5- Eu Senti

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Olá pessoas
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Desculpe pela demora. Se comentarem e votarem MUITO volto em 2 dias.
Não esqueça de adicionar à lista de leituras.

Ah é uma pergunta:

Como vocês imaginam o John?

Amo vocês!

[...]

Scarlett

Outubro de 2016

   Dentre os corredores vazios de um hospital, muita coisa pode acontecer. Já ouvi falar sobre enfermeiros sendo chantagiados para matarem seus próprios pacientes, troca de bebês na maternidade... Mas naquele fatídico dia de 1996, eu vim ao mundo acompanhada de mais uma pessoa. Ninguém nunca precisou me disse isso, mas eu simplesmente posso sentir e não deixo que ninguém saiba, não posso dizer antes de encontrá-la.

   Teria ela nascido com um dom como eu? Ela se parece comigo? São tantas incógnitas que minha mente trabalha rápido demais, me deixando enjoada.

   Não diria que é algo bom, mas me faz salvar muitas pessoas (quando é possível). Desde os meus sete anos de idade, esbarro em toda mísera pessoa que encontro na rua para simplesmente procurar por ela. Quem a roubou não pode ser tão burro ao ponto de deixá-la vivendo na mesma cidade em que sua família biológica mora, seria estupidez. Também ainda não descobri os funcionários que estavam de plantão naquela noite, o que torna isso ainda mais difícil.

   Meus pais acreditam veementemente que ela nasceu morta, não que eles tenham me dito isso, mas eu pude sentir. Mas eu ainda consigo sentir que ela está aqui, por mais que eu seja incapaz de vê-la em meu próprio futuro ou no futuro dos meus genitores. Eles se orgulham de mim desde que eu era muito pequena, já que fui selecionada para um programa de estudos ao desenvolvimento da geração de 1990, mas eu não vejo um motivo para se orgulhar disso, afinal, qualquer um que nasceu naquela noite estava apto à participar do programa.

   Me lembro como se fosse ainda ontem: tinham muitas câmeras, perguntas...

“Scarlett aprendeu a andar? Vamos filmar isso, é inédito! Anote o número de passos, o dia, o mês e a hora...”

   Nunca entendi o porquê disso, mas esse programa sempre me pareceu algo mais. Nenhum dos meus amigos da escola que nasceram no mesmo ano que eu tinham passado por aquele experimento, muito menos os da faculdade. No entanto, essa é uma parte que não tem tanta prioridade nas minhas investigações.

   Andando na rua, vi minha próxima vítima: um homem de aproximadamente 50 anos, careca e magricelo. Obviamente ele não é ela, mas pessoas estabelecem conexões sociais então qualquer um pode me levar até ela.

   Rapidamente, sinto nossos corpos se colorirem e por meio de conseguir sentir qualquer coisa, toco seu ombro descoberto. Tempo o suficiente para eu saber de coisas que nunca esqueceria.

   Tinha alguém... Alguém precisava da minha ajuda.

[...]

   Fazia uma semana que Camila havia saído do hospital.

   Ela havia saído dá casa de John, do terror, mas o terror não à abandonava. Estava psicologicamente perturbada, deixando a família Cabello preocupada. Passava horas encarando objetos, móveis ou até mesmo roupas. Diferente da primeira vez que tinha visto sua mãe a base de sedativos, Camila sentia medo de tudo e de todos, temia o toque e até mesmo as palavras.

   Mais uma vez, diante de um armário, as lembranças vieram à tona.

   John tinha um armário de madeira, onde guardava objetos misteriosos e desconhecidos pela pequena Camila. Certo dia, fingiu ter adormecido apenas para mais tarde, poder ver o homem polindo os tais objetos. Se assustou ao ver o homem segurando uma faca e preparando diversos chicotes, então chorou em silêncio.

Her Mind (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora