfeito com apenas um beijo? Mesmo sendo de amor verdadeiro, mas é algo simples demais não? É preciso muito mais para que isso aconteça se vocês estão me entendendo". Gold disse e fez gestos com as mãos deixando Emma tímida mais uma vez.

"Você pode ter transado com a minha mãe e me gerado, mas você não é meu pai. Meu pai já morreu e ele chamava Henry Mills. Eu farei amor com o meu amor verdadeiro e esse seu feitiço será desfeito. Não hoje e nem amanhã, mas quando a minha amada quiser e estiver preparada. E fico muito feliz em saber que você não está aqui atrás delas, porque dessa vez eu não iria deixar minha mãe sair do meu lado sem uma boa briga antes". Regina falou abraçando a cintura de Emma e olhando fundo nos olhos de Gold.

"Se eu fosse você, eu iria embora daqui antes que eu chamasse a polícia. Eu posso ser nova na cidade, mas tenho um ótimo poder de persuasão". Ruby disse pela primeira vez na entrada da porta do quarto da sócia dela. Ela tinha sentido o poder também e veio ver do que se tratava.

"Pois é melhor eu ir mesmo. Eu já dei o meu recado. Eu até pensei em fazer um acordo contigo, mas já vi que não sou bem vindo aqui". Gold jogou as palavras no ar e saiu na fumaça preta como ele tinha entrado.

Depois da saída de Gold, Ruby voltou para o serviço. Já Cora e Mary ficaram no canto onde Cora ficava trocando carícias, lambidas, beijos. Enfim todos resolveram deixar Emma e Regina conversando e trocando alguns beijos até escurecer quando Emma e Mary foram ao Restaurante de Regina para terem um jantar inesquecível.